Falso amor

Capítulo 58


Olá lindas! Volteiii. Prometo que tentarei atualizar agora que posso, mais constantemente!!

Estevão só tinha uma certeza naquele momento, que se tivesse sonhando que em hipótese alguma o acordassem.

Maria tinha dito sim a um novo recomeço, tinha dito sim ao amor deles. Que presente maior do que aquele teria? Nenhum dinheiro no mundo e nem o que tinha, ele sabia que poderia comprar aquela felicidade que sentia com aquele sim de Maria. Que sem ela por 15 anos sofreu a infeliz realidade de saber quem nem tudo se podia comprar.

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—Estevão: Não sabe como está me fazendo feliz nesse momento Maria.

Ainda na banheira com ela, ele disse emocionado e tomando nas mãos o rosto dela.

Maria fechou os olhos em seguida sentindo os lábios dele tomando os seus.

Disse sim porquê o amava e não adiantaria negar. Estavam cativos os dois daquele amor que o traziam ali juntos mais uma vez e depois de fazerem amor. Desejo não era só aquilo que sentiam, então porque não lutar pelo amor que também os unia?

Mas lutar de verdade com as armas que agora tinham, com os pés no chão que aquela volta não traria um novo conto de fadas e sim uma luta igual para chegarem na tão sonhada felicidade que queriam e talvez mereciam.

Ela piscou quando não estavam mais se beijando. O talvez se dava porque novamente iam tentar. Depois de serem vítimas de uma armadilha e já mais maduros, iam tentar fazer com que aquele amor vingasse e se renovasse. Que se no final mais uma vez resultasse em uma separação, ao menos haviam se dado aquela nova oportunidade de recomeçarem. Que então assim, ela disse o mirando nos olhos.

—Maria: Meu sim é a última chance que dou a nós Estevão, a esse amor que ainda sentimos, aos nossos filhos e a esse que ainda teremos. Dou a chance para lutarmos. A chance que não tivemos antes.

Ela baixou o olhar e ele emocionado fez ela olhá-lo outra vez. Faria daquela chance como última de verdade, a última que seria preciso ela dar e ele pedir. Daquela vez faria tudo certo, lutaria com ela, lutariam juntos e pelos filhos que para sempre os ligariam.

Que assim ele disse firme.

—Estevão: Vamos ser muito felizes nessa nova chance que estamos vivendo Maria e que me dá. Prometo que sim será a última porque não precisaremos de outra querida, não mais. Preferirei a morte do que voltar a feri-la um dia.

Ele acariciou o rosto dela vendo lágrimas deixando seus olhos. Ela estava segura de sua decisão, mas também a temia. Resistiria a uma nova decepção? Ela sabia a resposta dela por isso se agarrou com todas as forças nas palavras de Estevão. Confiaria mais uma vez nele e não apenas seu corpo como também seu coração. Que então, ela o respondeu.

—Maria: Cumpra o que diz Estevão. Não resistiria outra decepção.

Ela o abraçou. Estevão a apertou nos braços tendo a cabeça dela encostada no peito dele. Que assim, depois de beijar no meio dos cabelos dela, ele disse.

—Estevão: Não haverá nenhuma decepção mais. Eu te amo minha vida. Te amo Maria.

Maria sorriu sem ele ver e em seguida o respondeu.

—Maria: Eu também te amo, meu amor.

Mais tarde, com o dia já amanhecendo. Maria estava de pé. Vestia um robe por cima de um pijama e tinha o celular na mão, enquanto estava no meio da sala dela e tinha deixado Estevão que se vestia no quarto.

Tentava falar com Heitor apesar de muito cedo desejava ter contato com ele porque queria contar a ele primeiro que tinha feito o que ele tanto falava. Tinha dado uma nova chance ao amor que a unia com o pai dele. Mas também o queria ali em seu apartamento para o que tramava em secreto.

Que assim, ela ouviu Estevão que se aproximava dizer.

—Estevão: Que horas nossa filha vem?

Maria girou para olhá-lo. Ele arrumava os botões da blusa dele perto do pescoço. Ela então deixou o celular no sofá ao lado dela e levou a mão na camisa dele para terminar o serviço que ele parecia se atrapalhar. Que então assim, ela o respondeu.

—Maria: Vou buscá-la.

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Ela se afastou depois que abotoou os botões dele e se olharam. Estevão sabia que a menina não estava presente por estar em uma amiga, o que não sabia era que Maria mudava o combinado em fazer que a mãe de Maggie a deixasse na aula junto com a filha, porque naquele dia ela tinha certeza que boa parte dele passaria lidando com ela quando revelasse que agora estava de verdade junto com o pai dela.

Que então assim ela disse.

—Maria: Quero contar a nossa filha de minha decisão e sei que precisarei de um tempo com ela. Então não a mandarei a aula.

Estevão ciente que a filha adolescente deles ficaria nada feliz em saber que a mãe dela voltaria a se casar e não porque casamento não era uma boa e sim porque ele seria o noivo, disse.

—Estevão: Ela não ficará muito contente quando souber que irá se casar e claro porquê o noivo será eu.

Maria assentiu e disse, se afastando.

—Maria: Não, não irá. Mas uma hora ela terá que aceitar. E você Estevão, seguirá com o propósito de conquista-la e ganhar assim a confiança de sua filha. Esse é seu dever.

Estevão puxou o ar do peito e passou a mão nos cabelos.

—Estevão: Fizemos uma filha tão difícil de lidar Maria.

Ele disse depois e Maria sorriu dizendo.

—Maria: Ela saiu igual a você. Agora vou me trocar para realmente busca-la.

Ela foi passar, mas ele pegou devagar no braço dela depois no rosto e a beijou. A beijou com amor, suspirando no beijo e a apertando na cintura. Até que depois sem larga-la com o beijo já terminado, ele disse.

—Estevão: Quando eu te ver na empresa, me conte como foi sua conversa com ela e depois deixe comigo, que sim, depois de voltar a conquistar a mãe, claro que conquistarei também a filha.

Ele riu agora disposto a seguir naquela luta de recuperar as duas mulheres de sua vida. E Maria nos braços dele suspirou dizendo.

—Maria: Só fique aqui. Não vá ainda. Minha conversa com ela terei o dia todo para ter.

Estevão a olhou intrigado e disse arqueando uma de suas sobrancelhas.

—Estevão: Ficar? Ficar aqui?

—Maria: Sim querido. Ainda é cedo. Fique até que eu volte com ela.

Estevão então suspirou sem imaginar que Maria pudesse estar tramando algo por deixar ele de cara no apartamento dela, fazendo assim a filha deles notar que ele havia passado a noite ali. Não que não seria revelado quando ela contasse da volta deles, mas ele não imaginava que ela começaria a contar daquela forma.

Mas o que sabia era que apenas confiaria nela. Tudo que ela dissesse ele faria, como aquele pedido dela. Que na verdade o deixou feliz que daquela vez ela pedia para ele ficar mais e não ir embora. O que era um grande e feliz avanço.

Que sorrindo ele a respondeu.

—Estevão: Farei como quiser.

—Maria: Fique à vontade.

Ela o beijou e o deixou sozinho na sala.

Estevão suspirou e então sentou no sofá alisando o cabelo. Uma nova fase iria viver com Maria. De novo teria uma família, uma esposa, filhos e todos juntos. Ele então pensou já sonhando com todos no mesmo teto da mansão San Román. Aquele lugar que era uma casa de família que passou por gerações até chegar na dele com os filhos. Por isso os queria ali também junto com a mulher que amava. E para isso sabia que deveria fazer algumas mudanças na casa e teria também que providenciar um anel de compromisso a Maria junto a uma data mais próxima possível para o casamento.

Ele ficou pensando ali sentado por minutos suficientes que fizeram Maria retornar já arrumada e de bolsa na mão.

A beleza que tinha era tanta que lhe causava uma invisível baba que ele só sentia escorrer por seus lábios em mira-la, com admiração e desejo. Tinha tudo que via novamente para ele e não deixaria que lhe fosse tirado.

Que então ela disse mexendo na bolsa dela.

—Maria: Se te der fome tem o que precisar na cozinha para comer, Estevão.

Estevão sorriu se levantando e disse.

—Estevão: Começo sentir fome, mas de outra coisa, hum.

Ele a puxou pela cintura trocando beijos com ela. Que sorrindo ela disse.

—Maria: Saciei essa sua fome a noite toda.

—Estevão: Eu sou insaciável. Sempre tenho esse tipo de fome quando te tenho tão próxima a mim e tão linda assim, meu amor. Mas o que estou dizendo, você sempre está linda, não é?

Depois de falar, ele voltou a beijá-la agora com mais fome a apertando nos braços de um jeito que Maria teve que afasta-lo e depois limpar o canto da boca que ela sabia que ele lhe tinha borrado o batom que usava.

—Maria: Essa noite tem mais. Mas só a noite, querido.

Depois de falar, ela o lançou um olhar provocante.

Estevão levou a mão na cabeça querendo-a. Não estava mentindo quando dizia que tinha fome dela, quando a agarrou uma ereção mais firme latejou por dentro da calça que vestia. Mas de verdade não tinham mais tempo para toma-la em seus braços outra vez.

Maria pegou o celular dela e vendo que tinha uma chamada perdida de Heitor, ela sorriu por saber que já teria a resposta dele.

Assim momentos depois ela pegou o carro e já estava na estrada para buscar Estrela.

No apartamento, Estevão já tinha assaltado a geladeira de Maria. Tinha preparado pão natural com presunto e queijo.

Assim ele andava pelo apartamento comendo e buscando com os olhos lugares que não teve oportunidade de olhar mais minuciosamente, onde as duas mulheres que ele amava moravam sozinhas.

Ele então ficou de frente com o quarto de Estrela e abriu mais a porta para olhar.

Tinha uma decoração em rosa e branco, mas em um ambiente mais adolescente do que ele com a ajuda de Alba tinha montado na mansão para ela e que ela nunca tinha entrado muito menos visto que na cama que esperava ela, tinha presentes e no meio deles algumas bonecas. O que ele viu algumas no quarto, mas penduradas na parede como enfeites e não para ela brincar.

Ele vistoriou tudo. A mesa de estudo, a cama de casal, mas bem menor que a que tinha no quarto de Maria e toda bagunça dela, mas também a organização de uma menina adolescente que deixava o quarto do jeito que gostava.

Ele sorriu. Daria tudo para voltar no tempo e vê-la nascer e crescer até aquela idade que ela já tinha para não serem como aqueles dois estranhos que ele estava certo que ela não ficaria feliz em tê-lo como noivo da mãe que tinha, mesmo ele sendo seu progenitor.

Que lástima o dava que suas escolhas o tinha levado naquilo. O que não podia julgar Maria que já teve um filho tirado por ele que ele tinha certeza que teria feito o mesmo se soubesse que ela partia grávida. Esteve com tanto rancor e cego por uma falsa dor que teria sim a machucado mais uma vez daquela forma. Mas aquele seu eu, ele queria deixar no passado. Queria seguir sendo o homem que ele só era capaz de ser com ela ao seu lado.

Maria já estava com Estrela no carro.

A menina fazia perguntas. Queria saber porque não ia na aula ela e também porque a mãe tinha parado em uma padaria e comprado um bolo que estava no banco de trás do carro.

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Que então assim, Maria por trás do volante disse, sabendo que todas aquelas perguntas povoavam a mente de sua menina.

—Maria: Aconteceu algumas coisas essa noite que queria contar a você, mas em uma conversa calma e que tenha só nós duas, filha.

Estrela a olhou desconfiada e disse.

—Estrela: Estamos calma mamãe e aqui estamos sozinhas. Então pode dizer para quem é aquele bolo que comprou.

Ela mirou atrás o bolo de puro chocolate dentro de uma bandeja de plástico visível aos olhos. E Maria então suspirou sem tirar os olhos da direção e disse.

—Maria: A conversa teria que ser longa por isso prefiro quando estivermos em casa e sozinhas. Enquanto ao bolo...

Insistindo que ficariam sozinhas. Estrela voltou a dizer a interrompendo.

—Estrela: Então estaremos sozinhas logo quando chegarmos.

E Maria então a respondeu logo.

—Maria: Não acredito nisso, filha. Teremos visitas o que lhe dá a resposta do bolo.

Estrela suspirou já nervosa com sua mente que criava a imagem das visitas.

—Estrela: E quem seria elas?

Maria parou no semáforo e a olhou, dizendo.

—Maria: Antes quero pedir que seja gentil e amável como a eduquei para que fosse.

Estrela cruzou os braços e disse.

—Estrela: Serei. Quem está fazendo aniversário para ganhar aquele bolo? Heitor?

Maria negou com a cabeça fazendo o carro andar e a respondeu com os olhos atento na direção do carro.

—Maria: Seu pai. Que na verdade ele fez aniversário ontem, mas passou sozinho e sem nenhuma comemoração. Por isso quero que seja gentil com esse gesto que vamos fazer para ele.

Estrela suspirou lembrando de quando almoçou com o pai. Lembrou do que sentiu e ponderou com que ouviu, dizendo baixo.

—Estrela: E onde ele está?

—Maria: No nosso apartamento.

Ela então olhou de lado a mãe que parecia se ruborizar e disse.

—Estrela: Disse que ele passou o aniversário sozinho.

Maria sentindo que o caminho de volta para casa se tornava mais longo, não tendo por onde fugir, tentou ser clara com uma censura precisa ao conversar com sua filha a partir dali .

—Maria: E passou. Quando ele chegou já estava tarde o suficiente para que eu lembrasse de seu aniversário.

Estrela bufou deduzindo coisas que ela não gostava e disse.

—Estrela: E se ele está onde moramos, dormiu com ele?

Maria puxou fundo o ar do peito agora se cansando daquele interrogatório e disse.

—Maria: Vamos ter mais um filho e então sim, e agora já chega. O resto dessa conversa quero ter com você quando estivermos sozinhas e fora de um carro, filha.

Estrela olhou o ventre dela. Sentiu ciúmes novamente, ciúmes da mãe que julgava que todos a tiravam dela. Que então assim, ela disse, querendo chorar.

—Estrela: Eu não estou gostando disso mamãe. Agora Estevão dorme em casa na minha ausência? Não bastou deixa-la grávida, agora ele quer também ficar onde moramos? Eu tenho saudades de quando éramos só nós duas!

Maria avistando a entrada do condomínio que moravam, disse.

—Maria: Filha já fez meses que voltamos e que não é só nós duas mais. Heitor é seu irmão e nos tornamos 3 e logo seremos 4 e...

Ela ficou quieta não querendo dizer ali que tinha dito sim ao casamento com Estevão.

Estrela ficou toda vermelha e soltando as lágrimas que segurava ela respondeu Maria.

—Estrela: Nunca vamos voltar a Londres, não é? Mentiu para mim esse tempo todo, mamãe!

Maria sentiu seu coração doer ao ver a filha chorando e ainda sendo vista como mentirosa aos olhos dela. Não era aquilo que queria, mas sabia que teria mais uma luta dali para frente para alcançar sua paz e felicidade e seria com sua própria filha que ainda não fazia nenhuma ideia de como complicada podia ser a vida adulta.

Que então assim depois de parar o carro na entrada do estacionamento de onde moravam, ela levou as mãos para limpar o rosto de sua menina e disse.

—Maria: Eu nunca te menti filha. Só não tinha e não tenho o controle de tudo. Eu não contava com ...

—Estrela: Com o quê?

Quando Estrela perguntou firme, Maria sentiu que era o momento de ser mais clara com os sentimentos que trazia no coração, que então ela seguiu dizendo o que havia antes ponderado.

—Maria: Com o amor que ainda sentia por seu pai. Não contava que ele poderia ser maior que qualquer ressentimento. Não contava que ele me faria perder o controle e me levar a isso que vê. Fui comprar um bolo porquê me senti triste e culpada que ele não teve ao menos os filhos comemorando com ele seu aniversário. E por isso gostaria de dar isso a ele essa manhã. Então será que poderia dar esse presente ao menos para mim com sua presença ao lado de seu pai e irmão?

Estrela respirou fundo. Notou no final das palavras da mãe a voz dela falhar e olhando a janela do carro, ela disse.

—Estrela: Farei isso porquê me pede. Enquanto ao que disse, eu não entendo, Luciano também te amava, Geraldo te quer, então porque prefere Estevão?

Ela voltou ao olhar e Maria soltou um gemido baixo. Era como tivesse falado tudo aos ventos, já que Estrela fazia aquela pergunta a ela. Que então assim, ela a respondeu.

—Maria: Agora a pouco eu já te dei essa resposta, filha. Agora precisa aceitar como eu fiz, meu amor.

Dentro do estacionamento do condomínio quando desceram do carro, encontraram Heitor que já a esperava. Ele sorriu ao vê-las e Maria sentiu feliz de ver aquele sorriso no rosto dele. Ao menos um filho dela estava feliz com o que ela pretendia fazer ao pai deles. Que por sua filha que andava bicuda ao lado dela, ela se sentia uma completa idiota, outra vez uma boba apaixonada, agora vendo Heitor, ela só pensava que era o certo, que aquilo era algo que uma família normalmente faria. Uma que foi destruída e com o sim dado a Estevão ela dava a chance também de refazê-la.

Momentos depois quando chegaram no apartamento com o bolo na mão e uma vela acesa que Heitor havia trazido de casa, Estevão ficou vermelho quando viu os 3 na entrada do apartamento e ele no meio da sala.

Os 3 foram se aproximando e ele ficando mais vermelho, ofegante com o coração batendo tão forte e alto que ele sentia que podia ouvi-lo bem próximo ao seu ouvido. E então ele chorou. Chorou de felicidade. Seus bonitos olhos verdes foram tomados de lágrimas de emoção, mas também vinham com o sentimento de que ele jamais mereceria aquilo.

Estrela se encolheu ao lado de Maria, ela esfregou o rosto nos braços dela chorando, tomada por uma emoção também que não sabia explicar. Via Maria e Heitor cantando las manãnitas para Estevão, uma forma de cantar parabéns que ela não conhecia e quando ela viu estava no meio dos pais, em um abraço que deram e colocaram ela no meio. Foi com um olhar que Maria deu para Estevão que entendeu o que devia fazer para ter a filha perto dele naquele momento, que não só ela como ele, precisavam daquilo. Enquanto Heitor que havia levado o bolo para longe voltou para se unir ali também. Ele sentiu um braço passando em suas costas, um outro também e ele sabendo que um vinha da mãe dele e o outro do pai. Assim só se separaram quando os beijos começaram serem distribuídos.

E então Estrela entendeu tudo quando viu os pais agora se abraçando e se beijando como um casal diante dos dois. Não só ela entendeu, como Heitor também que via eles finalmente assumindo o amor que ainda sentiam.

Assim as horas do dia passaram. Ele havia passado cheio de reflexão para todos. Estevão que não soube pensar em nada mais durante o trabalho depois daquela linda surpresa pela manhã, Maria que trabalhou ao lado de Geraldo e seus advogados também não deixou de pensar no rumo agora que sua vida ao lado de Estevão e filhos poderia tomar. Enquanto eles, aos filhos, Estrela tinha seu coração "aborrecente" dividido e Heitor sentia que tinha recuperado a família que tinha tirado dele, estava feliz e disposto a brigar junto aos pais para que aquele momento que tiveram pela manhã se repetisse muito mais vezes.

E no meio da noite. Maria estava acompanhada na cama. Ainda que em seu apartamento, Estevão estava com ela. Coberto em cobertas e nus por baixo delas, ele abraçava ela enquanto ela estava de lado. Assim Maria mirou sua mão. Tinha um anel tão bonito e brilhante na mão dela que só lembrou que há 20 anos atrás tendo um anel daquele parecido no dedo, a fez chorar de emoção e a trouxe tantas ilusões de um amor todo perfeito. Mas agora não sentia aquilo. Mesmo que havia sido o mesmo homem a colocar aquele anel no dedo dela aquela noite e que ela não esperava, já era madura e precavida o suficiente para saber que nada que parecia perfeito demais era isso, até o amor.

Ela sentiu beijos em suas costas e depois eles se arrastando para o meio de seus cabelos e então ela ouviu.

—Estevão: Quero te devolver todas as joias que um dia eu lhe dei Maria. Todas que te pertenceram um dia. Eu quero que elas voltem a serem suas.

Ela girou para olhá-lo. Como ainda não estavam prontos para dormir, o quarto estava todo iluminado que assim, ela disse incrédula com o que ouviu.

—Maria: Todas elas? Ainda as tinha?

Estevão assentiu, pegou a mão dela para beijar e disse.

—Estevão: Sim. Guardei uma parte no banco e outra está na casa de campo. Lembra dela? Eu te dei quando ainda éramos casados.

Maria mais incrédula ainda se sentou. A casa de campo que ele dizia, era uma casa que ela amava estar e que era localizada em um lugar calmo e muito verde. Tão longe de tudo e da cidade que por isso no passado eles usavam ela apenas para descansar e também fugir de todos, se refugiando no amor que sentiam estando dentro dela.

Era uma casa que ela julgou que Estevão não teria mais. Ela não era como a mansão San Roman, não estava manchada de lembranças ruins, só tinha eles se amando nela em todo o canto e Heitor depois de nascer estando com eles também. Lembranças daquele lugar arrebatou Maria, que deixou uma lágrima escorrer dos seus olhos.

Estevão então imitou a posição dela se sentando e disse.

—Estevão: Não Maria. Não chore. Não tem motivos para isso.

Ele então limpou o rosto dela e a trouxe para os braços dele.

Maria suspirou sentindo-se uma emocionada, que descontava seus sentimentos tudo fora de controle aos seus hormônios. Que assim ela disse, sentindo ele alisá-la no braço.

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—Maria: Me desculpe Estevão. Eu ando cada dia mais chorona. Mas é que essa casa, eu amava tanto esse lugar.

Ela se ajeitou para mirá-lo nos olhos. Estevão deu um sorriso de lábios fechados. No passado havia cegamente duvidado do amor que ela sentiu por ele, mas não conseguiu duvidar do amor que viveram naquela casa e como ela de verdade pareceu adorar aquele lugar. Por isso o guardou o mantendo em segredo até ali. Assim como manteve algumas fotos dela e do casamento, manteve aquela casa. Que no final das contas nunca havia deixado ela ir de seu coração mesmo tomado por rancores errados.

Que então assim, ele disse.

—Estevão: Podemos voltar naquele lugar quando você quiser, Maria. Se quiser amanhã mesmo.

Maria sorriu limpando o rosto e suspirou sentindo seu coração leve. Saber que Estevão havia guardado aquele lugar que um dia ela tanto adorou e sem desprezá-lo a encheu de alegria, que por isso desejando voltar a pisar nele só quando todo aquele pesadelo terminasse, ela disse.

—Maria: Eu quero voltar a estar lá. Mas não agora Estevão. Antes temos assuntos pendentes com o que nos fizeram e devemos achar e limpar assim meu nome.

Estevão tomou o rosto dela nas mãos a beijou e depois disse.

—Estevão: Eu não tenho nenhuma dúvida de que é inocente. Heitor também não tem. Porque não nos casamos e deixamos tudo isso para trás? Não importa mais, Maria. Nosso passado tem que ficar onde está.

Maria se esquivou dele. Não concordava. Apesar de sentir que para o filho ela já não era a ladra adultera, nem para o homem que ainda amava, sua necessidade de entender o porquê a fizeram de vítima de um esquema envolvendo dinheiro e de desmascarar os culpados era maior que tudo.

Que então assim, ela disse.

—Maria: Eu quero saber do porque me deixaram como uma marionete em uma cama, quero saber quem foi que estava ao meu lado nela, quero saber quem é que lava dinheiro na sua empresa Estevão. Eu quero saber de tudo porque só assim eu terei paz. Então não peça mais isso que para esse pedido, minha resposta seguirá sendo não.