The Lawyer

Percy


Percy:

Quando cheguei a casa reparei que o carro da Ângela estava estacionado em frente á minha casa. Os pequenos ao se aperceberem-se de que a mãe havia chegado correram para dentro de casa, e eu segui-os.

– Mãe! – os dois gritaram quando a viram. Ângela era baixa mas bonita. Tal como eu tinha cabelos lisos, mas os dela eram castanhos e caiam-lhe pelo rosto e os seus olhos eram iguais aos da minha mãe. Enquanto eu herdara os do meu pai.

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– Olá pequenos, então se divertiram – eles assentiram a sorrir – Onde estiveram?

– Fomos levar a futura namorada do tio. E a tua futura nora também! – Tomás confessou. Ângela olhou para mim com um sorriso malicioso mas confuso.

– Que historia é essa de namorada e de nora Percy?

– Nada é que... ontem… - foi aí que reparei que a minha voz havia avariado.

– Crianças? Contem-me essa historia! – ela desvou-se para os filhos.

– É assim – Alice começou – ontem o tio Percy foi sair com uma rapariga, chamada Annabeth, e ela tem uma filha a Liv que é a menina que o Tomás gosta, o tio Percy ofereceu-se para dar bolei á Annabeth para vir buscar a Liv que depois aproveitou e nos trouxe também, ele convidou-a para jantar connosco e depois nós fomos ver um filme, e o tio e a Annabeth ficaram a conversar, só que no final do filme adormecê-mos na cama do tio, que depois ficou a dormir com a Annabeth no sofá agarrados e aninhados um no outro…

– Percy! Isto é verdade finalmente arranjas-te uma namorada já não era sem tempo!

– Hey! Calma aí eu não namoro com ninguém, a Annabeth é uma cliente minha que eu estou a ajudar.

– Estou a ver... e tua forma de a ajudares foi dormir agarrado a ela… - ela soltou uma gargalhada.

– Não te metas com ideias as crianças estavam a dormir na minha cama e eu como não as quis acordar acabei por adormecer no sofá com a Annabeth mais nada.

– Hum Uhm! Ok. Como queiras… Bem… vamos comer pois eu preparei o almoço… e tu Percy vais-me contar quem é essa maravilhosa Annabeth e porque é tua cliente, se o meu irmão tem uma namorada eu quero saber como ela é. Vamos os três vão lavar as mãos. –ela exigiu forçando manter um ar sério.

– Sim senhora! – fizemos o que ela havia mandado e fomos direito para a mesa.

– Bem, já me podes contar a historia da tal Annabeth? - ela disse sentando á mesa connosco e servindo-nos a comida.

– Bem a Annabeth tem 25 anos tem uma filha com 9 anos… a tua historia e a dela assemelham-se muito. Mas ao contrário do Ryan (Nota: O Ryan era o namorado e o pai dos filhos de Ângela). O pai da filha dela, não quis assumir a criança, acobardou-se e fugiu para o estrangeiro…

– Bem coitada – Ângela mostrava um cara de pena, o ar dela sincero.

– Mesmo, ela foi para casa dos pais, e com ajuda deles levou a gravidez para á frente, apesar de não ter concluído os estudos, ainda trabalhou os primeiros meses para ajudar nas despesas, no entanto teve que parar por razões óbvias. Ele teve a menina que se chama Olive, mas ela não gosta que lhe chamem assim, apenas de Liv. A Annabeth cuidava da filha durante o dia, e estudava á noite. Conseguiu formar-se em Arquitectura,trabalha neste momento numa empresa de construção uma das melhores por sinal… Conseguiu um bom emprego, educou a filha sozinha, perdeu os pais á uns anos… mas teve apoiou dos amigos que sempre ajudaram aliás ele tem uma amiga que também é amiga da nossa família. Tália Grace.

– Bem a vida dela não tem sido das melhores não é verdade? Mas diz-me porque razão é que ela é tua cliente, ainda não me dizes-te?

– Aí é que o problema se desenrola, o pai, que nunca quis saber da filha e que a abandonou logo que soube que esperava uma herdeira, voltou e quer a guarda da filha… A Annabeth procurou-me através dessa Talia Grace que eu te falei, e pediu-me ajuda desesperadamente, e eu aceitei.

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– Bem que história e achava eu que a minha vida era deprimente… mas se o pai abandonou com certeza que ela te votos a favor dela.

– Aí é que está o Luke, o pai da Liv, é de uma família de renome e tem contactos… e mais importante de tudo tem dinheiro, bastante dinheiro. E não me surpreende que ele vá usar a sua conta bancaria como trunfo.

– Mas agora outra pergunta… gostas dela? – os olhos dela brilhavam.

– Não sei, talvez… acho que sim… mas até este processo não se resolver eu não vou arriscar um romance com ela, pois isso iria prejudicá-la e muito. Eu sei que sou especial para ela de alguma forma, mas eu também sei, e ela mesma o disse que pela Liv fazia tudo, coisa que eu compreendo é filha dela caramba…

– E tu? Como te estás a aguentar? – ela agarrou-me pela mão.

– Sabes… tenho medo de não conseguir resistir… eu sei que tenho de ser forte, mas sempre que a vejo apetece-me beija-la abraça-la… é torturante.

– O meu maninho apaixonado! Quem diria – ela olhou para mim, os seus olhos transmitiam-me conforto e segurança. - Agora me diz que historia é essa do Tomás gostar da Liv?

– Isso é outra história, tu lembras-te do Tomás chegar uma vez da escola e ter dito que se tinha apaixonado por uma menina que lhe tinha batido?

– Sim eu lembro-me, ele diz que gosta dela por ela ser determinada e inteligente, mas porquê? O que tem isso a ver com a filha da Annabeth? Tu não me digas que…

– É a Liv… ontem quando eu ofereci boleia á Annabeth e conheci a filha dela… que fica, a saber, que a menina é bastante amorosa… Eu descobri que a filha da Annabeth a Liv é a mesma menina que esmurrou o Tomás.

– Não acredito e eles? Como se dão?

– Fazemos assim hoje tu e os miudos jantam cá e eu convido a Annabeth e a filha para veres como ela se comporta perante o Tomás, tu tens que assistir parecem duas personagens de uma comédia… além disso ficas a conhecer a Annabeth.

– Com certeza mas olha agora posso te pedir um favor?

– Diz mana, tudo o que quiseres…

– Eu sei que começo a abusar mas eu preciso mesmo que tu me faças este favor.

– Mana – eu agarrei-lhe nas mãos. – Podes pedir.

– É o seguinte, eu janto cá, mas como sabes enquanto não fizeram o horário com turnos fixos, eu ainda terei que fazer os turnos da noite… pelo menos enquanto ainda não tiver um horário fixo… E até lá eu preciso que tu fiques com os miúdos esta noite, até amanhã á tarde se não for muito incomodo claro!

– Hey mana calma, eu não me importo e não me incomoda nada, eu apenas trabalho na segunda-feira. Por isso estás a vontade. Mas quer dizer que depois vais embora trabalhar?

– Sim mas não te preocupes eu só vou embora ás 10h se marcares o jantar para as 7 ou 8 horas da noite ainda teremos muito tempo para conversar. – ela sorriu.

– Boa! Então vou fazer já o convite a ver se ela está disponível…

– Vai lá maninho, eu sempre quero conhecer essa tal Annabeth…

Eu levantei-me e fui á sala buscar o telemovél que estava numa prateleira da estante de livros. Marquei o numero dela e meti a chamar…

Telemovel

[Atenção – Percy = P; Annabeth = A]

A – Está sim que fala?

P – Annnabeth? É o Pecy…

A – Diz… esqueci-me de alguma coisa aí?

P – Não... er… queria perguntar se gostarias de vir jantar comigo aqui hoje?

A – Er... Claro… mas porquê a razão?

P – A minha irmã quer conhecer-te a ti e á sua futura nora…

A - Entendi... Tudo bem a que horas é que eu passo aí?

P – Não sei a que horas te dá jeito?

A – Olha eu hoje como não trabalho e é fim-de-semana tenho o dia vago por isso estou disponivel a qualquer hora…

P – Então se pudesses vir perto das 07h30min por mim era optimo…

A – Tudo bem… então encontra-mo-nos a essa hora…

P – Tchau… tem até logo.

A – Até logo Percy.

P – Um beijo.

A – Um beijo para ti também.


Desligou e eu suspirei quando me virei para ir á cozinha estavam todos a olhar ara mim.

– Até logo Annabeth… um beijo! – Ângela fazia um ar de drama.

– Não se pode ter privacidade? – perguntei eu a rir.

– Para quê da ultima vez que ficaram sozinhos acabaram por dormir agarrados.

Todos riram e eu fiquei corado… Estava ansioso para que a noite chegasse para voltar a ver a Annabeth, voltar a ver os olhos cinza e os seus cabelos loiros, voltar a olhar para o sorriso que só ela dava.