The Hunter

Lutar pela sobrevivência.


Capítulo XXIII

“Lutar pela sobrevivência.”

-Qual o seu problema?! O que você ganha matando todos como você?

-A sua linhagem matou meus pais. É culpa sua e dos originais. Vocês não deveriam existir.

-Olhe nos meus olhos Rachel! – Sophia ordenou. –Quando elas vão chegar?

-Em três dias.

-Você vai trazê-las até mim. – a caçadora a hipnotizou. – Quando chegar a hora você vai enganá-las e nós vamos exterminar essas caçadoras e aquele conselho.

Enquanto Sophia surpreendia à traidora, Kelsey e Phoebe se aproximavam da cidade o mais rápido possível. Ao longo do caminho exterminaram algumas dezenas de vampiros. As caçadoras de nível três eram boas, mas seriam elas parias para a Adams? Antes de descobrirem isso, precisam saber a história dessas duas caçadoras humanas.

Kelsey e Phoebe são irmãs e descendem da família James, amiga e principal aliada da família das Adams antes de Sophia ser transformada. Cada família caçadora tinha uma estaca da carvalho branco. Tirando os Adams que tinham a árvore. Os pais de Sophia deram para um parente muito antigo de Phoebe e Kelsey uma estaca da carvalho branco assim que a árvore se tornou adulta.

Depois que a filha dos caçadores foi transformada por Mikael e os originais mataram o resto dos Adams, os descendentes das caçadoras de nível três foram para outro país da Europa onde permaneceram até hoje. Kelsey tinha apenas dez anos quando matou o primeiro vampiro e Phoebe doze. As duas foram criadas para isso e, ao contrário de Sophia, não deixavam nada nem ninguém as impedirem de matar vampiros. Não interessava se eles eram bons ou ruins, se eram seus amigos ou inimigos, elas iriam exterminar todos e cumprir com a meta de séculos atrás.

No início, essas caçadoras adoravam Sophia até descobrirem que ela deixou tudo para trás por causa de um original. Com isso e dominadas pela ânsia de matar vampiros, Kelsey e Phoebe juntaram vampiros, uma bruxa e alguns caçadores amadores em busca de exterminar todas aquelas criaturas abomináveis da natureza que vivia em Mystic Falls.

Com aliados ali e outros aqui, as duas conseguiram fazer a cabeça do conselho da cidade e colocaram uma vampira na casa da caçadora mais perigosa do mundo. Sabiam que Rachel poderia ser descoberta e até mesmo morta, mas não ligavam. Rachel era uma vampira e seria morta por elas ou por Sophia mais cedo ou mais tarde. Neste momento, as duas caçadoras pararam em Chicago e foram pegar a estaca da carvalho branco com a bruxa aliada. Depois disso, pegaram um jatinho para Mystic Falls. As caçadoras e os vampiros chegarão a cidade e estarão prontos para o combate final.

(...)

Sophia tinha acabado de deixar à traidora, Rachel, trancada no porão da sua casa. Não matou a vampira, pois sabia que era isso que as caçadoras esperavam. Depois de checar se Rachel estava bem presa, subiu as escadas e se tacou no sofá da sala. Joanne, que já estava de pijama, fez chocolate quente para Soph e sentou-se ao seu lado. A bruxa sabia que a cabeça da vampira estava a mil.

-Elas tão chegando. Infelizmente não posso me dar o luxo de subestimá-las. – Sophia falou e ficou bebendo seu chocolate quente. –O que eu vou fazer Joanne?

-Não é óbvio? Coloque seu exército de vampiros contra elas. – a bruxa respondeu.

-O número deles é maior. Andei analisando os papéis que Tate deixou em cima da minha mesa. Não posso arriscar a vida deles. Eu garanti proteção em troca deles se aliarem a mim. – Sophia disse tristemente.

-E eles juraram te proteger. – Joanne falou num tom mais alto. – Eu jurei assim como Dakota. Não vou deixá-la se machucar, Sophia. Pelo amor de Deus, você é forte. Por tanto, trate de dormir e amanhã você decide o que vai fazer. – a bruxa mandou.

Seguindo as ordens de Joanne, Sophia foi se deitar. Dormiu feito um anjo. Mentira. Foi que nem uma pedra mesmo. Enquanto isso, Rachel ria no porão. A traidora sabia que a caçadora original não tinha chances. Não quando Rachel tinha deixado a localização das estacas de Sophia com Phoebe. Com isso, não restava mais nada. Bom, elas só se esqueceram de um detalhe: Adams era a única que sabia sobre a localização da nova árvore e poderia conseguir mais estacas.

No dia seguinte, Sophia acordou com Kol a observando dormir. Ela o beijou lentamente e sorriu após os dois se separarem. Acordar daquela forma era maravilhoso, principalmente sem saber se sobreviveria ao dia seguinte. Lucy tomou banho enquanto Kol pegava algumas bolsas de sangue para eles beberem. Soph vestiu-se rapidamente colocando um macacão Valentino preto e uma sapatilha branca. Penteou os cabelos rapidamente e os prendeu num coque. Quando estava terminando, Kol apareceu e jogou uma bolsa de sangue A- para ela.

-Obrigada. – Ela disse e bebeu o sangue rapidamente. –Quero outra. – Ela pediu meio autoritária.

-Vem aqui pegar. – Kol disse segurando as bolsas.

Sophia pegou mais duas bolsas e bebeu tudo. Precisando de mais, ela buscou na cozinha cinco bolsas e voltou para o quarto. Kol estranhou e se lembrou da outra noite. Ele queria saber o que tinha acontecido. Tentou pegar uma das bolsas de sangue, mas sua namorada não deixou e terminou de beber tudo rapidamente. Ele ficou um tanto assustado, na verdade, nem sei se essa foi a emoção certa. O original não a via assim há muito tempo.

-Para que tudo isso? – Kol perguntou.

-Elas estão chegando. - Ela disse se referindo as caçadoras humanas. - A prefeita morreu, o conselho está contra nós, Rachel está trancada no porão e eu preciso ficar forte para deter aquelas caçadoras. - Ela falou com raiva. –Eu não posso deixá-las nos destruir. Precisamos de mais vampiros e híbridos.

-Klaus está cuidando disso neste momento. Vamos para lá. – ele disse a puxando.

Os dois originais caminharam, em velocidade vampiresca, até a mansão dos Mikaelson. Quando chegaram, Rebekah estava treinando um batalhão de vampiros na sala e Klaus estava falando com híbridos antigos. Todos viraram o olhar para Sophia e Kol. Niklaus foi até eles e encarou Sophia com um sorriso.

-Olá Sophia. – Ele falou com seu sotaque britânico.

-Oi Klaus. – ela respondeu. – Novidades? – perguntou curiosa.

-Venham comigo. – ele falou. – Rebekah. – chamou a irmã que se juntou a eles. Os originais andaram até ao escritório de Klaus. –Elas chegam no fim da noite prontas para guerra, Sophia. O local marcado é na floresta, lógico, e o conselho ficará de fora.

-Os seus vampiros e híbridos estão prontos? – Klaus assentiu com a cabeça. – Deixe as caçadoras comigo e foque nos outros vampiros. Tem alguma coisa na Rachel que não está cheirando bem. Ela tá muito calma. – Sophia disse.

-Deve ser para te enganar. – Bekah disse. – Quando vamos ter paz nessa cidade?! – irritou-se.

-Quando essa guerra acabar e tirarmos todos do conselho. – Kol falou. – Está na hora de termos um de nós lá.

-Depois resolvemos isso. – Klaus disse. –Sophia, está de acordo com todo o plano que viu no papel? – Klaus perguntou.

Sophia tinha lido tudo nos mínimos detalhes e juntou sua estratégia com a de Klaus. O plano seria perfeito! Ela iria arrastar as caçadoras e matá-las. Kol estava apreensivo por saber que todos eles corriam perigo. Klaus estava convicto de que iria vencer e Bekah achava que eles tinham vantagem.

-Sim, estou. Meus caros, prontos ou não, teremos uma guerra na madrugada. Vejo vocês lá. – a caçadora original disse por fim.

(...)

Já eram onze horas quando Tate e Amy estacionaram os carros lotados de armas. Sophia iria pegar as estacas logo. Kol e Bekah estavam na casa da caçadora. Joanne terminava de canalizar energia da lua cheia. Depois de um tempo, todos os vampiros estavam armados e indo para a floresta. Eles estavam prontos para lutar pela sua sobrevivência. Sophia pegou suas estacas de carvalho branco no esconderijo e sentiu alguém a observando.

Ela farejou o local onde estava, mas não encontrou ninguém. Pobre caçadora, não sabia que o próprio inimigo estava um passo a frente. A caçadora original voltou e se juntou aos outros. Todos entraram nos carros devidos e seguiram em rumo da batalha final. Soph estava determinada a matar todos que cruzassem o seu caminho. As caçadoras humanas de nível três estavam divididas. Phoebe seguiu Sophia e a viu pegando as estacas de carvalho branco. Enquanto isso, Kelsey estava com todos os vampiros e a bruxa espalhados por toda a floresta. Eles sentiram quando a caçadora chegou com os seus aliados. A caçadora humana se assustou ao notar que o número deles tinha crescido.

Porém já era tarde demais. Sophia e os seus aliados avançaram em segundos e ficaram cara a cara com as caçadoras e seu bando. O vento frio deixava a guerra com uma pitada de terror. As árvores deixavam suas folhas caírem pela grama curta. Sophia rungiu mostrando os dentes quando as duas caçadoras foram para frente dos aliados. Uma delas nem se parecia como uma caçadora durona, mas a irmã sim. Ótimo, Sophia pensou. Ela iria ser a primeira a morrer.

-Sophia Adams. – a mais alta deu um passo a frente. –Não sabe o quanto estou feliz em vê-la. – ela sorriu.

-Pena que eu não posso dizer o mesmo. – a caçadora original falou. –Kelsey ou Phoebe?

-Phoebe. – a caçadora humana respondeu.

-Vai ser um prazer acabar com a sua irmã primeiro. – Sophia disse olhando para Kelsey. –Ela nem se parece com uma caçadora.

-Aparências enganam. – Kelsey se pronunciou. – Uma prova disso é você. Era uma caçadora brilhante até se tornar uma fraca. – provocou.

-Como é? – Sophia berrou. – Como ousa falar comigo dessa forma?! Eu sou uma original e você é uma mera humana. Nem uma caçadora de nível um você teve a competência de ser. – retrucou Sophia.

-Depois eu que sou o malvado. – Klaus sussurrou para Bekah, que riu baixinho.

-Cansei dessa palhaçada. – Joanne falou chamando a atenção das outras. – Vamos começar logo com isso.

-Uma bruxa? Ah, sua idiota, também temos uma. – Kelsey falou e uma bruxa morena aproximou-se.

-Lutar contra uma descendente de Ayanna? Pirou, Kels? Eu nunca vou fazer isso. – a bruxa disse e todos se entreolharam.

Joanne era a que mais parecia surpresa, mas, deixando o comentário daquela bruxa de lado, canalizou seu poder e arrastou a bruxa para outro local da floresta. As duas sumiram. Os vampiros de cada lado lutavam pela sobrevivência. Enquanto isso, os originais olharam para as duas caçadoras humanas. Kelsey atirava em Bekah e Klaus, já Phoebe e Sophia lutavam enquanto Kol ajudava Tate e Amy. Sophia Adams trocava socos e a humana, Phoebe, tentava acertar a estaca de carvalho branco no coração da caçadora.

-Acabou a brincadeira, Phoebe. – Sophia rungiu, após a caçadora acertar pós de carvalho na cara da original.

A caçadora original pegou Phoebe pelo colarinho da blusa e a levou, em velocidade vampiresca, até outro lado da floresta. Lá tinha um rio onde ela tinha nadado com Kol. Em cima das pedras, Phoebe estava caída no chão e Sophia pegava uma faca afiada, que estava em sua bota de couro marrom. Conseguindo fazer isto, a vampira original aproximou-se da caçadora humana. Sophia resolveu largar a faca, queria ser rápida. Com isto, ela matou Phoebe usando seu método favorito: arrancar o coração e depois a cabeça.

-Agora isso ficou divertido! – Sophia falou, terminando de limpar a mão e voltou ao local onde estava acontecendo a guerra.