Aquele era um dia ensolarado, um dia em que a felicidade reinaria se não fosse pelo “mister vingança”. Mas ao contrário das “previsões” e devaneios de Safira e Willian aquele poderia ser um dia proveitoso, ou não. Como tinham combinado, Safira e Willian se encontraram antes da aula para traçarem seus planos. Tentaram encontrar um padrão nas mensagens, mas não encontraram. Não tinham mais nada a perder, certo? Errado. Naquele dia, enquanto Safira e Willian estavam na escola, aconteceu algo fora do comum. Repórteres se “esmagavam” do lado de fora da escola, aquela era a oportunidade perfeita os herdeiros dos empresários Stranger e Daley juntos em apenas uma escola, magnífico.

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–Will, olhe aquilo. Vamos embora. – disse Safira apontando para o portão da instituição.

–Saf, não percebe? Podemos utilizar isso ao nosso favor. Talvez colocar um pouco de pressão nos investigadores seja uma boa ideia. Eles querem fama e reconhecimento não é? Vamos dar isso a eles.

Safira não entendia qual era o plano de Willian, mas ainda assim o apoiou. Ela se lembrava de como os planos dele eram sempre a melhor solução. Eles deram várias entrevistas e então Safira notou o que Willian estava fazendo, provocando o perseguidor lunático. O sinal bateu e assim a dupla se dirigiu a sala.

–Ei, vocês não se sentiram mal com a entrevista? – Perguntou uma garota, Carol Tufik, cabelos loiros em camadas até o meio das costas, alta e olhos azuis que emanavam curiosidade.

–Não, está tudo bem. – Willian respondeu, mas sua mente se encontrava longe.

–Turma, este é Alisson Hill, um novo colega de vocês. Recebam-no bem. – Disse o professor de filosofia com seu sorriso “tenho 32 dentes”. Alisson era alto, possuía olhos negros, cabelo castanho bagunçado dando um ar despojado e acima de tudo muito sério, ele simplesmente sentou em uma das cadeiras e lá ficou até o fim das aulas. Na hora da saída ele se levantou, esboçou um sorriso na direção de Safira e se foi como todos os outros alunos.

***

–Mãe! – Gritou Safira, não houve resposta. Ela gritou novamente e então desistiu, ela devia estar dormindo ou ter saído para comprar algo. Ela disse que talvez saísse para comprar ingredientes para um churrasco, para esquecer os acontecimentos recentes.

Recebeu uma mensagem de sua mãe.

“Levarei fatiada, Safira.”

Ela olhou a mensagem e sorriu, mas logo após chegou outra.

“Prevejo que hoje é o dia de fatiarmos uma carne diferente.”

Desconhecido. Mister vingança? Não, ele sempre diz vingança ao final de cada mensagem, é o único padrão. Decidiu deixar pra lá e ler um livro, ela o leu até pegar no sono.

***

05 chamadas perdidas. Era Willian, ela retornou, mas ele não atendeu. Será que havia um problema? 01 mensagem, ela abriu.

“Seu amigo recebeu minha encomenda, a sua está na sala de estar, tenho certeza que você irá adorar tanto quanto ele.”

Safira correu até a sala e observou que em cima da mesa de centro havia um notebook. Abriu-o.

–Olá Safira, bem vinda ao jogo. Há algumas coisas que precisa saber. – Dizia uma voz distorcida e um rosto que não podia ser visto devido à falta de luz no local da gravação, não, não era uma gravação, era em tempo real. – A primeira coisa é que vocês não são os únicos jogadores, a segunda é que tenho um motivo para fazer tudo isso, a terceira é que você e Willian devem me obedecer. A propósito, tem algo para te mostrar no final de tudo.

–Você está destruindo a nossa vida. Por que faríamos algo para te ajudar? Quem é você? O que quer?

–Você faz perguntas demais! – disse a voz com desdém – Sou quem vocês quiserem que eu seja, sei que me chamam de mister vingança, podem continuar, eu realmente gostei, quero vingança, não é óbvio? A resposta para a última de suas perguntas está bem ali. – apontou para um canto escuro mas que logo se iluminou.

–M-Mãe? – A senhora Daley estava desacordada.

–Se não quiser que as partes dela sejam enviadas pelo correio, vai ter que cooperar comigo! Realmente acreditaram que aquela entrevista era uma jogada de mestre? Pois bem, este é o meu xeque-mate. Ah, fique sempre perto do notebook, posso precisar de você, afinal você é um dos meus peões preciosos. – A chamada foi encerrada.

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A mãe era a família de Safira, era tudo o que ela tinha. Não podia perdê-la. Mas o que o mister vingança queria que ela fizesse?

***

–Roubar.

–Roubar? Roubar o que Will? – Ela arregalou os olhos.

–Peças de coleção de um Museu, aquilo é muito caro. É como se estivéssemos roubando aquele quadro da Monalisa ou algo do tipo.

–Ele é louco. Vamos ser pegos. – Disse colocando as mãos na cabeça.

–Não com isso – Willian colocou no chão várias armas de choque e roupas especiais. Então aquilo era a encomenda dele?

–E quando precisaremos fazer isso?

–Amanhã.

–O que? Não dá tempo.

–Você quer sua mãe bem? Então vamos ter que fazer isso.

–Com o que ele te ameaçou?

Você. Ele pensou em dizer, mas talvez ela não se importasse com a própria vida e quisesse que ele ficasse fora disso. Ele estava dentro e a protegeria a qualquer custo, mesmo que custasse a sua vida.

–Will? Acorda. Para de viajar isso é sério. – Ele simplesmente a abraçou, queria esquecer tudo. Embriagou-se com seu cheiro.

–Vai ficar tudo bem. – Afagou seus cabelos e ela se calou.