Solemnia Verba

Com uma oração praticamente inaudível, todos presenciaram o poder além deste mundo. Alguns diziam que puderam enxergar a figura de Brahma translúcida e imóvel atrás daquele semi deus. Outros juram que avistaram com seus próprios olhos que a terra iria comer algum dia que uma auréola dourada havia se projetado atrás de sua cabeça. O único fato aceito foi a tosse de vida emitida daquele garoto que se ergueu agilmente quando avistou, com seus olhos brilhantes com a luz que percorria sua íris novamente, a figura do deva sorrindo para sua pessoa. A idosa permanecia imóvel no chão, sem vida. Alguma pessoa corajosa, lançou a pergunta que todos engoliram em seco. Por que ela não havia ressuscitado? Foi quando o deva disse:

Em suas memórias, o seu único desejo foi ser útil a alguém voluntariamente em algum momento em sua vida. Eis aqui uma escrava, mais uma criação que refletiu em vida as impurezas humanas impregnadas em vossas almas. Sua essência, por tanto ser pisoteada pela maldade humana, reduziu também suas vontades, seus desejos, torando-os simples. Não há mais necessidade de lhe trazer a vida, não há recomeço que equilibre a balança que pende tanto para o lado do sofrimento. Como era triste a sua alma... Portanto, desejo que vocês todos lembrem-se bem deste dia, pois por meio deste pequeno ser puro vocês compensarão todo o sofrimento dessa alma que padeceu próxima aqui aos meus pés. Desejo que vocês, por meio desta criança, compensem todo o mal acometido a essa vida. Pois aqui se encontra o meu primeiro representante nesta terra.

Nascia naquele momento o primeiro imperitus que se tem notícia e o primeiro membro dos 13 aliados que se mantiveram firmes e fiéis as causas do primeiro deva.

Trecho do capítulo introdutório do livro A História das Famílias Devatãs em sua única edição.
Blitzkrieg

Sinopse

Notas adicionais

Autor
Blitzkrieg


Classificação 16+
Livro concluído
Publicado em 23 de dez. de 2009 16:17
Atualizado em 31 de out. de 2020 00:32
79.750 palavras