The Gângster

Família? Não


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Cloe Narrando:

—Eu e ele estamos namorando.Ele sabe como tratar uma garota. Digo.Sei que irei me arrepender dessas palavras futuramente...sei disso.

Os lábios de Elias ficam entre aberta.Brenda "comia" Ian pelos olhos.Isso se tornou divertido....ou é impressão minha?
Chaz e Sarah aparecem na cozinha.Sarah odiou tanto Brenda, tanto que foi falar poucas e boas pra Brenda, isso resultou em uma briga.

—É melhor você cair fora garota. — Diz Sarah para Brenda.

Sarah sempre foi a melhor amiga que nunca tive na adolescência ou na infância.Hoje em dia tenho ela e Karla.

—Sua irmã não colabora comigo Chaz.Pensei que tinha convencido ela. — Diz Elias.

—Do que ele está falando, Chaz? — Pergunto com medo da resposta.

—O que está havendo aqui? — Meus pais chegam.

Ótimo, que encontro em "família"! Isso deixa a noite melhor!

—Eu tentei, mas ela não tira da cabeça que você a traiu! — DizChaz. - Clô, dê mais uma chance a ele, você não o ama ainda?!

—Eu vou ter que soletrar, não é possível. — Digo impaciente. - Ele.Me.Traiu. — Digo de vagar - Quando isso vai entrar na cabeça de vocês?!

—Todos tem uma segunda chance! — Diz Elias.

—Cloe, pensa. — O Chaz só pode estar enlouquecendo. - Isso vai fazer as empresas se juntarem! Vai jorrar dinheiro! Pensa! A empresa da família vai ficar famosa.

—Chaz... - Sarah o chama.Ela o olha estranho, isso não é do fetiche dele.

—Chaz, eu não o amo mais.E eu vou casar com ele por dinheiro, e muito menos por causa de empresa! — A raiva me sobe.

—Não sei porque ainda insisto de vocês voltarem, sendo que, você nem é minha irmã de verdade! — Levo uma facada, no sentido figurado.

—Chaz! — Meus pais o repreende.

Sinto meus olhos arderem.Coisas desses tipo eu ouvia muito antigamente, tanto que, esqueci dá dor disso.

—E não sei por que no testamento a empresa é metade sua também, você não é legítimo Simons, você não é a verdadeira filha, você é adotada. — Suas palavras me cortam.

—Chaz Simons, trate de parar agora mesmo! — Sarah dá um tapa em seu braço.

Água do meu corpo saem pelos meus olhos, lágrimas, quero dizer.Eu choro, choro bastante, mas não me deixo cair.Vou até Chaz e lhe dou um tapa na cara, depois um soco no peito, que eu aposto que não doeu nem um pouco.Um silêncio se instala na cozinha.Meu "irmão" vira o rosto e me olha, tocando em sua bochecha.

—Pensei que estivesse acostumada ao ouvir essas coisas. — Dizele. - Ouvia tanto lá na escola, adotada.

—Okay chega, tudo tem limite. — Finamente Ian diz algo. - Se vocês dois não falarem nada, eu juro que mete a porrada em vocês, já o Chaz, Chaz, amigo, parceiro... - Chaz sorrir travesso para o amigo. - É melhor calar a PORRA da boca, se não quiser ficar sem ela por semanas, porque vou te dar tanto soco amigo, tanto.


Ian avanço pro Chaz e lhe dá um soco na boca.Chaz caiu no chão.Meus pais e Sarah se abaixam.O punho de Ian sangra.

—Vai chamar a polícia Cloe! — Diz papai.

—Não. — Digo. -E eu irei retirar meu nome do testamento e tirar o nome de vocês do meu.Ele está certo, não sou da família....e nunca serei, sempre serei a intrusa.Todos da família sempre foram contra mim, se vocês não notaram.

—Filha... - Diz mamãe.

—Desculpa Marisa e Filiphe, mas não sou uma legítima Simons. — Tiro o anel da família e deixo no balcão.

Saio cozinha, ainda ouvindo eles me chamarem.Saio da casa e começo a chorar sem emitir som.Doeu tanto, me cortam mais que uma faca aquelas palavras.Chaz, nem parece ele.O que eu fiz a ele de errado? Vou até o carro de Ian e entro no de passageiro, coloco o sinto.Ouço seus passos e a porta é aberta, ele entra e fecha.Ele me olha.

—De boa? — Ele pegunta.

—De boa Ian? DE BOA? EU ACABEI DE PERDER A ÚNICA FAMÍLIA QUE EU TENHO, E "DE BOA"? — Quase berro. - Você perdeu uma grande chance de ficar calado!

—Oh porra, só queria ajudar! Se for ficar puta, e querer berrar, volta lá pra dentro e berra com eles! Caralho, quase fode com meus tímpanos. — Ele reclama.

—Vai se foder... - Digo baixinho.


Cruzo meus braços e ele liga o carro.Meus pais aparecem na porta de entrada, me olhavam com preocupação.

—Filha, saía do carro desse delinquente, ele vai te levar pro mau caminho! Entre bebê, vamos conversa direito. — Diz Marisa.

—Juro rapaz, se você fizer algo com minha filha, eu te caço até o inferno. Agora Filiphe.

Ian sorrir sacana e ele mostra o dedo do meio para eles e começa a acelerar.Eu estou puta até comigo mesmo, porque não fui pegar um ônibus mesmo? De vez de entrar no carro desse....como mamãe...Ops, como Marisa o chamou mesmo? Delinquente? É, delinquente!

—Foi mal ae por sua família.Eu gostava de Chaz, até ele extrapolar e virar um puto.

—Não quero suas quase desculpas. — Digo fria.

—Se quer ficar puta com algo, fique com eles, por que comigo não vai rolar, gatinha.

Silêncio se instala entre nós.Eu não sei o que pensar além daquelas palavras, ainda está doendo.Todos nunca gostaram que mamãe e papai tivessem me adotado, e eu não tenho culpa, ainda era uma recém nascida quando me deixaram na porta da minha antiga casa.
Não faço ideia de como são meus verdadeiros pais, e nem faço idéia de quem sejam.Acho que eles com certeza não ligam para mim, se me deixaram, não dão a mínima....ou estavam com péssimas condições de vida e tinham que me deixar, para eles não se preocuparem com fraudas e etc, ou comigo na mesma condição.Eu não me importaria da condição, eu lutaria por eles e ficaria mais que satisfeita por ter minha verdadeira família.
Duas horas depois, chegamos em seu prédio.Diabos, tudo me faz voltar com Ian, tudo me puxa a ele.

****

O elevador abre.De cabeça baixa, eu entro no apartamento.Me sinto péssima, um lixo.Sem notar, Ian ficou com o braço em volta do meu pescoço.

Quem ele pensa que é....

Foi tudo muito rápido.Karla ficou assustada com a presença de Ian, na verdade, ficou horrorizada.Ian quem matou os pais dela?! Como eu não soube disso?! Ela corre pro elevador e vai embora.

—Karla! — Andrew a chama.

Empurro Ian de perto de mim.Eu não quero ele na minha vida, não, não e não!

—Fica longe de mim, Ian. — Digo desconfortável.

Ele me olhou friamente e sumiu pelo corredor dos quartos.O elevador volta e Andrew entra.

—Vou buscar ela. — As portas se fecham.

Tem muita coisa para processar ainda.Minha família, Ian matou os pais de Karla, e a quase matou.Tudo está explicado, também do porque ele estar naquele hospital! Não espera....Quando ele foi lá eu lembro ele dizendo "eu matei os dois...." Não havia entendido que seria realmente os pais dela.Okay, vacilei com ele.

Ele matou pessoas

Esse é o Ian, ele está pouco ligando para os outros.Ah Meu Deuses, como pude esquecer daquele dia?

—Eu lembro de Ian dizendo que matou os pais dela.... Não me recordava. — Toco minha cabeça, hoje foi aquele dia!!

—Se acalme Clô, não é sua culpa. — Diz Nícolas.

Nick parecia o mais calmo deles todos ou até o mais educado.Mas eu não duvido que qualquer passo estranho que eu dar, ele apontara uma arma para mim.Ele me guia até o sofá e nos sentamos.Minha cabeça dói.Será que estou com enchaqueca?

—Ei Clô! — Dylan me chama. - Se lembra do Monopoly? Eu ganhei! - Noto que Dylan tenta me animar.

Sorrio para ele.Dylan é o divertido e palhaço.Andrew o engraçado conquistador.Thomas o estressado e esquentado.Nícolas o mais calmo e otimista.Eles se tornaram meus amigos.

Menos Thomas...ele me odeia

É, realmente.Não sei o que fiz para Thomas.Nós todos ficamos conversando bastante, risadas e risadas.

****

Andrew faz Karla se sentar na poltrona perto de nós.Ela havia uma cara nada boa.

—Um dia Andrew, eu vou te encher de porrada. — Ela o "ameaça".

—Vou esperar sentado por esse dia. — Andrew sorrir debochado.

Ele senta ao lado de Karla, no apoio da poltrona.Eu me pergunto, eles não são tão ocupada quando imaginava.Dylan volta, depois de ter ido no quarto de Ian, ver como a "criança" está, depois do bico.

—Ele não quer vim aqui não. — Diz Dylan. - Tá putasso contigo, Clô.


Era só o que me faltava.Eu nego revirando os olhos.Ele volta a se sentar ao meu lado.

—Ele não vem? AMÉM IRMÃOS! — Karla diz toda sonhadora.

A olhamos.Ian deve ter mexido muito com o psicológico dela.Eu já me sentia morrendo de sono, já era bem tarde.

—Eu vou falar com ele. — Me levanto.

—Você não ouviu o que Dylan disse? Ian tá putasso, nem a gente fala com ele quando ele estar assim. — Diz Thomas.

—Não custa tentar! — Dou de ombros.

—Grita se acontecer algo. — Diz Andrew. - O quarto dele é o último.

Eu assentir e fui pro corredor.Esse apartamento é tão grande.Chego na porta e dou dois toques, não escuto nada e a abro.Entro e depois a fecho atrás de mim.Uau, que suite bonita! Porém, sem vida total.Vou até a cama e ela estava toda desarrumada.

—Me pede pra ficar longe, mas rasteja até a mim. — Me assusto com sua voz.

Dou quase um pulo.Me viro e o vejo na porta, trancando ela com uma chave.Engoli um seco e ele foi se aproximando.

Que maldito calor!

O mesmo só estava com uma calça jeans, sem camisa, mostrando seu corpo definido.Ele chego perto de mim sorrindo malicioso.Me empurra. Eu caiu na cama.Ele avança para mim e prende meus pulsos.

—Finalmente vou foder contigo. - Ele beija meu pescoço.

Foder? Sexo!?

Me debato.Eu nunca irei dormir com ele, principalmente nessa situação que me encontro.

—Ian para, eu não vou fazer sexo com você. — Digo um pouco ofegante.

Ele se afasta e seu sorriso atrevido ainda está em seus lábios.

—Porquê? Todas querem. — Todas? É isso que ele pensa de mim?

—Eu não sou elas Ian, não sou suas vadias. — Digo irritada.

Ele arregala os olhos.Meu linguajar mudou muito ultimamente.

—Não, você não é mesmo. — Ele me solta e se deita do outro lado.


Tento me levantar e ele me pega pelo braço e faz eu voltar a me deitar.Sinto braços me abraçando por trás e uma respiração em meu cabelo.

—Você não é como elas... — Ele murmura.

O que está havendo?

Sinto meus olhos arderem, por causa de uma memória.Nas noites, eu ficava com Elias assim, era....era...Bom, me sentia protegida e amada.Vou "dizer" uma coisa horrorizante para mim mesma...

Eu sinto isso agora...Essa sensação de protegida e amada....

O que Ian está fazendo comigo?

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