Eugeni

Não desista


Semanas antes de ir partir, Eugeni tentou explicar aos amigos suas intenções, mas não recebeu muitos votos de confiança, pois alegavam desistência por parte dela. Injusto, já que ninguém tinha o direito de dizer-lhe o que sentir diante das provações diárias que sofria. Embora tivesse consciência de seus privilégios, pois não havia passagens para Londres cada vez que algo dava errado.

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Álvaro e Francisca estavam no porto para a despedida. Celeste também foi, levando flores e um cartão também assinado por Luíza, que precisou trabalhar naquele dia.

“Não se esqueça de nos mandar um postal.” Celeste abraçou-a. “E dê um beijo em Tereza, não a conheço de fato, mas é como se fosse uma irmã.”

“Farei isso, e não deixe de acreditar em você, seu talento a levará as altura.”

Depois, abraçou Francisca, prometendo trazer um presente.

Em seguida, Álvaro ficou diante dela.

“Sentirei saudades, prima.”

“E eu também, querido.” Eugeni levou o lenço ao rosto, limpando as lágrimas. “Não desista de mim, primo.”

Ele a envolveu em seus braços com tamanha força que a ergueu do chão, fazendo a saia do vestido balançar.

Com o corpo arrefecido, Eugeni arrastou-se para dentro do navio, sem olhar para trás.