Incantation (Part C_Opus1)

Um lugar escuro, diferente e sinistro, cercado de gemidos e gritos de dor e agonia, calor e lagos de fogo borbulhantes de onde pequenas erupções magmáticas estouravam na superfície, a entrada do inferno não precisava de sinais que indicassem que qualquer alma era bem vinda à casa do sofrimento eterno.

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Uma pessoa andava calmamente pela paisagem indo em direção ao seu destino sendo acompanhada por outros seres encapuzados logo atrás, ela observava o ambiente a sua volta reconhecendo aquele que há anos fora seu lar.

– Este lugar não muda, não importa quantos anos ou séculos se passem o inferno será sempre a mesma coisa: Entediante. – Ela comenta.

– Minha senhora, é normal que ache o inferno entediante, afinal, sua diversão não reside aqui. – Lillyth responde.

A mulher sorri sem olhar para trás.

– Tem razão, a única coisa que aqui reside é minha ambição.

Os oráculos seguem Beatrice pelo inferno, após a entrada eles chegam a outra área que parecia mais civilizada, ali residiam demônios de baixa casta que ao notarem a presença do pequeno grupo visitante passam a observá-los com olhares demoníacos cheios de interesse.

– Ignorem essa laia. – Beatrice diz.

– Sim senhora.

Novamente o ambiente muda e agora eles chegam a um grande portão ornamentado com caveiras, Beatrice pára diante dele e dois grande demônios pulam impedindo-a de seguir em frente.

– Aonde pensa que vai com tanta pressa? – O da direita pergunta.

– Não é da sua conta. – Ela responde automaticamente.

– Se não é da nossa conta também não será da sua se não responder. – O da esquerda replica.

Beatrice os encara e sorri.

Do meio de seus seios ela retira uma pequena esfera que parecia ter o brilho do universo em seu interior, os dois demônios olham surpresos e se ajoelham.

– Pode passar nosso lorde a aguarda na sala do trono. – Os dois se levantam e começam a empurrar o pesado portão, Beatrice passa, mas os oráculos são barrados. – Somente demônios puros de alta casta têm permissão de passar dessa área.

– TSC! Minha senhora? – Lillyth resmunga.

– Me esperem aqui.

Beatrice entra e o grande portão atrás de si é fechado.

Lillyth cruza os braços com as bochechas infladas e mostra a língua para os demônios dando-lhes as costas em seguida.

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Além dos portões infernais o ambiente era paradisíaco e totalmente diferente da visão que se vislumbrava atrás deles, Beatrice caminha calmamente por uma calçada de mármore se dirigindo à grande construção arquitetônica, alguns seres de aparência humana andavam calmamente de um lado para o outro entretidos em seus próprios afazeres e prazeres parecendo não se importar com a presença da ex-guardiã do destino que apenas reverenciava-os quando seus olhares se cruzavam, ela sobre a grande escadaria do palácio central e seus passos ecoam pelo enorme salão, é possível ver um pequeno trono iluminado no fundo onde uma pessoa estava sentada, ela se aproxima cada vez mais e quando está diante dele, se ajoelha baixando a cabeça.

– Beatrice Maedaline regressou de sua missão especial meu senhor.

~~Silêncio~~

Beatrice não ouve nenhuma voz e curiosamente levanta os olhos, o homem de boa aparência e roupa ornamentada estava sentado no trono de perna cruzada enquanto sua mão apoiava sua expressão de interesse.

– Seja bem vinda Beatrice minha querida. – Ele diz finalmente. – Se chegou até minha presença significa que concluiu a missão com sucesso.

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– Sim.

– Onde está? – A voz pergunta calmamente.

Bea retira o Artefato Milenar e abre a palma da mão mostrando-o ao seu senhor.

Agamenon sorri e se levanta descendo a pequena escada que subia até seu trono, sem pegar o artefato da mão da mulher ele dá a volta ao seu redor analisando o seu corpo milímetro por milímetro, em fim fica atrás dela e de maneira sensual passa uma mão em sua cintura e com a outra entrelaça os cabelos de Bea entre seus dedos cheirando-os.

– Eu sabia que tinha feito a escolha certa no dia que te enviei nesta missão minha princesa, suas habilidades fazem jus ao clã das castas gélidas, uma verdadeira profissional do inferno. – Ele sorri.

– Suas palavras me alegram meu senhor.

Ele vem beijando o pescoço de Bea, ombro, braço e pulso, então pega o artefato e beija cordialmente as costas de sua mão.

Agamenon volta a sentar-se admirando o pequeno objeto.

– E o guardião? – Ele pergunta.

– Não existe guardião meu senhor, apenas alguns reles mortais impotentes e um anjo Berserker patético incapazes de fazer alguma coisa, me certifiquei de que sua força de vontade ou chance de qualquer reação fosse abatida. – Ela responde.

– Entendo isso é de fato um trabalho excepcional... Mas... Não consigo entender por que se deu ao trabalho de deixa-los vivos, afinal era muito fácil para você matá-los.

– Meu senhor, com todo o respeito, eu mereço me divertir um pouco também, além do mais, sua preocupação para com eles não é necessária. – Ela responde em reverência.

Agamenon fica em silêncio observando Bea, ele fecha os olhos e sorri.

– Mandem os oráculos matarem todos eles e tragam-me suas cabeças em uma bandeja. – Agamenon ordena.

Bea levanta a cabeça.

– Meu senhor eu acabei de dizer que...

– Eu não estava falando com você.

Maedaline sente um frio na espinha e olha de soslaio para trás, seis sombras a observavam desde o início e só agora ela notara suas presenças.

– Como desejar meu senhor.

Um deles responde e todas as sombras de demônios abissais e extraordinários poderes se revelam pouco a pouco diante do grande salão, Bea os reverencia e continua de cabeça baixa.

– Meus senhores.

– Os seis grandes generais do inferno, os primeiros que criei com o poder do artefato. – Agamenon contava enquanto olhava para a pequena esfera. – Mas ainda não é hora deles agirem, afinal não podemos quebrar o pacto de não agressão antes da hora certa, por isso, seus oráculos que não são demônios puros os destruirão, então quando aqueles que a acompanharam e testemunharam o que você fez morrerem, não haverá mais necessidade de respeitar alguma regra.

– Quanto aos exércitos celestiais milorde? – Um dos generais pergunta.

– Ao contrário de nós eles se preocupam demais com o impacto que suas presenças espirituais causariam aos mortais, por isso ficarão com as mãos atadas até encontrarem uma solução para este problema. – Ele ri. – Mas quando encontrarem será tarde demais.

– O que será feito do artefato meu senhor, agora que está em posse dele? – Bea pergunta.

– O artefato precisa passar por um ritual para ser amaldiçoado e controlado por mim, no momento ele está em um estado latente esperando que seu portador lhe dê a forma que deseja, mas isso leva tempo, estamos tratando de um poder divino puro que precisa ser remodelado à minha imagem para totalmente me pertencer. – Ele explica. – Porém... – Agamenon aperta o artefato em sua mão e quando a abre ele flutua sobre ela liberando uma energia negra semelhante à fumaça. – O artefato ainda se lembra de mim e mesmo que ele tenha sido selado há milênios a memória de meu poder ainda reside dentro dele e só precisa de tempo para ser libertada, uma tarefa que somente eu poderei realizar, porém enquanto isso, vocês irão a terra preparar o campo onde construirei meu mais novo império do caos.

– Sim senhor. – Os generais e Bea respondem.

Os seis principais servos de Agamenon se retiram pelas sombras, somente Bea fica.

– Então... Bea minha querida... – Agamenon volta a cruzar a perna e olha com particular interesse para ela. – Lembro-me de ter oferecido uma recompensa pela obtenção do artefato...

– Sim meu senhor.

– Então me diga o que desejas?

Bea sorri.

– Já que o senhor insiste, falaremos de negócios...

Os olhos de Agamenon brilham.

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Crystal Ball

Duas semanas haviam se passado desde a separação dos jovens guardiões, Michiyo e Yuki chegam a Wolfang Town, uma cidade isolada com um forte neblina que cobria os céus dando-lhe um ar misterioso que qualquer visitante indesejado se intimidaria, os dois entram nas remediações da cidade, pessoas de aparência comum andavam pelas ruas, algumas tinham cauda de lobo e orelhas, outras marcas no rosto e caninos proeminentes a mostra, criaturas da mesma espécie, mas com características diferentes para dar-lhes uma personalidade.

– Finalmente chegamos! – Michiyo se espreguiça, mas ao notar percebe que Yuki não estava por perto. – Yuki? – Ela olha de um lado para o outro. – Yuki?!

O rapaz não conseguia dar um único passo ele olhava trêmulo para a cidade e suando muito.

– Yuki! – Michiyo toca em seu ombro e ele salta assustado.

– Michiyo... Eu não quero voltar... Você vai lá e fala com o prefeito da cidade, eu espero aqui fora.

Michiyo olhava para Yuki e pela primeira vez não consegue entender o que se passa na cabeça de seu companheiro.

– Yuki nós dois nos conhecemos há algum tempo, nascemos aqui, mas nunca nos encontramos antes, por que você não quer voltar para sua cidade natal? O que aconteceu para você ter tanto medo?

O lupino olha para sua amiga e vira o rosto.

– Nós nunca nos encontramos por que somos de mundos completamente diferentes Yuki, você veio de uma família nobre e eu não passava de um “vira-lata”.

Ela entristece ao ouvir o termo, a palavra “vira-lata” é usada para nomear os lupinos mais indignos e da classe mais baixa da cidade.

– Você está brincando né...? – Ela parecia não acreditar. – Se você fosse um vira-lata então...

Antes que a jovem termine de falar Yuki tira sua blusa e mostra uma marca de garras em suas costas na altura do ombro que parecia feita à ferro, ela arregala os olhos.

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– Satisfeita agora? Um vira-lata é a classe mais baixa da cidade e mais desprezada por inúmeras razões, pobreza, miscigenação, crimes... Tudo para diferenciar quem é digno de ter poder e monopolizar a cidade.

– Yuki eu não sabia... Então era por isso que não gostava de falar sobre você para ninguém... Sempre calado e esquivo...

– Minha família era pobre e vivíamos no porto, na parte baixa da cidade, conseguir comida era difícil, às vezes eu via meus pais deixarem de comer para que eu e meus dois irmãos menores não passassem fome... – O rapaz percebe que estava começando a contar sobre sua vida de verdade e observa a expressão de Michiyo por um momento e percebe que ela parecia estar pronta para ouvir. – Chiyo-chan... Será que dava para a gente sentar um pouco?

– Oh... Claro Yuki-chan...

Os dois sentam na grama do lado de fora da cidade, Yuki continua.

– Mesmo que meus pais trabalhassem muito os impostos sempre tiravam aquilo que ganhavam e por isso nunca conseguíamos sair da miséria, eu jurei que não iria viver daquele jeito para sempre, mas sendo criança eu nada poderia fazer para ajuda-los... Então eu comecei a roubar...

Michiyo engole seco.

Os lupinos são os melhores “policiais” do mundo, eles conseguem sentir o cheiro de um suspeito por um crime depois de cinco dias, eu sabia disso, mas descobri uma erva terrestre que crescia nos esgotos da área onde morava que ao ser usado no corpo apagava seu cheiro e confundia seus sentidos. Por muito tempo eu usei essa erva para conseguir aquilo que eu queria, mas meus pais não queriam que eu vivesse daquele jeito, eles preferiam morrer na miséria a perder nossa dignidade, eu os odiava por pensar daquele jeito, por que dignidade era algo que não tínhamos mais, em uma dessas brigas eu fugi de casa.

– Yuki... – Michiyo fica de cabeça baixa.

– Alguns anos depois eu quis visita-los e ver meus irmãos, porém quando voltei, eles não estavam mais lá, outra família vivia onde um dia eu tinha morado, ao questionar onde estavam os antigos moradores, eu ouvi a pior notícia de todas.

– Sinto muito meu jovem, mas a família que aqui morava morreu há dois anos, a polícia descobriu que o suspeito por diversos crimes tinha laços de sangue com eles e os prenderam como cumplices, eles foram executados e seus bens queimados em praça pública. - Um lupino de pêlos grisalhos responde.

Yuki nada diz, ele apenas dá as costas ao homem e some outra vez.

– Eu vaguei por dias me culpando pelo que tinha acontecido, porém o ódio que eu tinha por mim não era maior do que eu sentia pelos desgraçados que nos jogaram naquela condição, se não fosse por aquela minoria maldita que pisa em nossos cadáveres talvez minha família nunca tivesse passado fome, talvez eu nunca precisasse roubar nada e meus pais e irmãos nunca teriam morrido.

A essa altura o coração de Michiyo estava acelerado.

– Jurei para a grande lua cheia que me vingaria e mataria todos aqueles miseráveis e assim eu comecei a me envolver com quem não deveria e as coisas erradas que fazia apenas piorava...

– Pare Yuki... – Michiyo soluçava. – Por favor, já chega... Eu não aguento mais ouvir isso... Não aguento ouvir tudo aquilo pelo que passou... Não depois de ter vivido uma vida tão diferente da sua...

–... Perdão... Apenas achei que já estava na hora de você me conhecer por completo... Mas parece que ainda não é a hora... – O lupino se levanta. – Eu entrarei com você na cidade, porém não estaremos juntos, não sou bem vindo em Wolfang Town, por isso quando precisar de mim eu estarei como sua sombra.

– Tá... – Ela responde em um sussurro.

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Going Home

Algumas horas depois Michiyo chega diante de um grande casarão, ela ainda pensava muito em tudo que Yuki que contara.

– Jovem mestra? – Uma voz parecia surpresa.

Michiyo reconhece a voz e olha de volta, seus olhos se enchendo de brilho.

Maria!!! – Ela corre e salta nos braços de uma senhora que deixa um cesto de compras cair no chão.

– Jovem mestra é mesmo você!!! Não acredito seu pai ficará tão alegre em vê-la de volta! – A senhora com vestimentas de matrona segurava as lágrimas.

– Sou eu Maria, sou eu! – A lupina repetia em meio às lágrimas e logo com as costas das mãos ela enxuga e abre um largo sorriso. – Maria olha isso! – Michiyo se transforma na linda loba de pêlos rubros e brancos e a matrona dá um salto para trás.

– Jovem mestra a senhora consegue se transformar! – Ela exclama encabulada. – E é tão linda em sua forma bestial!

– Sim! Eu aprendi Maria! Não vou mais precisar passar vergonha na frente dos outros! – Ela ria.

– Mas o que diabos está acontecendo aqui fora, eu vou chamar a carrocinha! – Um lupino balzaquiano de bigode e barba bem alinhados, cabelos ruivos com alguns já grisalhos e olhos verdes, berra do segundo andar da mansão arrombando as janelas com as mãos e olhando enfurecido para baixo, mas o que ele vê é Maria chorando e uma loba de curvas sensuais e pêlos carmesins olhando de volta para ele parecendo surpresa. – Você...?!

Os dois se encaram.

– PAPAIZINHO!!! – Michiyo exclama.

– FILHINHA LINDA DO MEU CORAÇÃO!!! – O homem pula da janela virando um lobo cinzento com uma listra vermelha no dorso e se jogando sobre a filha.

Os dois começam a rir e brincar no jardim como duas crianças rolando de um lado para o outro, quando já estão bastante sujos eles sentam como dois bons caninos.

– Minha filha você pode se transformar e controlar! – Ele exclama em tom de elogio analisando-a.

– Sim papai, na escola eles me ensinaram tudo, eu fiz tantos amigos o senhor nem conseguiria imaginar, eu aprendi a lutar e a...!

– MARIA! – O pai de Michiyo grita e sua filha se arrepia no susto.

– Sim mestre Albert? – A servente se aproxima.

– Prepare um banquete para comemorar o retorno de minha filha!

– Com todo o prazer meu senhor. – A mulher se transforma em uma loba de pêlos grisalhos e corre a toda velocidade.

– Papai eu tenho algo muito importante para conversar com o senhor e é extremamente urgente! – Sua filha muda de assunto.

– Eu vou ouvir tudo o que disser minha princesa, mas primeiro entre em casa, aproveite o conforto de sua casa e no jantar conversaremos! – Seu pai começa a se erguer enquanto volta à forma humana e suja de terra.

Michiyo sorri.

– Tudo bem papai.

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Kizuna

Uma hora depois Michiyo volta para seu quarto e troca de roupa, respira fundo se jogando na cama, ela olhava para o teto quando lembra alguma coisa e se levanta indo em direção à parede do quarto, ela olhava para um grande retrato pintado de uma mulher de cabelos loiros sentada em uma poltrona com o olhar sereno voltado para o bebê em seu colo.

– Estou em casa mamãe... – Ela sussurra saudosamente.

– Chiyo...

Yuki surge atrás da companheira, ele vê quando ela leva o antebraço ao rosto e enxuga as lágrimas antes de se virar.

– Você me assustou Yuki-chan. – Ela sorri. – Ei a hora do jantar está chegando, quer tomar um banho antes de ir?

– Eu não vou jantar com vocês. – Ele responde.

– Ah tá... Eu entendo... Quer que eu traga alguma coisa?

– Eu... Vou ficar bem, apenas ia dizer para que não esqueça o motivo de estarmos aqui, tempo é um luxo que não temos, as forças de Agamenon podem atacar a qualquer hora e não quero que sua família se machuque.

Michiyo nota o tom melancólico na voz de seu companheiro.

– Yuki, o que foi? Está se sentindo bem? – Ela toca em seu rosto.

O rapaz toca gentilmente na mão da lupina e fecha os olhos.

– Está na hora.

– Eh?

Alguém bate à porta.

– Senhorita, o jantar está pronto.

– Já estou descendo Maria! – Ela responde e volta a olhar para Yuki. – Eu vou trazer um monte de coisas gostosas para você comer tá? – Ela diz e saindo do quarto.

Yuki fica sozinho e caminha em direção ao quadro da mãe de Michiyo e entristece.

Senhora Nadesico...

O rapaz olha para a porta e apertando os punhos parece seguir Michiyo pelas sombras.

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Diva Awakens

O jantar é agradável, Michiyo tentava encontrar o momento certo para começar a parte mais séria da história.

– Papai, posso falar agora sobre o assunto importante? – Ela pede com gentileza.

– Mas é claro minha filha! – Alberto abre espaço na conversa.

Michiyo fica mais séria.

– Papai a história é um pouco longa e gostaria que o senhor pretasse muita atenção por que preciso de sua ajuda e a cidade também precisará.

Alberto fica sério.

– O que houve minha filha?

Michiyo passa a contar os eventos que se sucederam e os detalhes importantes de toda sua missão e especialmente sobre Agamenon e a suposta ameaça que o mundo corria, Alberto ouvia atentamente sua filha e se tinha alguma coisa que sua herdeira não sabia fazer era brincar com assuntos daquela magnitude, quando termina de contar sobre os motivos que a trouxeram ali Albert já estava olhando com expressão pensativa para ela.

– Então o arcanjo caído Agamenon pretende transformar nosso mundo em um palco de guerra e para isso usará o sangue de inocentes para pavimentar este mundo à sua imagem... Ridículo... – Albert comenta ainda pensativo.

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– Por isso eu voltei papai, por que as chances disto acontecer são muito grandes e não queria que minha cidade natal ficasse sem defesas.

– E fez o que era o certo, minha criança. – Seu pai sorri. – Como prefeito dessa cidade e você como minha sucessora o senso do dever deve prevalecer acima de tudo e proteger o povo é prioridade mais que sua vida, mesmo que essa cidade não seja perfeita sua mãe lutou muito para muda-la e deu sua vida idealizando um lugar melhor para se viver e é este mundo que não admitirei cair. – Seu pai levanta da cadeira. – Amanhã mesmo eu marcarei uma reunião de emergência e tomaremos as medidas necessárias o mais rápido possível.

Michiyo sorri.

– Obrigada papai.

Albert sorria para sua filha quando sente uma presença estranha no recinto.

– Quem está ai, apareça. – Ele ordena.

Michiyo olha para o lado e vê Yuki aparecendo por trás de uma coluna e sorri virando-se para seu pai.

– Papai, esqueci de lhe apresentar, esse é Yuki meu...!? – Michiyo fica pálida e um frio lhe sobre à espinha quando vê a expressão de ódio do pai. – Papai...?

– VOCÊ!!! – Albert mostra seus caninos e seus olhos ficam amarelos vivos.

– Papai, espere esse é...! – Ela pula na frente de seu pai de braços abertos.

– Não precisa me dizer quem ele é...! – Uma aura ameaçadora ronda o pai de Michiyo. – Eu nunca vou me esquecer desse rosto... Desses olhos!

– Pai!

Albert aponta para Yuki.

– Eu jamais esqueceria o rosto daquele que matou sua mãe!

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Continua...

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