Operation Swan
The Morning of Sorrow
London,
May 31, 2017.
A primavera começara a dar adeus aos poucos. O tempo já não era mais ameno como antes e o calor, às vezes insuportável, começava a tomar conta da cidade.
Lá no alto, duas figuras estavam sentadas a beira do terraço do colégio.
— Rosie... – Scorpius chamou com delicadeza. – Nós temos que ir.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Eu não quero sair daqui, Scorp.
O loiro não insistiu. Ele sabia muito bem pelo que a namorada estava passando. Sem contestar, Scorpius a abraçou. Sua mão esquerda foi diretamente aos cachos da garota, afagando-os com doçura. Rose se permitiu voltar a chorar.
— Tudo que a gente fez foi em completamente em vão. – ela disse, em meio a soluços.
— Claro que não foi. – o loiro rebateu rapidamente.
— O meu pai assinou o divórcio e foi embora.
— Coisas ruins acontecem, Rose. Às vezes nós não podemos fazer nada.
Mais soluços. Saber da sua incapacidade deixava a ruiva ainda mais frustrada.
— Eu não queria que fosse assim. – ela assumiu, pesarosa.
— Eu sei... – Scorpius concordou, condescendente. – Ninguém queria que fosse...
Mais uma vez o garoto acariciou a namorada. O sino estridente do colégio ecoou pelo alto-falante. As aulas iriam começar. Porém, nenhum dos dois adolescentes saiu do lugar. Pelo contrário, Malfoy se ajeitou no muro de concreto e Rose pôs os pés para baixo, deixando-os balançar displicentemente a beira do precipício.
— Eles vão ter um bebê, Scorpius.
Scorpius apenas anuiu a cabeça, pensativo. A notícia apesar de ser dada de forma direta, não pareceu pega-lo de surpresa. Seus cabelos loiros se agitaram sobre a testa.
— Acho que alguém aqui perdeu o posto de filha única mimada.
Pela primeira vez em semanas, Rose sorriu. O loiro se alegrou por ver um pequeno resquício de felicidade na garota.
— Esse bebê é mais um motivo para você não pensar que todo esforço foi inútil.
— É... – a ruiva acordou com a cabeça. – Talvez seja.
Quem sabe Scorpius estivesse certo. Lá no fundo, Rose sempre desejara ter um irmãozinho.
Foi com essa convicção que a garota encarou o namorado. Ela enxugou as lágrimas dos olhos e da bochecha.
— Ele será o bebê mais lindo de Londres. – falou, altiva. – E o mais inteligente também.
— Ei, como você sabe que é um menino? – o loiro indagou, achando graça. – Pode ser uma irmãzinha.
— Nah, é um menino. – ela replicou, segura. – Pode acreditar.
Malfoy riu com gosto.
— Eu não deixarei que nada no mundo machuque o meu irmão, Scorp. Nada. – Rose declarou. – Eu cuidarei dele mais que tudo nessa vida.
Scorpius passou o braço pelos ombros da ruiva e apertou o local carinhosamente.
— Eu tenho certeza disso.
Aquilo definitivamente era uma promessa. Scorpius Malfoy sabia que a partir do momento que o juramento fora posto para fora, Rose Weasley seria capaz de por fogo no planeta Terra inteiro para manter a sua palavra. Ela não deixaria de forma alguma de se esforçar para cumprir o seu voto.
A garota sorriu outra vez para o namorado e apoiou a cabeça em seu peito, antes de voltar a admirar o horizonte. Também a observar a paisagem, Scorpius sorriu de canto. Ele pensou na declaração que acabara de escutar e não deixou de sentir orgulho pela bravura da ruiva ao seu lado.
O novo bebê Weasley não teria proteção maior do que aquela.
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