Contos de Mentora Russa - Morte do Gavião Arqueiro
Vamos ser amigas.
— Agente Romanoff. – Warley a recepcionou assim que Natasha entrou no andar.
— Agente Warley. Coulson disse que encontraram o infiltrado. – ela comentou.
— Sim. Ele me pediu para avisá-la que ele está no interrogatório. – ele avisou.
— Ele teve que tomar medidas extremas? – ela perguntou.
— Ainda não. Mas ele está preocupado.- ele comentou.
— Preocupação sem medidas extremas? - Natasha o encarou. – Ou o cara é bom, ou é uma mulher. – Natasha pensou alto. – Eu vou vê-lo, obrigado, agente Warley.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— De nada agente Romanova. – ele respondeu. Natasha se afastou indo até o corredor de interrogatórios. Encontrou Coulson na frente de uma sala, observando através do vidro.
— Então, Phil. – Natasha se colocou ao lado dele. – Quais as novas? Qual é a dela?
— Como sabe que é “ela”? – ele perguntou.
— Porque o grande agente Coulson está “preocupado”. – ela respondeu.
— Pois é. O problema, é que ela parece odiar você de corpo alma e espírito. – ele respondeu.
— Que novidade. Ela não seria a primeira. – Natasha riu.
— É só que essa é bem diferente. – ele comentou indo em direção à porta.
— É claro que sim. Ela é da KGB. – Natasha riu.
— Não é o estilo homicida da KGB nela, o que me preocupa. – ele retrucou parando e a olhando. Natasha franziu o cenho.
— Então o que é?
— É o SEU estilo homicida que ela tem. – ele respondeu. Natasha não entendeu. – Quando perguntei quem ela era, ela simplesmente respondeu “Sou uma Viúva Negra melhor que a de vocês.”
— Droga. – Natasha sussurrou pensativa.
— Suponho que sejam amiguinhas. – ele comentou. Natasha o encarou.
— Teríamos sorte se existisse qualquer sinal fraco de amizade vindo dela. – Natasha comentou.
— Agora, eu não estou mais preocupado. – Coulson comentou.
— Não?
— Estou com medo. – ele respondeu. – Se ela preocupa você, então estamos ferrados.
— Então tivemos sorte de termos pego ela primeiro, né? – Natasha retrucou. - Vamos entrar e falar com ela, o que acha?
— Claro, porque não mandamos o Warley prazer uns muffins da lanchonete, heim? – ele ironizou.
— Ótimo. Gotas de chocolate pra mim, e morango pra ela. Ela adora morango. – Natasha concordou abrindo a porta e entrando. – Yelena Belova. A Viúva Negra favorita dos velhos barbados e barrigudos cozidos de vodka, que lideram a KGB. – Natasha se dirigiu a mulher sentada algemada à uma mesa. – Faz muito tempo, querida.
— Pois é. Já vi que te domaram. – a mulher que era muito parecida com Natasha exceto por seus cabelos que eram loiros, falou.
— Acho difícil. – Natasha sorriu sentando-se de frente pra ela.
— Ah. Eu duvido. Você está tão mansinha. Sorrindo desse jeito. Falando comigo dessa forma tão gentil, como se eu fosse uma velha amiga. Você ignora o fato deu querer te matar. – ela comentou. – Aposto que já arrumou até um namoradinho. Já que agora, não passa de uma tarântula sem veneno.
Natasha deu um sorriso de canto.
— Você continua tão arisca e invejosa quanto antes. Tentando ser eu. Adotando meu codinome, tentando se igualar a mim, minhas habilidades, meu emprego... mas eu tenho uma coisa que você nunca vai ter. – Natasha sorriu abertamente, apesar de seu olhar ser desafiador. Yelena deu um quase imperceptível sorriso de canto.
— Fique sabendo, que já estamos tomando providências quanto a isso. Nossos melhores cientistas estão cuidando do soro, e já estamos selecionando candidatos novos. Encontramos uma candidata promissora na Califórnia. – Yelena comentou.
— É mesmo? – Natasha perguntou fingindo interesse. – Eu não ligo.
— Mas vai ligar. – Yelena retrucou. – Vai ligar quando eu te disser, que a agente Darlles está se divertindo muito com a preparação do soro.
Natasha deu um longo suspiro.
— Você não vale nada. – ela comentou baixo. – Muito bem, como conseguiu ficar tanto tempo infiltrada aqui, e quantas informações passou pros seus comparsas? Hum?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Acha mesmo que eu vou ficar te entregando tudo de bandeja? Acha que vai ser fácil assim? – Yelena perguntou. Natasha riu.
— Eu não quero que seja fácil. – Natasha falou se levantando. Tirou a jaqueta e arregaçou as mangas da blusa. – Sabe, meus últimos dias não tem sido fáceis. E eu estou ligeiramente irritada. Então, espero que seja tão teimosa quanto aparenta, porque eu quero me divertir um pouco antes de trabalhar sério. – Natasha falou dando a volta na mesa e puxou a cadeira de Yelena a afastando da mesa. – Muito bem. Como sugere que comecemos?
— Eu prefiro começar com uma faca no seu pescoço. – Yelena cuspiu as palavras com raiva.
— Que seja. – Natasha sorriu e deu um forte soco bem no meio da cara da loira. – O que acha disso? Considere como boas vindas, como um “vamos ser amigas”.
— É o melhor que sabe fazer Romanoff. – Yelena riu com o sangue lhe escorrendo do nariz.
— Você não viu nada. – Natasha sorriu tirando uma faca da cintura. – Vamos começar a diversão.
Duas horas depois...
— E então? – Coulson perguntou esperançoso ao ver Natasha sair da sala. – O que conseguiu?
— Não muito, mas consegui algumas coisas. – ela respondeu. – Tem um lenço aí? – ela perguntou. Não era de se surpreender. Ela estava com os punhos, a blusa e uma pequena parte do rosto manchados de sangue. Pelo menos, dessa vez o sangue não era dela.
— Claro. Tome. – ele tirou um lenço do bolso e entregou a ela. – Apesar de achar que você vai precisar de muito mais que um lenço.
— Não. É perfeito. – ela respondeu pegando seu punhal e limpando o sangue da lâmina. Coulson parou a encarando. – Ao que parece, ela está sozinha aqui. – Natasha informou.
— Tem certeza? – ele perguntou.
— Eu nunca tenho certeza de boas notícias quanto a um inimigo, mas eu fui bem insistente e a KGB é cruel o bastante pra largar um agente sozinho em um lugar extremamente perigoso. – ela deu de ombros guardando o punhal.
— O que mais conseguiu? – ele perguntou cruzando os braços.
— Ao que parece, ela não mandou muitas informações eu nos ponha em risco. Mas tem uma coisa que me preocupa. – ela comentou.
— O quê? – ele perguntou.
— Ela disse que estão trabalhando pra reproduzir o soro. – ela comentou.
— Que soro? – ele perguntou desconfiado.
— O mesmo que manteve o “Elemento” vivo no gelo. – ela respondeu. Coulson manteve a expressão fria, mas paralisou como se alguém tivesse apertado o botão de “pause”.
— Como... – a voz dele sumiu.
— Fizeram o mesmo comigo. – ela deu de ombros. – E estão escolhendo novos recrutas. Civis, ao que tudo indica.
— Quem? – ele perguntou preocupado.
— Acha que ela me deu uma lista de nomes e endereços? – Natasha reclamou.
— Ela deve ter falado alguém. Alguma pista. – ele deu de ombros.
— É. Ela falou algo sobre uma garota da Califórnia que parece promissora. – Natasha deu de ombros sem se importar.
— Isso é mal. – Coulson falou preocupado.
— Por quê? É só uma civil. – Natasha retrucou sem se importar.
— Temos uma civil na Califórnia que é consideravelmente importante. – ele respondeu.
— Ah. Me poupe. Garotas é o que mais tem na Califórnia. Se perderem essa arranjam outra. – Natasha deu de ombros. – O foco não é ela!
— Foi só isso o que conseguiu? – ele perguntou.
— Foi. Mas foi muito considerando que na KGB recebemos treinamento pra resistir a cessões de tortura. – Natasha cruzou os braços.
— Tá que seja. – Coulson falou sem dar a mínima. – Isso não muda nada quanto a sua folga. Você continua de licença. Vai pra casa se limpar, e não desgruda do telefone, porque se eu te ligar, é melhor atender.
— Claro. Não tenho nada melhor pra fazer mesmo. – ela concordou dando de ombros.
— Ótimo. Eu vou passar as informações pro diretor. Ele vai gostar de saber. – ele ordenou. – Vai pra casa.
— Tá. Tchau. – ela respondeu simplesmente se afastando.
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