Inimigos Até Que o Amor nos Separe
Boas Novas... Ou, nem tão boas assim!
Já faziam dois dias que eu estava em casa, foi ai que eu comecei a me desesperar. Meu prazo para enviar uma coruja à Scorpius estava se esgotando, e se, de repente ele aparece na minha lareira?
Provavelmente meu pai teria um ataque cardíaco.
Por isso, assim que acordei na manhã de terça-feira, decidi que falaria com meu pai e marcaria o jantar, mas antes, eu precisava do apoio da minha mãe.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!─ Mãe? Posso falar com você? ─ sussurrei à ela, depois de terminarmos o café da manhã.
─ Claro filha, sobre o que? ─ perguntou ela em voz alta, chamando a atenção do meu pai e fazendo Hugo dar um sorrisinho malicioso.
─ É... Em particular. ─ sussurrei de volta.
─ O que o seu pai não pode saber Rosinha? ─ perguntou meu pai fazendo uma careta.
─ Se for o que eu estou pensando, logo você saberá, pai. ─ disse Hugo.
─ HUGO! ─ exclamei com raiva.
Meu pai e minha mãe trocavam olhares confusos.
─ Vamos pro seu quarto Rose. ─ disse minha mãe, me puxando pela mão.
Assim que entramos ela selou a porta com um feitiço imperturbável e um abafiatto.
─ O que foi filha? ─ perguntou ela, se sentando na cama.
─ É que, eu... Bom, é uma coisa importante! ─ falei sem jeito me sentando ao seu lado.
Fala sério, eu nunca precisei passar por isso antes.
─ Então diga Rose. ─ disse ela, gentilmente.
─ Eu... Eu estou... Bom...
─ Fala de uma vez filha, estou ficando preocupada.
─ Eu estou namorando. ─ sussurrei fechando os olhos.
Foi por fechar os olhos que eu não vi a expressão alegre da minha mãe.
─ Era só isso? ─ disse ela sorrindo e colocando a mão no meu ombro. ─ Filha, você tem quinze anos, namorar é uma coisa mais do que normal.
─ Sério, você não está brava? ─ perguntei surpresa.
─ Claro que não, afinal, eu tive meu primeiro namorado com quatorze anos. ─ disse ela dando uma piscadinha.
Fiquei perplexa, mamãe nunca mencionara seus relacionamentos anteriores.
─ Teve? ─ perguntei.
─ Sim, eu era uma garota normal Rose, como você! ─ disse ela rolando os olhos.
─ E quem foi? ─ perguntei curiosa.
─ Victor Krum. ─ respondeu ela.
─ Krum? Krum não é um...? ─ comecei, porém ela me cortou.
─ Sim, um famoso jogador de quadribol Búlgaro.
─ Búlgaro? Mas como foi que você se envolveu com um Búlgaro mamãe? ─ perguntei curiosa.
─ Foi no Torneio Tribruxo. ─ respondeu ela com simplicidade.
─ Ah, no seu quarto ano não foi? No ano em que Voldemort retornou. ─ falei, afinal, eu já sabia dessa historia.
─ Isso mesmo! Seu pai ficou furioso. ─ disse mamãe, rindo.
─ Eu imagino... ─ falei pensando na minha situação.
─ Mas então filha, você ainda não me disse o nome do seu namorado. ─ perguntou minha mãe.
Essa simples pergunta me trouxe de volta a realidade.
─ Então, é, hm... Esse é o problema. ─ falei.
─ Ah meu Merlin filha, ele não é um viciado em cheirar Pó de Flu, é? ─ perguntou minha mãe.
Com essa eu tive que rir. Que tipo de ser acéfalo cheira Pó de Flu? Só os adultos para inventar essas coisas.
─ Mãe, ninguém, ninguém mesmo, cheira Pó de Flu. ─ falei colocando a mão em seu ombro e me recuperando dos risos.
Ela estava aflita.
─ Que seja! Fala quem é Rose.
É, não tinha saída, eu teria que contar.
─ É, bom, é Scorpius Malfoy. ─ falei mordendo fortemente o lábio inferior.
A expressão dela mudou de aflição para compreensão.
─ É, eu sempre achei que todo aquele ódio poderia ser outra coisa. ─ disse ela, se levantando. ─ Mas seu pai vai ficar furioso. ─ disse ela sorrindo.
─ Mas... Você me ajuda a contar? ─ perguntei.
─ Claro, afinal eu não quero ficar viúva tão cedo. ─ disse ela abrindo a porta. ─ Agora é melhor decermos, ele deve estar aflito demais lá em baixo, e vamos deixar a bomba para depois do almoço.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!─ É, melhor, afinal depois do almoço ele sempre fica relaxado e calminho. ─ falei seguindo-a.
─ Claro. ─ disse ela rindo comigo.
Assim que chegamos ao pé da escada meu pai abriu seu melhor sorriso.
─ Então, posso saber do que as moças conversavam? ─ perguntou ele.
─ Depois, Ron. ─ falou minha mãe, indo para a cozinha arrumar a bagunça do café.
─ Vem cá ver tevelisão com o papai filha. ─ disse meu pai me puxando para o sofá.
─ Te-le-vi-são pai, você nunca vai aprender não? ─ perguntei sorrindo e me sentando ao seu lado.
─ Tanto faz Rosinha, está passando aquele programa que eu gosto, vamos ver. ─ disse ele me abraçando a fazendo carinho em meus cabelos.
A questão é que meu pai é muito carinhoso comigo e com Hugo, principalmente depois que fomos para a escola, quando voltamos nas férias, ele só sabe nos mimar.
De alguma forma isso partiu meu coração.
Ele está ai, todo feliz, e depois do almoço eu vou lhe falar a ultima coisa que ele pretendia ouvir.
Fala sério, eu não mereço o pai que tenho.
Depois de alguns instantes mamãe se juntou a nós na sala, se deitou no colo de Hugo, que estava no outro sofá, e o mesmo começou a acariciar seus cabelos castanhos.
Depois de algum tempo, mamãe foi fazer o almoço. A comida ficou pronta rápido e nós fomos comer.
Durante as refeições nós sempre conversamos bastante, e rimos muito, porém, eu não estava conseguindo isso, pois sabia o que me esperava, o maximo que eu conseguia fazer era trocar olhares aflitos com minha mãe, que devo admitir, sabe fingir muito melhor do que eu.
E meu pai, como sempre muito desligado, não percebeu nada.
Depois de todos com a barriga cheia, e a cozinha limpa, voltamos para a sala de estar, papai se jogou em um sofá, como de rotina, mamãe se sentou em uma poltrona, e Hugo e eu dividimos o outro sofá.
─ E então, vai ser agora, Rosinha? Sabe, quero me preparar para o show. ─ disse ele.
─ Cala a boca. ─ cuspi entredentes.
─ Ron? ─ chamou minha mãe.
Ele estava quase cochilando, e soltou um grunhido para avisar que estava ouvindo.
─ Rose precisa falar com você. ─ disse ela.
De repente ele assumiu uma postura melhor, se sentando e me olhando nos olhos, isso fez meu estomago revirar.
─ Fale filha. ─ disse ele.
─ É... Bom, por favor, pai não grita, ta bem? ─ falei, desesperada demais, e isso me denunciou.
─ Ah, o que aconteceu Rose? ─ perguntou ele, com uma expressão seria.
─ É que, bom, eu, ahn... Sabe pai, queria dizer que não foi culpa minha, tá? Eu não pude evitar. ─ falei, tentando prevenir um futuro ataque.
─ Rose, eu não estou entendendo nada! ─ disse meu pai, confuso.
─É que, pai, eu estou, bom, eu estou na... ─ comecei a falar, porém uma luz esverdeada vinda lareira ao meu lado me chamou atenção, olhei para ela, e logo James Sirius saiu da chamas, coberto de cinzas.
─ Eai gente? ─ cumprimentou ele, sorridente. ─ O que aconteceu? ─ perguntou ele, observando o clima tenso.
─ Eu e meu pai só estávamos... ─ tentei explicar, porém um sorriso tomou conta de seu rosto.
─ Aaaaah, você já contou para o tio Ron sobre se namoro com o Malfoy? ─ perguntou ele, travesso.
Naquele momento meu coração quase saltou na boca, e minha vontade era estraçalhar James com os próprios dentes. Mas, ele não tem culpa, coitadinho, não tem um pingo de tato.
─ Ah não James... ─ exclamou minha mãe baixinho, colocando a mão na testa.
Hugo gargalhou. James olhava minha mãe com uma expressão de completa confusão.
Então, por ultimo, olhei para o meu pai. A expressão dele não poderia estar pior, seu rosto estava contorcido em um careta, e suas orelhas estavam completamente vermelhas.
─ Isso... Isso que ele falou... É, verdade? ─ perguntou ele como um sussurro, depois de instantes em silencio.
─ É pai, era isso que eu ia te contar. ─ afirmei sem encará-lo.
─ Eu... Não... Não... Acredito. ─ disse ele se levantando e procurando algo na lareira.
─ O que você quer ai, Ronald? ─ perguntou minha mãe.
─ Pó de Flu Hermione, onde está? ─ perguntou ele, olhando atrás dos porta-retratos.
─ Pra que você quer isso? ─ perguntou minha mãe, confusa.
─ Vou para a mansão Malfoy, e vou matar cada um daqueles pálidos com minhas próprias mãos. ─ disse ele em tom baixo, ainda procurando pelo Pó de Flu.
─ Não seja ridículo Ronald! ─ exclamou minha mãe, arrastando meu pai de volta para o sofá. ─ Seja racional e vamos conversar!
─ Há, ainda bem que cheguei em tempo para o show, Alvo vai morrer de inveja. ─ disse James se sentando na poltrona, que antes estava minha mãe.
Suspirei em desgosto.
─ Mas Mione, aquele filhote de doninha corrompeu minha filha! Minha filhinha Hermione, nossa filhinha! ─ choramingou ele.
─ Ronald, já chega! ─ disse minha mãe, perdendo a paciência.
─ Se... Se ao menos Harry tivesse deixado aquele comensalzinho morrer queimado na sala precisa... Ah, mas eu vou matá-los, VOU MATAR TODOS ELES! ─ gritou meu pai, se levantando novamente.
─ RONALD! ─ gritou minha mãe. ─ James, vá até sua casa e chame seu pai, por favor, eu não sei se posso segura-lo por muito tempo, o Pó de Flu está no armário ao lado da lareira.
─ Pode deixar tia. ─ disse James pegando o pote.
Ele jogou o Pó na lareira, gritou “Casa dos Potter” e sumiu nas chamas verde-esmeralda.
─ Eu... Eu vou matar ele, todos eles... ─ disse meu pai. ─ Nem Harry, nem você vão me segurar Hermione! Ela é a minha filhinha!
─ Pai, por favor, pai eu gosto dele! ─ falei, tentando acalmá-lo.
─ Você está enfeitiçada filha, vou te levar ao St. Mungus logo depois de extinguir o mundo das doninhas! ─ disse meu pai, se levantando novamente do sofá.
─ RONALD BILLIUS WEASLEY, AJA COM RACIONALIDADE, ROSE NÃO ESTÁ ENFEITIÇADA, VOCÊ QUER, POR FAVOR, ESCUTA-LA? ─ gritou minha mãe.
─ Escute a voz da razão Mione, até ontem ela odiava os Malfoy tanto quanto eu, agora vem dizendo que gosta dele, ela não está com o juízo perfeito! ─ disse meu pai.
─ QUEM NÃO ESTÁ COM O JUIZO PERFEITO É VOCÊ, RONALD...
Nesse momento as chamas da lareira ficaram verdes novamente, e por elas não saíram apenas uma pessoa, mas sim cinco. James, logo após Alvo, tio Harry, Lily, e por ultimo, tia Gina.
─ Quem não está com o juízo perfeito? ─ perguntou tio Harry, enquanto meus amados primos se acomodavam no tapete, para assistir o “show”.
─ Ronald quer matar todos os Malfoys. ─ disse minha mãe, se sentando cansada, ao meu lado.
─ Você não vai matá-lo mesmo Ron, não depois de eu quase ter morrido na sala precisa para salva-lo! ─ disse meu tio.
─ Ele enfeitiçou minha filha Harry, minha filhinha! ─ choramingou ele.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Então tio Harry o arrastou até o sofá e o fez sentar.
─ Você já tentou ouvi-lá pelo menos? ─ perguntou meu tio, sorrindo amigavelmente para mim.
Pelo menos ele não me odiaria.
─ Ela está sob o efeito da maldição Impe... ─ começou ele, porem tia Gina interrompeu.
─ Quem vai ficar sob efeito de maldição é você Ronald, se não parar de agir como uma criança, e posso te dizer que não vai ser a Imperius, vai ser uma bem pior. ─ disse minha tia, colocando as mãos na cintura, numa imitação exata de minha avó, Molly.
─ Tudo bem... ─ disse ele, visivelmente amedrontado. ─ Diga Rose.
─ Bom... ─ falei mais como um sussurro. ─ É que eu o amo. ─ falei e senti minhas bochechas corarem.
─ VOCÊ O QUE? ─ gritou meu pai, se levantando novamente.
─ Ai, vai começar tudo de novo! ─ disse tio Harry. ─ Ron, Ron, por favor, sente-se! ─ disse ele, forçando meu pai a se sentar.
─ MAS VOCÊ OUVIU ISSO HARRY? ELA DISSE QUE O AMA... O QUE EU FIZ PRA MERLIN? O QUE EU FIZ? ─ gritava ele.
Então afundei meu rosto nas mãos, esperando que aquilo acabasse logo
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