P.O.V Fernanda:
Ouvimos a chamada de embarque para nosso destino, Inglaterra.

Eu e minha mãe fomos de mãos dadas, e ela ficava o tempo inteiro dizendo que lá nós iríamos ter uma nova vida. Mas já tínhamos uma boa vida no Rio. Nossa família está localizada em boa parte da Europa, em tese será bem mais fácil visita-lós estando perto, ainda lembro-me do meu primo Jerome que tentou me seduzir, em um tempo de férias que ele juntamente com meus tios vieram curtir os "40º graus" do Rio. Não que ele seja feio ou algo do tipo, mas namorar primo ou ter algum tipo de relação me parece ser incesto. Os dias em que ele passou por lá, digamos que não foram os melhores para mim, não por conta dos meus tios, pelo contrário eles são um amor de pessoa e como casal, os admiro, mas o filho deles é um peste, me infernizou o tempo inteiro dizendo o quanto eu era linda, cheirosa e bem arrumada. Isso me assusta, pareceu perseguição, até o dia em que ele tentou algo, só que fui bem mais ligeira e chutei suas partes baixas, com toda certeza hoje em dia ele me odeia, porém não faço questão, primos nessa família é o que não falta. Minha mãe me cutuca tirando-me dos meus devaneios.

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— Filha ta tudo bem?

— Claro mãe, tudo ótimo, só estava pensando. – Pisco para ela e como retribuição a mesma sorri de canto a canto e me abraça.
— Você vai gostar, eu te garanto isso. – Entramos no avião, e procuramos nossos lugares, não ficamos afastadas, fiquei com a poltrona da janela e ela ao meu lado. Esperei o avião decolar para que fossemos liberados a usar os celulares e nos desprender dos cintos de segurança. Alguns minutos se passaram e fomos liberados a isso, coloco meus fones e entro em minha playlist favorita do meu celular, observo minha mãe e ela já está com mais um de seus livros românticos com mistério, sorrio mentalmente e me acomodo na poltrona encarando a janela onde via os últimos rastros da cidade maravilhosa.

Passando-se algumas horas me desperto percebendo que dormi por um bom tempo, observo minha mãe novamente e ela está guardando o livro em sua bolsa, ela me olha e sorri, retiro os fones e encaro a janela novamente, só que desta vez está fechada, provavelmente foi minha mãe que a fechou, abro-a e toda a claridade da cidade da Inglaterra encandeia meus olhos, me deixando maravilhada com sua beleza.
- É chegamos. Bonita cidade não é mesmo? - Ela falava toda maravilhada e com um sorriso de satisfação em seu rosto sabendo que também gostei daqui.
— Realmente mãe, muito linda... – Minha mãe da uma risadinha baixa.

"Senhores passageiros, afivelem seus cintos, pois, já iremos aterrizar!"

(Fernanda)