Love Chronicle

Algumas cenas chocantes junto com bebida


Ele saiu do quarto e o fechou. Fiquei me perguntando quem seria quando alguém bateu na porta, perguntando se poderia entrar. Era o Kurogane.

Kurogane: Estou entrando. – Nãaao, não entre! Você vai me bater e me dar bronca! Eu não gosto de broncas!

Não adiantou nada eu ficar gritando na minha cabeça para que ele não entrasse. Parece que eu não tenho poder de vodu/macumba. Nem de controlar a mente, porque ele entrou, fechou a porta (para não deixar os rastros de assassinato e ninguém poder me ajudar!) e veio em minha direção com o cabelo em cima dos olhos. Continuei deitada (minhas costas ainda estavam doendo um pouco. Deveria ter curado ela por inteiro aquela magia, mas não, tem de me deixar aqui, ao relento...) me preparando para o sermão (sermão soa como o nome de um peixe. Vamos comer sermão no almoço). Ele se sentou no banquinho ao meu lado e ficou quieto.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Yana: Ahn... ér... Kurogane? E aí?... De-de boa?

Kurogane: fejiojfeoikichi – ele falou tão baixo que soou como latim pra mim. Eu estava me inclinando para cutucar seu braço (ou seja: estava colocando minha cara em perigo por estar perto da dele) quando do nada ele levantou a cabeça e me encarou. E encarou. E encarou.

Yana: Ku-kurogane? Hum... Tudo bem?

Kurogane: Tudo bem? Shizuka Yana, qual é o seu problema?! Você está lá, morrendo, sangrando! Você deveria ter é se tacado no chão e falado que estava morrendo e não agido como a retardada de sempre! Caramba, e eu ainda por cima enfiei a sua mão nas suas costas! Se você não fosse tão forte, já estaria morta antes da Youri-san ter feito alguma coisa! Imbecil! – levei uns 30 segundos olhando pra cara dele tentando entender quem era Youri... Até que eu lembrei que era a Aira. E que ele tinha falado uma coisa muito bonitinha pra mim (ao modo dele é claro, que envolve xingamentos como retardada, idiota, e imbecil. Bem a la Castiel do Amor Doce). Eu poderia agradecer, ficar sem graça, ficar vermelha... Agir como uma pessoa normal. Mas não, porque eu não sou normal.

Yana: Que coisa linda Kurogane... Você está preocupado comigo! Como é que você disse mesmo? Ah é: “eu trabalho sozinho”,*desho? – hehehe ele está começando a ficar vermelho – Ah sim. E aquela história de que você matava milhares de pessoas lá onde você morava? Eu sou só mais uma garota retardada nesse mundo mundial... Não faria diferença se eu morresse... Não é?

Kurogane: ... – está sem resposta! Sem resposta! MUAHAHAHAHAHA. Eu ia parar de ser má agora, mas ele decidiu que ainda era momento de ser chata porque ele foi pra frente e colocou o braço no meu pescoço, como se fosse me matar – Eu posso te matar agora, Iana-san.

Yana: Então me mate... – eu falei sussurrando. Porque eu to sussurrando? Ah sim, porque ele está obstruindo minha passagem de ar – E também... você vai acabar com a vida de uma garota íntima de você...

Kurogane: Quê?

Yana: Você está me chamando de Yana... não de Shizuka. Eu devo ser bem íntima pra você me chamar assim. – Falei com minha melhor cara de ironia pra quem está ficando sem ar. Ele fez uma cara de derrota – *WIN! – e eu pude finalmente respirar. Me sentei e suspirei aliviada. Ele sorriu.

Kurogane: Então está aliviada por eu não ter te matado? Você só estava fingindo que não estava com medo não é?

Yana: Não. – me virei pro lado e peguei o Yakisoba que o Syaoran tinha deixado pra mim. Comecei a comer. Ainda estava quentinho – Na verdade eu não gostaria de morrer sem sentir esse gostinho maravilhoso de Yakisoba. – e o pior é que é verdade. Nesse momento alguém entrou.

Aira: Yana-chan! – ela veio correndo em minha direção com uma (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=91860957&.locale=pt-br) roupa diferente do que estava antes. Uma roupa mais confortável e quentinha. Falando em quente... que horas serão? Na verdade faz mais de 24 horas que eu não sei que horas são. – Está gostando da hospedagem?

Yana: Hoe?

Aira: Essa aqui é a minha casa! – cara de anime retardado. Provavelmente ela tem andado muito com o Fay.

Yana: Ah sim! E aqui é o seu quarto?

Aira: É! – parei pra finalmente reparar no quarto dela. As paredes azuis clara e branca estavam cheias de desenhos (provavelmente que ela mesma fez) e adesivos gigantes de parede de árvores de cerejeira com as folhas caindo, gatos brincando e coisas fofinhas. O teto era pintado de azul escuro e mais adesivos, estes de estrelas e a lua. Um armário, um espelho, uma estante com livros e uns 6 DVD’s de anime, uma TV com um aparelho de dvd, um baú, a cama (em que eu estou sentada) e um cômodo que fica ao lado da cama. Eu duvido que essa casa seja assim tão arrumada todos os dias. Provavelmente ela arrumou. Ela tem um jeito de bagunceira apesar de ser toda fofinha. E também... acho que ele não é fofinha. Depois daquilo que ela me contou sobre beijos e garotos... eu acho que me enganei quanto a isso.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Aira: Sai do quarto Kurogane! Vai lá naquela hospedaria ou sei lá o que em que está o Syaoran, vão pensar em algo útil, como ajudar a Sakura-chan. Vai embora. Preciso ficar a sós com a Yana!

Kurogane: E porque eu te obedeceria?

Aira: Sai logo! – é impressão minha ou ela ta começando a ficar verde? Parece que o Kuro-chin também reparou na estranha cor que está tomando conta da Aira.

Kurogane: Eu não vou sair. – Olhei pra ele e movi os lábios sem fazer som, dizendo “sai, antes que ela vire o incrível Hulk” ele de um sorrisinho e respondeu do mesmo jeito que eu: “isso ainda não acabou”. E saiu, assim, fácil, me deixando apreensiva. Que coisa linda.

De qualquer forma eu fiquei a sós com a Aira. E ela ficou quieta. E eu também fiquei quieta. E ficou a quietude. Até que finalmente, eu criei coragem e... disse o que estava na minha cabeça. Apesar dessa não ser uma boa opção. Mas eu disse. Porque eu sou burra.

Yana: Ahn... Aira-chan... Quantos garotos você já ficou? E o que você quis dizer com “quase já fiz coisas piores”? O que isso significa? E a sua personalidade Aira? É mentira que você é fofinha? Você não é de amar as pessoas de verdade? Desculpe, mas eu acho errado ficar com um monte de garotos, e se você é assim com os meninos o que eu devo esperar para comigo? E também... – meu monte de ideias por segundo foi parado com a Aira colocando a mão na minha boca com os olhos arregalados. Olhei pra ela. Olhei pra mão dela. Pensei no que tinha acabado de fazer, e corei. Tirei a mão dela da minha boca e continuei, só que falando coisas diferentes – desculpe Aira-chan! Eu não tenho a menor intimidade pra ficar ter perguntando essas coisas, também eu não tenho nada a ver com o que você faz ou deixa de fazer, desculpe eu sou uma intrometida, eu...

E a Aira começou a rir. Assim. Do nada.

Aira: Você fala muito rápido Yana-chan! – e continuou a rir. Eu tenho um sério probleminha com a minha boca, quando ela desembesta a falar ninguém – a não ser uma mão, uma risada, um beijo (apesar de nunca ter sido interrompida por um beijo) – a para. – Mas não tem nada a ver!

Yana: O quê não tem nada a ver?

Aira: Você pedir desculpas! Você é minha amiga Yana! Você pode falar essas coisas! Eu só te parei... porque... isso tudo que você disse, não é verdade. – nos cantos dos olhos dela brilharam algumas lágrimas que queriam cair – *Shi-shigau yo... Eu só ficava com esses garotos porque eu precisava de algo, de uma distração, se não fosse por isso, acho que eu já estaria morta! – pera. Suicídio?! – Praticamente minha vida toda eu estive sozinha. Na verdade, apesar de todos falarem que a República de Hanshin é maravilhosa, as pessoas aqui também fazem bullyng. As pessoas sempre me chamaram de estranha, que falava sozinha e com os espíritos, que eu era muito criancinha e agora de uns tempos pra cá também me chamam de galinha, prostituta... – as lágrimas finalmente conseguiram seu objetivo e caíram dos olhos da Aira, mas bem devagar – Você Yana, você e o Fay, e até o Syaoran e o Kurogane são as melhores coisas que já aconteceram pra mim! São as melhores coisas que já aconteceram desde... de... – nesse momento ela começou a chorar. Muito. Muito mesmo – desde a mor... – nesse momento ela hesitou e mudou o que estava falando – desde o desaparecimento da minha irmã. Nós éramos gêmeas, super juntas, amigas. E ela me lembra mu-muito... – ela parou pra tomar um ar já que estava chorando e falando – lembra muito você Yana-chan! Eu precisava ficar com aqueles garotos, precisava dar um sentido pra minha vida, se não eu, eu... Não sei o que seria de mim! Po-por isso não pense coisas ruins de mim Yana, não me odeie, porque se você me odiar, eu, eu... – e desembestou a chorar muito, com direito a arfar, catarro, barulho e tudo.

Eu fiquei chocada com tudo o que ela disse. Uma irmã! Desaparecida! Eu não sei como seria sentir isso, já que eu não tenho irmã. Apesar de algumas vezes achar que eu tivesse. Algumas vezes eu tinha uns flahsbacks estranhos e embaçados de coisas que deveriam ter acontecido comigo e uma irmã. E tudo bem que depois disso eu ficava achando que tinha uma até me dizerem que eu não tinha, e que isso vinha acontecendo frequentemente antes de eu vir pra essa viagem com o Syaoran, e agora não estou tendo mais essas “lembranças”. Mas isso não significa que tenho uma irmã. Por isso não sei como é. Mesmo assim fiquei muito triste ouvindo a história. Ver a Aira chorando daquele jeito estava me dando agonia, por isso num impulso eu pulei da cama me inclinando pra ela, sem nem ligar pra dor ou pra qualquer outra coisa, e a abracei. Abracei bem forte, a deixando sem reação, mas também a fazendo parar de chorar. Fiquei um tempo assim e fui um pouco pra trás, pra poder olhar pro seu rosto e peguei suas mãos.

Yana: Mas é claro que eu nunca te odiara Aira-chan! Mesmo se você nunca tivesse me explicado tudo isso (apesar de ter me deixado feliz por perceber que você confia em mim pra contar essas coisas) eu nunca te odiaria. Nunca poderia odiar uma amiga. – ela me olhou com os olhos arregalados - *Datte kimi wa, tomodachi, dayo nee Aira? – ela continuou olhando pra mim com cara de espantada, e eu já estava começando a pensar se eu tinha ido longe demais chamando ela pelo primeiro nome, sem sufixo nem nada, quando ela me deu um grande sorriso (estilo propaganda do Colgate, bem a la Fay). Limpou as lágrimas com a manga da blusa e se ergueu fazendo com que eu – que estava apoiada nela – caísse de cara no chão.

(Aira: Ah! Gomen Yana-chan!

Yana: Ugh... Tu-tudo bem...)

Aira: Sim, somos amigas sim! Ah, e você precisa trocar de roupa! Não sei como o médico não falou pra trocar você de roupa, é muito agoniante ficar vendo essa sua camiseta manchada de sangue! Tira isso, vou pegar algumas roupas pra você. Depois, se você não gostar muito das que eu pegar, a gente volta aqui pra você se trocar, mas o que realmente importa agora é você tirar essa blusa ensanguentada. Pode tirar.

Eu olhei pros lados, procurando um banheiro onde eu pudesse tirar as roupas, mas não tinha em lugar nenhum.

Yana: Hum, Aira? Onde eu vou me trocar? – ela fez uma cara de sem graça e eu me toquei que seria ali, na frente dela. Fiquei super vermelha . Sou tímida quanto a qualquer um me ver de sutiã ou de biquíni. Nem com a minha mãe eu me sentia confortável. Aira deu uma risadinha nervosa e disse.

Aira: Qu-quer dizer, você pode ir tomar um banho e eu levo as roupas pra você ok?

Yana: Ok! – aliviada.

Saímos do quarto e o Syaoran entrou correndo na casa em nossa direção (a Aira deixa a porta destrancada?).

Aira: Que foi? Parece bem animadinho.

Syaoran: É-é que descobrimos que a pena da Sakura está com algum kudan forte. Por isso vamos começar a procurar amanhã... Aí eu voltei aqui como prometido. Posso ajudar em alguma coisa? – Hanhaum! Sempre prestativo!

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Aira: Aê! Um motivo para beber! A Yana está viva, a Sakura vai ficar bem! Eu vou comprar as bebidas junto com o Fay. No que você pode ajudar... Bom, Yana vai tomar um banho, porque você não chama os outros pra virem aqui e aí todos nós comemos e bebermos. Daí pensamos mais sobre coisas importantes.

Syaoran: Ok. – e foi embora de novo. Nãao, volteee!

A Aira foi comprar as bebidas (obriguei ela a dar uma chave extra pro Syaoran – ela teve de correr atrás dele – e trancar a porta) e eu fui tomar banho. Me sequei e me enrolei em uma toalha que encontrei em um armário (o banheiro era grande) que tinha ali. Sentei num banquinho esperando a Aira chegar com as minhas roupas, porque que ela já tinha chegado (e os outros também) eu tinha ouvido. Ouvi uma batidinha na porta e um “Pronto!” meio distante da Aira. Provavelmente ela tinha deixado ali na porta e foi embora correndo. Fui abrir a porta e quase tive um ataque do coração:

Syaoran: Ahn... – ele disse corado e visivelmente sem graça (já que estava olhando pro chão) – a Aira me mandou vir entregar isso aqui... Por que ela está ocupada arrumando os quartos onde nós vamos ficar...

Yana: N-nós?!

Syaoran: Não, nós, quer dizer, sim, somos nós, mas, ahn, não só eu e você, de, de qualquer forma, quer dizer, acho que vai ter um quarto só pra nós dois igual lá na hospedaria, mas é, tem a Sakura, então, ér, você entendeu... Todos nós vamos ficar aqui, nós trouxemos a Sakura e nos despedimos por você do Sorata e da esposa dele, explicando tudo...

Yana: *A-arigatou, por ter me trazido as roupas e, por terem dado tchau á eles por mim...

Syaoran: *L-lie, não tem problema. Bom... Acho melhor você... se trocar porque pode pegar um resfriado.

Fay: Ó, parece que vim na hora errada, podem continuar. – Fay aparece do nada. Esse cara deve ter poder de teletransporte, porque ele não estava ali a um segundo atrás!

Yana: Não é nada do que você está pensando! – Mas aí eu reparei na situação: eu de toalha. Conversando com o Syaoran. Eu. De. Toalha. Nesse momento imaginei a Aira “Muahahahahahahahahahaha”. Vou mata-la. – Bom, de qualquer forma, eu vou me trocar! – puxei a roupa das mãos do Syaoran e me tranquei no banheiro.

Me encostei na porta e suspirei aliviada. Me vesti e fui me olhar no espelho gigante que tinha ali. A roupa até que era bonitinha (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=92230130&.locale=pt-br) e confortável. Sai do banheiro e fui em direção de onde estava vindo o barulho. Acabei em um lugar com paredes rosa e brancas, um fogão a lenha, uma geladeira antiquada, um balcão, uma mesa e alguns armários. A cozinha.

Tenho certeza que aquele lugar deveria ser bem calmo e aconchegante, mas no momento a única palavra com que eu definiria aquele lugar era: hospício.

O Syaoran estava conversando animadamente com uma tábua de cortar legumes, o Kurogane estava girando como um gay, o Fay estava pulando e gritando “flores, tão lindas, flores, minhas flores, amarelas cor de goiaba madura!”, o Mokona pulando pra lá e pra cá, e a Aira no centro de tudo, enchendo dois copos de uma bebida alcoólica.

Yana: O-o que está acontecendo aqui?!

Aira: Ah, Iana-chin! Eu estava te esperando pra começar a beber!

Yana: Isso aqui está um manicômio.

Aira: Ah, eles só estão se divertindo. – ouvi o som de vidro quebrando – Mokona mau, não vai ganhar chocolate!

Yana: Ahn, eu não bebo não Aira, sou menor de idade...

Aira: Ah, tudo bem, só um golinho não vai fazer mal!

Yana: É né? Tudo bem se eu posso acabar com os meus neurônios é só um golinho.

_______________ * * * * __________________

Hanyawn, aquele gato roxo é tão belo que parece um abacaxi! Oh, olha o Syaoran ali! Acho que agora posso ataca-lo como uma boa *Meiling sem culpa!

Yana: Syaaoraaaan!

Aviso: A direção achou melhor mudar para o POV de um pensamento mais sóbrio e que pudessem fazer mais sentido.

POV Aira

Sempre não importa o quanto eu beba, sempre eu tenho consciência do que estou fazendo e sempre me lembro de tudo depois. Eu só fico rindo de tudo que nem uma retardada mental. Bom, melhor pra mim que gosto de beber. Eu levei o Fay (nós dois rindo que nem idiotas) pro quarto dele. Queria ficar a sós com ele. Ele sentou na cama e fez sinal pra mim sentar ao lado dele. Me sentei e desembestei a falar tudo o que eu queria. Só espero que ele não seja igual a mim e não se lembre de nada dessa noite. Pois eu tenho bons planos, e também preciso contar toda a verdade a alguém que não vá se lembrar.

Aira: Sabe, eu sempre fiquei com muitos garotos pra dar um sentido a minha vida. A minha irmã morreu a algum tempo e eu não sabia o que fazer. Eu me fiz de desentendida mas eu conheço a Yuuko sim (olha aquele quadro que lindo! Hihihihihihi). Minha irmã meio que morreu, mas não morreu. Eu estava desesperada pra encontrar ajuda, e consegui encontrar a Yuuko. Ela veio até minha casa e disse o que eu queria. Eu falei “salve minha irmã, ela é o que eu tenho de mais importante”. A Yuuko disse “coisas assim tem um preço grande a se pagar. Deseja fazer qualquer coisa pro seu desejo ser realizado?” eu disse que sim. Então ela foi até a minha irmã, que se chamava Hanami Youri, e colocou o Mokona em cima dela. O Mokona disse aquelas palavras “Mokona Modoki, toki doki! Pakuu! Pan!” e desapareceu com ela. Eu corri desesperada até o lugar aonde ela estava mas já tinham ido embora. Perguntei “pra onde você levou minha irmã?” e ela me respondeu “eu a salvei, a fiz renascer em outra dimensão, em um tempo diferente. Ela será a mesma, mas não se lembrará da vida passada até que vocês duas compreendam uma coisa, que não direi o que é. Você também se esquecerá da imagem dela, e só mais para frente a poderá encontrar. Continue procurando, você a achará, mas lembre-se: compreendam o que vocês não entendiam, se não vocês nunca se acharão de verdade”, e ela foi embora depois de dizer isso, me deixando chocada e triste demais pra dizer qualquer coisa. Nessa época nós tínhamos 12 anos. E só pra constar: Nossa mãe morreu quando tínhamos 9 anos. Todos os nossos parentes estavam mortos, e eu não deixei nos levarem pra algum orfanato. Sempre foi só nós duas. – olhei pro Fay e ele estava chorando de um jeito engraçado, mas fofo.

Fay: Aira-chaan, que coisa mais tristeee! Tem algo que eu possa fazer pra deixar você com sorriso de goiaba? – comecei a rir da frase sem sentido mas que me deixou feliz.

Aira: Sabe Fay? Tem uma coisa sim.

Fay: O quê?

Aira: Desde o primeiro momento em que te vi eu te achei muito interessante. Eu ainda estou te conhecendo, mas ainda assim te acho bonito e interessante (Strawberry! Morangos são azuis e goiabas são laranjas! Droga a bebida ta começando a fazer efeito). Acho que você merece uma recompensa por ser tão legal, parecido comigo, e tudo mais de bom.

Fay: Eba! Mais bebida? – deixei nossos rostos bem próximos (a bebida é má! Eu nunca teria beijado alguém assim do nada! Talvez eu nunca ficasse muito doida quando bebia porque estava sempre sozinha) e disse – melhor. – ele veio mais pra perto, e nós demos um beijo.