Not too late

Capítulo 5 - Briga no beco.


Depois do ocorrido no aniversário, as coisas ficaram muito boas entre Steve e Peggy. Não podia se dizer que estavam juntos, mas não estavam separados.

Os dias na RCE pareciam ficar mais longos para ela, que queria chegar em casa para poder rever o loiro. Já ele tinha que aturar comentários dos outros 3 que estavam presentes no momento e viram tudo.

Constantemente saía para dar uma volta, afinal, estava ali por um motivo e não podia desviar-se dele. Conseguiu algumas informações com pescadores que viram um homem com “armadura” preta com um X branco na frente andando por aí. Era exatamente quem estava procurando.

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Não procurava à fundo, sabia que seria exposto. Dessa forma conseguiu o nome de alguns lugares que alguém parecido com Rumlow ia com frequência. Um deles era no café aonde Angie Martinelli, uma amiga de Peggy, trabalhava.

− Bom dia senhor, o que vai querer?

− Um café, apenas.

− Aqui está – ela entregava uma xícara a ele – ei, você é novo por aqui? Não sei, mas acho que já o vi em algum lugar mas não é alguém que tenha visto muitas vezes...

− Cheguei a pouco tempo – ele a interrompeu.

− Ah, já sei! Eu o vi na festa de Peggy junto com uma ruiva e um moreno que parece com o Stark... vocês são parentes?

− Somos apenas amigos. Viemos para a festa e vamos ficar um tempinho.

− São de onde?

− Angie não é? Diga-me, por acaso alguém com cicatrizes no rosto tem aparecido por aqui nos últimos dias?

− Bom, tem sim. Ele nunca pede nada, sempre senta na mesa mais no fundo ali – ela apontou para o local – é bem estranho.

− Que horário mais ou menos ele aparece?

− Não sei. Nunca vem na mesma hora. Ontem veio a tarde, hoje de manhã cedinho...

− Obrigado Angie – Steve falou gentilmente, deixando o dinheiro em cima do balcão e se retirando do local.

Se ia ali, deveria estar alojado em um local próximo. Andou algumas ruas em direção à casa de Howard, quando passava perto de um beco, algo o puxou.

Era exatamente quem ele queria achar.

Rumlow segurou no pescoço de Steve, o empurrando contra a parede.

− Não devia estar aqui Capitão – ele falou com um tom de ameaça.

Você não devia estar aqui – Steve respondeu com um pouco de dificuldade por conta da força exercida em seu pescoço, mas não revidaria, não agora, tinha de sabe algumas coisas antes.

− Você não vai me impedir de cumprir meu objetivo.

− Você não tem que fazer isso, pare e pense! Isso é insano... mexer com toda a linha temporal.

− Você que tem que entender – Rumlow pressionou mais forte o pescoço do loiro – isso é algo maior que nós dois. Muitos se beneficiarão com meu ato.

− E muitos sofrerão também, o mundo tem que ficar do jeito que é, muda-lo dessa forma é errado!

− Dar um fim em seus amiguinhos da SHIELD vai ser um praz...

− Você não vai matar a Peggy – Steve falou pausadamente, levantando as penas e o chutando na altura da barriga.

− Vejo que tem preferência, ela vai ser a primeira – ele preparou-se para socar o Capitão, este que segurou a mão do primeiro.

Começaram a luta ali mesmo, Rumlow acertava Rogers, Rogers acertava Rumlow.

Rumlow foi jogado nas latas de lixo, Steve usando uma das tampas como escudo e para nocautear seu adversário. Arremessava a tampa várias vezes, desferindo golpes com o punho.

Quando Rumlow chegava perto, Steve jogava o corpo no ar, dando chutes no rosto dele. Alguns golpes podia defender, mas o Capitão era mais ágil.

Dessa forma logo chamaram atenção dos civis. Assim em algum tempo puderam ouvir as sirenes da polícia. Não poderia ser preso, não ali. Rumlow conseguiu sair usando as saídas de emergência dos prédios como rota de fuga.

Teve que pensar rápido, as sirenes estavam cada vez mais perto. Subiu pela mesma escada mas em vez de fugir, entrou na casa de alguém pela janela.

Poderia estar a salvo, mas havia gente em casa. Duas mulheres. Elas o olhavam assustadas, pensando ser ladrão.

− Por favor, não sou ladrão – ele falou baixo – só não posso ser preso por algo que outra pessoa cometeu.

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− Quem é você? – uma delas perguntou.

− Steve. Posso sair pela entrada da frente? Assim não chamará atenção.

Elas assentiram. Ele sorriu sem graça e caminhou até a porta, ajeitando a roupa.

Desceu as escadas e já estava na calçada. Viu que o tumulto estava grande por lá, policiais perguntando informações sobre os culpados pelo transtorno, pessoas curiosas, pessoas aumentando a história do que havia ocorrido...

Respirou fundo e tomou um rumo contrário daquilo.

Já eram quase 7 da noite, tinha que voltar para a casa de Howard. Enquanto andava, viu Jarvis comprando algumas coisas.

− Jarvis!

− Senhor Rog... Steve! O que faz por aqui a essa hora senhor? E por que está com hematomas no pescoço e no rosto? O que aconteceu?

− Quando chegar em casa explico tudo. Quer ajuda com isso?

− Claro, pegue aquelas sacolas ali.

Ao chegar em casa, Peggy ainda não havia chegado. Ele ajudou Jarvis a tirar tudo do carro e levar para a cozinha.

− Eu disse que ele ia se meter em briga – Howard dizia com um alto tom de voz.

− Mas o que é isso cara? Volta pra era jurássica e já fica fraquinho de novo?

− Encontrei Rumlow.

− O que?! – Tony e Natasha estavam atônitos. Tony estava com um copo na mão, cuspiu toda a agua que estava em sua boca.

− Consegui achar um local que ele vai todos os dias mas em horários diferentes, quando saí de lá... bom, ele me achou, brigamos num beco mas a polícia e os civis acumularam-se, e eu não queria uma plateia muito grande.

− Tinha que ser num beco, você adora esse tipo de canto não é?

− Não foi escolha minha. Temos que vigiar Howard e Peggy a todo custo. Jarvis também. Se algum deles for morto muita coisa vai mudar. Tony pode não nascer ou não ter a criação que teve, eu não posso ser achado no gelo, Natasha iria continuar na KGB ou pior.

−A ruiva pode me vigiar à vontade, nem reclamo – Howard se pronunciou.

− Te jogo na mala de um carro, quero ver alguém te achar lá pelos próximos 20 anos.

− Que violência.

Seu filho cuidará de você – Steve disse numa forma arrastada – isso decidimos depois.

− Agora com certeza ele vai se apressar para terminar o que veio fazer, tem de achar ele outra vez. Sabe que estamos aqui também? – Natasha indagou.

− Não, por sorte. Isso vai ser algo útil. Amanhã passaremos o dia de tocaia. Aproveitando que é um restaurante então qualquer um poderia entrar.

− E quando à Peggy?

− Ela vai ter que ir também.

− Vou ter que ir aonde? – Peggy adentrou a sala, seu horário de trabalho havia acabado.

− Hoje encontrei o cara que quer matá-los, sei aonde vai diariamente e sei que agora está mais apressado do que nunca para terminar o que veio fazer. Isso explica os hematomas que ganhei.

− Mas se o encontrou e ele sabe... não acha que ele mudaria de local? – Peggy dizia, preocupada.

− Exato. Ele vai usar o local como armadilha, que iremos cair – Natasha explicou. Em sua cabeça já tinha entendido o que Steve planejava fazer.

− Você está fora de si? Como assim iremos cair nisso? O objetivo é não o deixar nos matar?

− Ele não sabe que eu e a Natasha estamos aqui, bem estúpido da parte dele – Tony começou.

− Então, sim, iremos “cair” na armadilha dele. Com tudo que tivermos. Você vai estar presente, Howard também. Mas também Steve e nós dois – Natasha continuou.

− E então os usamos como elemento surpresa e assim Rumlow estará em grande desvantagem – Steve concluiu.

− Bem pensado – Howard tinha uma das mãos coçando o queixo – é assim que funciona a equipe de vocês?

− Não. Geralmente Thor sai batendo em tudo ou o Hulk destrói as coisas que vê pela frente. Barton as vezes fica tirando sarro das escolhas dos outros e Stark e Rogers vivem discutindo.

− Viva à união – Howard concluiu.

− Steve? Posso falar com você? – Peggy chegou perto do loiro e falou baixo.

Ele concordou com a cabeça e a seguiu. Subiram as escadas e entraram no quarto de Peggy. O silencio era desconfortável.

− Acho que não me acostumei com a ideia de que quando isso acabar você vai ter que partir de novo...

− Não pense nisso agora, ainda não acabou – ele a abraçou de forma carinhosa – pense só no momento.

− Tudo bem – ela retribuiu o abraço – estou cansada, acho que vou dormir mais cedo hoje.

− Então eu acho que vou indo. Precisa mesmo descansar.

− Espera.

− O que foi?

− Seria egoísmo pedir que ficasse aqui hoje?

− Claro que não.