Depois de tentar pelo menos mais umas 5 vezes uma revanche, da qual perdi todas de lavada, Abe diz que vou perder o avião se eu não me arrumar logo. Tomo um banho para tirar o suor de perdedor, juro que vou comprar um Xbox quanto voltar, e depois, vou detonar Abe. Visto um jeans claro, uma camisa branca e calço uma bota marrom. Organizo minhas coisas na mala e dou uma olhada última olhada no meu antigo quarto. Pego a mala, desço e deixo na sala.

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— Então, vamos ficar se nos falar por mais um ano filha? Gostaria que não tivesse que saber sobre você através do teu chefe.— Diz Abe tirando os olhos do mesmo jornal que lia mais cedo.

— É você tem razão pai, vou começar a te mandar nem que sejam simples e-mails dizendo tô viva ainda.— Ele ri, mas logo volta a seriedade em seu rosto.— Falando sério Rose, não suma novamente. Passei tantos anos fora da sua vida, anos perdidos, não quero perder mais anos ainda. Gostaria muito de recuperar eles, mas sei que isso é impossível, só me resta estar presente no resto. Então, dá uma facilitada pro velhote aqui, vai?— Ele levanta e vem em minha direção, vou na sua direção também e nos abraçamos. Abe enfia o rosto entre meus cabelos.— Vou sentir sua falta querida. Promete que vai mandar notícias?— Diz ele próximo ao meu ouvido. Movimento a cabeça em um sim.— Agora vá para cozinha que tem alguém enlouquecendo teu irmão lá.— Ele diz e me vou em direção a cozinha.

Chegando na cozinha vejo Nick com cara de desespero e uma Mia tagarelando sem parar sobre o livro de romance que ela está lendo.

— Mia deixa meu irmão em paz. Vejo ele pouco e você ainda quer estragar o garoto? Quem tem que fazer isso sou eu.— Nick me fita em agradecimento por ter feito Mia calar a boca.

— Já não está na hora de irmos ao aeroporto Mia?

— Sim, foi pra isso que vim aqui até. Vamos?— assinto com a cabeça, pego a mala e rumamos ao aeroporto.

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Acordo sentindo algo pesado em cima do meu corpo. Algo que cheira muito bem por sinal." Rose esse cheiro é masculamente familiar" alerta meu subconsciente.Dou mais uma inalada no cheiro ainda de olhos fechados. É claro, esse cheiro é do russo. Pera ai DO RUSSO? Abro rapidamente os olhos e vejo um guarda-pó preto por cima de mim. Por isso o cheiro maravilhoso de loção pós-barba. Estico os braços para cima a fim de me espreguiçar. Olho para a janela do jatinho da empresa/ Hans, já que só ele pode usar o bendito jatinho. Está escurecendo, acho que são umas seis da tarde.

— Vejo que a bela adormecida acordou.— Zomba o russo da minha cara.— Vamos falar sobre a missão. Falando sério agora, você em que exercer uma profissão, uma que realmente pareça que você faça.— Diz Dimitri me olhando sério.

— Eu poderia ser organizadora de eventos. Você é advogado certo?— Ele assente com a cabeça.— Tá então... Eu poderia ter sido contratada para organizar um evento da tua empresa, ai nos conhecemos, começamos a nos conhecer e agora estamos juntos. Parece um bom romance não?— Termino de falar bocejando.

— Sim, realmente pode dar certo. Quanto ao almoço que teremos com a família Dashkov, vamos ter que ir somente com escutas. Isso me preocupa um pouco, só vai restar a luta corporal como nossa defesa.

— Dá pra pegar qualquer pedaço de pau em último caso, e duvido que Victor vá querer colocar tudo a baixo logo no primeiro encontro das famílias. Ele seria muito idiota pra fazer isso.— Falo bem sonolenta.

— Bem você tem razão. Vai dormir o resto do voo? Se sim, pode ficar com meu guarda pó.— Me aconchego mais na poltrona e volto a dormir.

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Desembarcamos e peço pra Hans me levar em casa, ele pergunta o motivo de eu não querer pegar táxi, simples, preguiça. Ele me trás e eu chego desmancho a mala, tomo um banho e coloco um vestido. Procuro as chaves do carro e dirijo até a casa do Eddie pra pegar meu bebê. Toco a campainha da casa e logo escuto gritos , depois uns arranhões na porta, e, por fim, um Eddie escabelado abrindo a porta.

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— Rose, como é realmente bom te ver.— Ele diz e logo é empurrado por uma Marie agitada.

— Maaaarii...— Ela pula em mim e eu caio no chão, e logo começa a me lamber. Começo a rir do seu ato desesperado representante de saudade.— Também senti saudades garota.— Faço carinho nela e me levanto.— Foram dois dias difíceis não Eddie?

— Nem me fale, Marie é um pouco... Vamos dizer... Agitada demais— Diz ele coçando a nuca.— Quer entrar?

— Não, não. Só vim pegar a Marie pra levar embora mesmo.— Pego Marie pela coleira, mas quando vou puxar ela se solta e vai em direção a Eddie e derruba ele no chão também, dando lambidas por todo o rosto dele. Começo a rir e Eddie acaba me acompanhando.

— Também vou sentir sua falta Marie, juro que faço visitas pra você, mas me deixe levantar por favor.— Marie sai de cima dele e senta no chão, prendo a guia na coleira pra evitar que ela ataque mais alguém. Ele se levanta e passa a mão nas roupas pra tirar o excesso de pelos. Digo tchau e levo Marie para o carro, e a mesma se deita no banco passageiro. Antes de ir pra casa passo numa lanchonete e pego um lanche pra mim já que Marie tem ração esperando por ela.

Depois de estacionar o carro desço com Marie, e vamos silenciosamente até o elevador, é proibido animais no elevador, e eu não tô nada afim de subir seis andares com uma labradora hiperativa no meu encalço. Prefiro que o síndico me xingue do que subir tudo isso. Entramos no elevador e quando a porta abre sinto um cheiro de pós barba invadir o ar. Ótimo, comecei a imaginar coisas. Vou indo para meu apartamento e vejo uma figura alta de cabelos na altura dos ombros e outra mais baixa com cabelo um pouco grisalhos.

— Posso saber oque vocês fazem aqui?— Falo olhando para os dois parados na minha porta. Marie começa a latir e Dimitri vira junto do grisalho.

— Mudança de planos Hathaway. Tua mudança é hoje.— Fala Hans num tom autoritário com um sorriso nos lábios. Olho incrédula e ele começa a rir. Ele só pode estar brincando, a mudança é só pra próxima semana. Hans você me paga.