The Lawyer

"diz-me a verdade mãe, tu gostas dele?"


Annabeth

Eu estava no escritório a reler um dos projectos que ia apresentar na reunião de segunda-feira, fui distraída do trabalho pelo som do telemóvel que tocava. Olhei em relance procurando o aparelho, mas não o encontrei. Segui o som e achei-o em cima da mesa e atendi.

A – Está sim que fala?

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P – Annnabeth? É o Pecy…

A – Diz… esqueci-me de alguma coisa aí?

P – Não... er… queria perguntar se gostarias de vir jantar comigo aqui hoje?

A – Er... Claro… mas porquê a razão?

P – A minha irmã quer conhecer-te a ti e á sua futura nora… - ela brincou, e eu ri.

A – Entendi... Tudo bem a que horas é que eu passo aí?

P – Não sei a que horas te dá jeito?

A – Olha eu hoje como não trabalho e é fim-de-semana tenho o dia vago por isso estou disponível a qualquer hora…

P – Então se pudesses vir perto das 07h30min por mim era óptimo…

A – Tudo bem… então encontra-mo-nos a essa hora…

P – Tchau… tem até logo.

A – Até logo Percy.

P – Um beijo.

A – Um beijo para ti também.

Eu terminei a ligação e sorri para mim mesma.

Ele era de facto espantoso, era meigo, carinhos, inteligente. Percy era a prova viva que na verdade o homem perfeito existia, e era ele. Ele despertava em mim sentimentos fortes, fazia-me sentir viva, e feliz… apesar de eu mostrar uma aparecia forte e decidida ele sabia apoiar-me e amparar-me nos momentos difíceis. Os meus pensamentos foram interrompidos com um barulho que vinha da cozinha…

– Está tudo bem?

– Sim mãe! Sou só eu que deixei cair uma coisa. -Liv respondeu. Fui ver se ele precisava de ajuda, mas reparei que já estava tudo arrumado.

– Precisas de algo?

– Não mãe, relaxa fui eu que deixei cair uma tigela, mas já a apanhei – ela olhou para mim e sorriu – e tu?

– Eu o quê querida?

– Porque é que estás assim? Qual é o motivo para essa alegria?

– Por nada… olha querida hoje vamos jantar em casa de um amigo pode ser?

– Pode mãe, mas em casa de quem?

– Do Percy, o advogado da mãe… ele convidou-nos porque a irmã dele quer conhecer a futura namorada do filho – eu brinquei.

– Chiça! E continua a vos a dar! Eu disse e volto a repetir eu não sou namorada dele… eu nem sequer gosto dele, eu não o suporto – ela gritou farta d conversa.

– Está bem filha, mas queres saber uma coisa?

– O quê?

– Nunca ouviste dizer que o amor e o ódio andam de mãos dadas.

– Nem que fossem casados não me interessa… ele é chato, é burro é…

– Bonito?

– Também… quer dizer não! Vês a culpa tua!

– É minha?

– Sim tu és que me atrapalhas.

Eu ri, mas ela continuou séria. Eu sabia que apesar de ela ser nova ela gostava dele. Não digo amor, nem paixão… mas eu percebi que ela apesar de negar gostava da companhia das gracinhas e também gostava… quer dizer amava implicar com ele. Eu ri… minha menina ainda tão nova já havia gostar de um rapaz.

– Se queres jogar esse jogo mãe, então jogamos. – ela adoptou uma postura desafiadora – então como foi dormir agarrada ao Doutor Percy? – ela sorriu de forma provocadora.

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Eu não respondi virei costas e fui rever os projectos – Vês? Custa ouvir as verdades não é? Admite tu gostas deles! – ela seguiu-me a tagarelar.

– Liv menos ok? – eu aconselhei.

– Va lá mãe! Admite! Tu até gemes o nome dele quando estás a dormir! – ela confessou com um sorriso vitorioso, eu fiquei atonica. Eu gemia o nome dele, durante a noite?

– Er… - não encontrei as palavras. Ela riu. – Quando eu durmo eu estou a gemer o nome dele?

– Um Ham. No outro dia foi ali no sofá, eu estava na cozinha e tu adormeceste no sofá e a certa altura tu começaste a chamar. Percy? Percy? – ela gargalhou e eu fiquei com cara de pau.

– Filha tu deves ter ouvido mal, não se fala mais desse assunto.

– Pois… pois… tu é que gemes com o advogado e eu é que sou a apaixonada!

– Chega Liv – Eu gritei, mas ela apenas riu e foi para a cozinha a gargalhar.

– tem cuidado mãezinha ainda gemes o nome dele sem querer - ela atirou a rir e eu voltei para o meu trabalho… Eu gemia o nome dele? Ainda por cima a dormir?

Fui a cozinha e voltei a meditar no assunto, a minha cabeça dava uma volta de 180° graus quando estava com ele, a minha pele queimava e o meu coração explodia. Tudo nele me agradava: a aparência, a sensibilidade, o carinho, o jeito com as crianças… tudo. Ele era de facto especial…

– Mãe?

– Sim

– Mas a que horas é que é o jantar? – ela apareceu e sorriu-me.

– Isso é tudo vontade de ir ver o Tomás? – eu sei que ela não gostava que eu falasse nisso, mas lá no fundo, mesmo lá no fundo eu sabia que isso a divertia…

– Não… era só para saber!

– Perto das 07h30min da noite.

– Está bem… Mãe?

– Sim meu amor?

– Tu nunca me esconderias nada pois não?

– Não querida nunca.

– Prometes que me contas sempre a verdade?

– Sim querida.

– Então… Podes me disser uma coisa?

– Sim… tu eras capaz de vir a namorar o senhor Percy?

–… não sei querida… essa coisa simplesmente acontece.

– Sabes mãe? Eu gosto dele, ele deixa-te feliz e com ele tu ficas diferente…

– Diferente como? – eu perguntei preocupada.

– Não sei! É como se ficasses mais feliz, sorris mais, ris mais... Eu gosto de te ver assim! – o sorriu dela desvaneceu-se.

– Tu gostas muitos dele não gostas?

– De quem?-ela perguntou confusa.

– Do teu pai… eu sei que tentas odia-lo mas não consegues não é verdade? – eu divaguei calmamente.

– Não sei… sabes mãe la na escola sempre me criticaram de eu não ter pai… e quando eu era pequenina sonhava que o meu pai voltaria e que tu e ela fizessem as pazes e formassem uma familia feliz – ela abraçou-me.

– Mas querida…

– Eu sei que isso não vai acontecer… e eu percebo, e não fico chateada… eu sei que ele te fez magoar muito mas não sei eu sempre quis conhecer o pai… mas aogra que ele veio, a imagem do home simpatico e meigo despareceu… sabes eu ás vezes de noite levantava-me e ia olhar para o céu… e desejava com todas as forças que o pai voltasse – uma lagrima escorreu-lhe pela cara – e agora que ele voltou eu vou ter que ir com ele e nunca ais te verei… - agora não era uma lágrima eram varias que lhe molhavam o rosto.

– Não querida… isso não vai acontecer, eu prometi e vou comprir, temos a Thália a ajudar os nossos amigos…

– E o Percy – ela disse e atirou um sorriso torto – diz-me a verdademãe, tu gostas dele?

– Ainda é cedo para dizer querida… e com isto tudo que se tem passado eu não tenho cabeça para namoros...

– Mas gostas dele? – ela insistiu.

– Ainda não sei… eu gosto da companhia dele, e somos grandes amigos… ainda é cedo para dizer se gosto ou não dele.

– Mas quando decidires contas-me?

– Conto querida agora vai á casa-de-banho e limpas o rosto com agua eu não quero que o teu namorado te veja assim.

– Pronto tinhas que estragar tudo – ela bufou. Eu comecei a rir com a resposta dela, e ela caminhou até a casa de banho a resmungar.