Demi P.O.V.

- Você estava ótimo – disse enquanto abraçava o garoto.

- Obrigado, chegou quando?

- Na metade dessa ultima musica. Boa musica, pra quem será? – sorri brincalhona com uma sobrancelha erguida.

- Pra uma garota linda – sorriu me segurando pela cintura e imaginei o quão vermelha eu estava.

- Hum – disse indiferente – ainda vai cantar?

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- Só se você quiser cantar comigo.

- Por acaso você andou bebendo? Não pira Justin – revirei os olhos e o garoto riu logo ficando serio.

- To falando serio Lovato, com medo? – ergueu uma sobrancelha com um sorriso brincalhão nos lábios.

- Nenhum pouco – sorri vitoriosa.

- Então deixa só eu ir cumprimentar o pessoal e já vamos resolver isso – piscou e se afastou depois de dar um beijo em minha bochecha.

Voltei a me sentar observando Pattie sorrir pra mim como se soubesse de alguma coisa, estava começando a ficar incomodada com isso.

- O que foi? – perguntei rindo nervosa.

- Nada, só acho o amor bonito, e você?

- Pode ser mais direta? Sabe que não vou te esconder nada – durante esses dias eu e Pattie construímos uma verdadeira imagem, a mulher era realmente uma ótima companheira e já a considerava muito. A diferença de idade não nos atrapalhava em nada, ao contrario, apenas nos aproximava mais.

- Você e Justin, rola algo a mais? – perguntou como uma verdadeira adolescente e eu tive que rir.

- Olha Pattie, nem sei, ando muito confusa com tudo isso.

- Não parece, Justin me contou que vocês meio que estão “ficando” – fez aspas e uma careta que me fez rir alto.

- Justin fofoqueiro – sussurrei antes de levar um gole da minha bebida a boca – o que mais ele falou?

- Que gosta de você, mas claro, disso você já sabe – assenti e passei a fitar o copo com um pouco de vergonha, afinal, Pattie não era qualquer amiga com a qual poderia desabafar, ela era a mãe do meu “ficante”.

- Justin esta demorando – falei depois de um tempo em silencio.

- Verdade. Vou procurar ele – se levantou e eu apenas assenti.

Parei para refletir. O que eu e Justin afinal tínhamos? Eu estava tão confusa que simplesmente queria seguir o conselho do garoto de “deixar rolar”, mas não era tão fácil assim, nada é fácil. E deixar as memórias de Joe de lado simplesmente parecia a tarefa mais difícil do mundo quando estava sozinha, mas com Justin tudo parecia mais fácil, me sentia uma adolescente apaixonada novamente. Não ia negar que sentia atração e carinho pelo garoto, mas o que ele buscava eu não podia dar. Não podia dar a ele o amor que dei a Joe, e me culpava por fazer isso a Justin.

Infelizmente agora já estava na burrada, meu maior erro, iludir o garoto estava sendo a coisa mais dolorosa da minha vida.

- No que tanto pensa? – me virei encontrando assim um Niall que me encarava curioso.

- Apenas na vida – dei de ombros – nem tinha te visto, o que faz por aqui?

- Acompanhando meu mais novo investimento - apontou para Justin sentado no bar com a mãe e mais um cara que eu não conhecia.

- Não vai se decepcionar – sorri fraco – ele canta muito.

- Verdade. Posso sentar? – apontou para a cadeira ao meu lado e eu assenti.

- Já devia ter feito – rimos.

- Olha Dem’s, desculpe por... você sabe... aquele dia no restaurante – coçou a nuca envergonhado – não devia ter feito isso, sei que você não gosta de mim e entendo isso, e nem quero perder sua amizade – colocou uma das mãos sobre a minha e eu sorri.

- Obrigada por me entender, você é um fofo Nini – rimos do apelido fofo que eu o chamava no inicio de nossa amizade.

- Nossa, há quanto tempo você não me chamava assim?

- Muito – sorri – mas estou pensando em voltar a adotar esse nome – fiz cara pensativa e o garoto riu negando.

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- Sempre a mesma – me abraçou de lado mas logo se afastou – bem, pode avisar para o Justin que eu já estou indo? Ligo pra ele depois. Tchau Dem Dem – riu e me abraçou rapidamente enquanto eu assentia.

Assisti o garoto ir embora com muitos olhares sobre ele, Niall é um bom cara. Só não é meu cara, e cada dia mais me convencia disso. Parei para observar o garoto loiro encostado no balcão do bar, duas garotas o cercavam, a mãe já não estava mais por perto, mas seu olhar estava parado em mim. Quando pareceu notar que eu o encarava abriu aquele sorriso que só ele conseguia dar e despediu-se das garotas, meu coração batia mais forte a cada passo que ele dava em minha direção ate sentar-se na cadeira ao lado.

- Então, preparada para o seu desafio?

- Nunca estive tão pronta – sorri.

O garoto se aproximou e nos abraçamos por um tempo. Dava pra ouvir as batidas aceleradas do coração dele e isso só me fazia pensar no quanto eu devia estar errando com ele.

- Sabe o quanto eu quero te beijar agora? – sussurrou próximo ao meu ouvido.

- Não – sussurrei de volta.

- Muito.

- Então por que ainda não fez isso?

Justin separou o abraço e tocou nossos narizes, o sorriso estampado no rosto do garoto era ainda mais radiante, ele prendeu suas duas mãos uma de cada lado do meu rosto e juntou nossos lábios com pressa mas o beijo não durou muito pois um raspar de garganta nos fez pular da cadeira.

- Atrapalho? – Hanna sorria maliciosa.

- Han! – a abracei – ainda bem que você veio.

- Não tinha mais nada de bom pra fazer hoje, mas parece que você... – apontou para Justin que corou violentamente – awn, que fofo, onde arrumo um desses?

- Para de importunar o garoto menina! – bati de leve em seu ombro e rimos – Justin essa é a Hanna, Hanna esse é o Justin.

- Prazer – o garoto se levantou e eles apertaram as mãos porem Hanna o puxou para um abraço e colocou as mãos na bunda do garoto apertando forte.

- Ótimas condições Demi – disse e eu comecei a rir e Justin corou de novo – se acostume garoto, eu testo as coisas pra ela – apontou para o garoto que assentiu rindo.

- Hanna, vou começar a fingir que não te conheço, serio.

- O que? Sou só sincera querida – disse e mandou beijo já se virando – vou ali buscar uma bebida.

Logo quando ela saiu começamos a rir e Justin pegou uma de minhas mãos:

- Hora de você cantar! – e saiu me puxando ate o palco que já estava pronto e a lerda aqui nem tinha percebido – eu sei que você conhece essa musica, lembra? – e começou a tocar o ritmo de uma musica do seriado Glee que Justin me mandou mensagem insistindo para eu assistir um dia.

- Eu não sei se consigo – disse nervosa – e se eu travar? Não sou boa nisso – fiz uma careta.

- Só olha nos meus olhos e canta, como se fosse só pra mim – pegou minhas mãos – confia em mim? – assenti – então vamos – me puxou para o meio do palco.

Face to face and heart to heart
We're so close yet so far apart
I close my eyes I look away
That's just because I'm not okay
But I hold on I stay strong
Wondering if we still belong

Justin começou sorrindo e olhando só pra mim ainda segurando minhas mãos. Resolvi começar:

Will we ever say the words we're feeling
Reach down underneath it
Tear down all the walls
Will we ever have a happy ending

Fechei os olhos entendendo porque Justin me fizera cantar aquela musica.

Or will we forever only be pretending
We will always be pretending

Essa musica falava sobre eu e ele, somente isso, e eu não percebia, mas Justin e eu éramos como se fosse um casal, ou éramos um casal?

How long do I fantasize
Make believe that it's still alive
Imagine that I am good enough
If we can choose the ones we love
But I hold on I stay strong
Wondering if we still belong

Will we ever say the words we're feeling
Deep down underneath it
Tear down all the walls

Justin cantou essa parte ainda segurando nossas mãos porem olhando para o publico enquanto eu apenas o olhava.

Will we ever have a happy ending
Or will we forever only be pretending

Will we (oh oh) always (oh oh) be keeping secrets safe
Every move we make
Seems like no one's leting go
And it's such a shame
Cuz if you feel the same
How am I supposed to know

Cantei essa parte enquanto Justin fazia os “oh oh” e pela primeira vez tirei os olhos dele e vi a plateia que batia palmas conforme o ritmo da musica, isso me fez sorrir.

Will we ever say the words we're feeling
Deep down underneath it
Tear down all the walls
Will we ever have a happy ending
Or will we forever only be pretending
Will we (oh oh) always (oh oh) be pretending

Justin concluiu enquanto eu fazia os “oh oh”, logo depois nos abraçamos forte e ele sussurrou em meu ouvido:

- Ate quando vamos fingir que não tem nada acontecendo?