Mudanças

Capítulo 14


Hidan e Kakuzu haviam finalmente chegado ao esconderijo, e todos os akatsukis estavam na sala de reuniões.
— Certo, finalmente pegamos a última chave que precisávamos. Agora já podemos ir até o arsenal. – Dizia Pain. – Mandarei Zetsu até a localização para verificar o local, e depois mandarei mais de uma dupla se necessário então se preparem.
— Tomara que ele mande a gente. – Sussurrou Kei para Ori, que não respondeu.
— Dependendo do que encontrarmos lá, podemos aumentar significativamente o poder da organização, e isso irá acelerar nossos planos. Sobre Nayuki, temos que exterminá-la. Ela ainda não interferiu na organização, mas o que ela planeja vai atrapalhar em nossos objetivos, por isso prefiro me livrar dela antes que ela faça algo muito extremo.
— Mais extremo que controlar os Lordes Feudais? – Sussurrou Hidan, recebendo um olhar reprovador de Pain, que pareceu ouvir o comentário.
— Isso é tudo. Darei mais detalhes das missões futuras quando Zetsu retornar. – E com essa deixa Pain saiu do local juntamente com Konan.
— Eu soube que essa tal de Nayuki fez uma bagunça em Konoha. – Kei comentou.
— Sim. – Disse Kisame. – Usou o poder estranho dela para controlar a maior parte da vila. Os poucos que não foram afetados ou estão sendo torturados ou fugiram, como aqueles moleques de Konoha que o Ori encontrou.
— Eles pareciam deliciosos. – Disse Ori.
— Algum deles era bonitinho? – Perguntou Kei para seu parceiro, Ori apenas sorriu com a pergunta.
— A Hokage sumiu, pelo que ouvi por aí. Acho que não foi afetada. – Era Deidara quem havia se pronunciado agora. - Mas até que isso é bom, essa tal de Nayuki aparecer, diminui um pouco as atenções que estava em nós.
— Mas ela vai nos atrapalhar eventualmente. – Sasori comentara.
— Falando nisso, o que será que ela queria com o Líder quando veio falar com ele? – Deidara perguntou.
— Ela já veio aqui?! – Kei ficou surpresa.
— Não aqui nesse esconderijo, mas já falou com o Líder. – Deidara respondeu.
— Sim, me pergunto o que ela queria. O que você acha Itachi? – Kisame perguntou ao parceiro que permanecera quieto desde o início da reunião.
Itachi não gostava de ficar especulando sobre as conversas de Pain, que não compartilhava muito. O Uchiha sabia que nenhum dos membros ligava muito pra isso, só estavam matando o tempo. Porém, Konoha estava em perigo, Nayuki tomara conta do local, e isso não era de forma alguma algo que ele podia ignorar.
— Itachi? – Kisame insistiu.
— Nayuki quer dominar o mundo shinobi. É provável que ela tenha pedido auxílio a Pain, mas já que ele recusou é somente questão de tempo ela vir atrás de nós. Talvez ela só esteja preparando algo, Nayuki sabe que não pode simplesmente vir até aqui e tentar nos controlar. – Itachi respondeu.
— Seria mais fácil se entendêssemos melhor a dimensão da kekkei genkai dela. Como sabemos se é mesmo uma kekkei genkai? Tem alguma informação sobre o clã? – Kei perguntou.
— Akuze Nayuki. Esse clã terminou a muito tempo. – Konan dissera. Os membros se viraram e viram a mulher de cabelos azuis na porta. Ela continuou explicando. – Foi isso que Nayuki disse a Pain.
— Konan. Como o clã acabou? – Itachi perguntou educadamente.
— Não sabemos. – Ela respondeu. – Mas ela é perigosa, e precisa morrer.
(...)
Karin estava no laboratório aguardando Orochimaru. Mesmo depois de anos em Otogakure nunca iria se acostumar com as bizarrices de seu Líder. Só estar naquele local, onde Orochimaru realizava suas diversas experiências, lhe dava arrepios. A kunoichi foi interrompida de suas observações do local com o barulho da porta de abrindo. Era Orochimaru.
— Certo, vamos consertar esse braço. – Disse ele, e se dirigiu a um armário. Ele carregava alguns frascos com conteúdos estranhos e pegou uma injeção, depois depositou tudo em uma mesa perto da maca onde Karin estava.
Karin detestava injeções. Nos anos que já passou servindo a Orochimaru, não ser vítima de uma das experiências dele era impossível, todos os membros já passaram pelo laboratório, com exceção de Sasuke claro. Karin supôs que aconteceria eventualmente.
Os experimentos de Orochimaru eram sempre muito dolorosos, e mesmo que seu braço estivesse para ser consertado, ainda sentia medo e repulsa.
— Você está tremendo, Karin. – Disse Orochimaru, um sorriso divertido na face da cobra. Karin não disse nada. – Vou usar as células de Hashirama e um pouco do material genético de Mai, além do meu próprio.
Karin ficou surpresa com a última parte.
— O seu? Mas ele vai me consumir, não? – Ela perguntou, dando o máximo de si para não gaguejar. Orochimaru riu.
— As células de Mai devem impedir isso. – Ele respondeu. Pela primeira vez, Karin ficou feliz de Mai estar em Otogakure.
Orochimaru misturou tudo em outro frasco, enchendo a seringa com o novo conteúdo. Em seguida virou-se para Karin e disse:
— Isso vai doer.
(...)
Os ninjas de Konoha estavam na casa de Shirayuki almoçando. Sakura acordou com o barulho de vozes e risadas que vinham da sala. Ao descer as escadas, viu que já era tarde, havia ido dormir muito tarde e acabou acordando na hora do almoço.
— Boa tarde Sakura! – Disse Naruto animado.
— Boa tarde.
— Venha comer conosco. – Convidou Shirayuki. E Sakura foi se juntar a todos.
Após a refeição, algumas risadas e conversas bobas, Hinata e Sakura ajudaram Shirayuki a organizar tudo. O dia passou depressa e chegara a hora de dormir. Após conversarem sobre planos para deter Nayuki e jantarem, cada um se dirigiu a seu respectivo quarto.
Sakura ainda não conseguia dormir, e decidiu caminhar um pouco pela casa. Ao andar pelo corredor, Sakura notou um quarto vazio, não sabia se deveria entrar ou não, parecia falta de educação. A porta estava semiaberta e a kunoichi ficou extremamente curiosa para saber o que tinha lá dentro.
— Que mal faz espiar um pouco? – Disse a si mesma e entrou, sabia que Shirayuki não iria brigar.
O quarto parecia não ter nenhum habitante, havia somente prateleiras cheias de porta-retratos, alguns bastante empoeirados. Sakura começou a ver as fotos uma por uma. Shirayuki quando criança ao lado de um templo, os cabelos curtos e azuis em contraste com os olhos, ela estava sorrindo. A próxima era de Shirayuki e seu marido abraçados, ambos sorrindo. A foto seguinte tinha Shirayuki e seu marido, Hikaru, no casamento, ela estava em um lindo kimono azul-marinho.
Sakura viu mais algumas fotos e até riu com algumas. A kunoichi notou um porta retrato que estava virado para baixo, curiosa, ela foi até ele e pegou-o, a foto estava tão empoeirada que teria de limpar para ver algo. Limpando o porta retrato na beira da saia, ela viu a foto de Shirayuki quando adolescente, ao seu lado estava o que parecia ser Hikaru adolescente, e a próxima pessoa da foto era uma adolescente de cabelos verdes.
Sakura ficou surpresa, parecia Nayuki, até mesmo o sorriso pretensioso. A kunoichi retirou a foto do porta retratos e leu os nomes que estavam atrás. Em uma letra bem cuidada e um pouco borrada pela velhice da foto estava escrito: Shirayuki, Hikaru e Nayuki.
Assustando-se com o que leu, Sakura deixou a foto e o retrato caírem.
— Droga! – Praguejou. – Ela conhece Nayuki?!
Abaixou-se para recolher o retrato e a foto.
— Sakura? Não conseguiu dormir de novo? – Sakura se virou. Era Shirayuki na porta.

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