Merida chegou no castelo DunBroch rapidamente. Assim que passou pelo portão do castelo, desceu de Angus e o guiou silenciosamente até o estábulo. Ela fechou a portinhola vagarosamente, evitando que a porta ranja; se afastou do cavalo na ponta dos pés, evitando ao máximo fazer qualquer tipo de barulho.A princesa passou pela cozinha, vendo bolinhos frescos e ouviu o estômago roncar; comprimiu o abdômen com as mãos livres, enquanto caminhava com passos rápidos até o corredor.

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Estava no corredor de seu quarto; caminhava mais depressa, com passos largos. Encontrou a porta de seu quarto, com um longo suspiro alcançou a maçaneta. Até que sentiu uma mão em seu ombro. Assustada, ela se virou, vendo os grandes olhos castanhos da rainha Elinor.

‒ Calma filha. ‒Disse a rainha com a voz serena. ‒ O que está fazendo de pé, a essa hora?

Merida demorou para pensar numa boa desculpa; não poderia falar que estava na praia, muito menos que estava na companhia de um garoto.‒ Eu estava procurando algo para se comer.‒ inventou a princesa.‒ Mas não achei nada que me interessasse, por isso voltei para cá. Bem, estou morrendo de sono, por isso, bom fim de noite! ‒ Merida abriu a porta rapidamente, tendo em mente enxotar a mãe; porém, Elinor foi mais rápida, segurando a porta.

‒ Por que está de botas, capa e porque diabos o seu vestido está sujo?‒ A rainha pegou com as pontas dos dedos a barra do vestido verde de Merida. A garota sentiu o cérebro processar mais rápido em busca de uma resposta plausível.

‒ O vestido já estava assim, mãe. E eu me vesti assim por que está muito frio para andar só de roupa fina.‒ Merida sorriu amarelo. Ela soltou a mão da mãe do vestido e deu um beijo na bochecha dela. ‒ Até mais tarde mamãe.

Merida fechou a porta vagarosamente, acenando para a mãe. Assim que se encontrou só, tratou de tirar o vestido sujo e da maneira que se encontrava se jogou na cama. Apoiou o antebraço esquerdo na testa, sentindo o quão quente seu rosto estava. Choramingou baixinho, Por que eu sempre fico vermelha em momentos tão inoportunos? É coisa do destino?

Merida tirou o antebraço do rosto, olhando para o teto. Lembrou dos olhos de Jack por um momento, solitários, profundos, tristes. A pele dele, fria e macia, como a neve recém caída. O hálito frio de Frost, quando a puxou para perto, ficando cara a cara; seu sorriso maroto com os lábios retorcidos, tão tentadores a ela, chamando-a para mais perto...

Merida escondeu o rosto nos travesseiros. Sentiu o rosto ficando cada vez mais e mais quente. Como uma pessoa que acabara de conhecer já mexeu tanto com ela? Por que seu coração palpitava tanto? Não palpitava tanto desde o dia que caí na cova de Mor’Du. O que está acontecendo comigo?!

A rainha Elinor ficou parada por alguns minutos a mais na soleira da porta de sua filha. Conhecia-a o bastante para saber quando estava mentindo. O rosto corado dela e o tempo que demorou para responder a havia entregado

Mas, por que mentiria? Se ela não havia saído a procura de comida, por que sairia do quarto? Ainda mais numa noite tão fria; por que ousaria sair do castelo confortável para ir lá fora, na neve? O que seria tão importante assim?

Uma pequena luz apareceu na mente sábia da rainha. Ela poderia estar se encontrando escondida com alguém. A rainha temeu por sua filha por alguns segundos, enquanto voltava para seu dormitório. Rapidamente, se lembrou da teimosia da filha em não querer se casar; tirou a conclusão que ela não deveria estar se interessando por homens tão cedo. Ou será que já está interessada?

A rainha parou na frente da porta se seu quarto, olhando a tocha de chama bruxuleante que parecia acabar. O brilho amarelado daquela parte do corredor irritou os olhos de Elinor. A luz amarelada brilhava de modo decrescente. Abriu a porta com um movimento calmo enquanto ainda refletia sobre as ações da filha. Assim que fechou a porta, a tocha se apagou.

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