Gibbs subiu para ver como Abby estava. Ele a observou por um tempo tentando imagina-la grávida. Teria sido lindo vê-la gerar um bebe e mudar na frente dele. Ele deixou a mão repousar em cima da testa dela por alguns segundos antes de tirar rapidamente a mão.

— Abby. Você está queimando! - Gritou Gibbs para Abby que ainda dormia. – Meu deus. O que está acontecendo?

Gibbs correu para pegar o celular que ele havia deixado na mesa da cozinha juntamente com a arma. Ele subiu as escadas rapidamente com a arma e telefone. Ele colocou a mão sobre Abby mais uma vez. A febre parecia ter aumentado de repente. Ele discou alguns números.

— Ducky. – Disse o médico quando atendeu.

— Ducky. E o Jethro. Abby está com febre. – Gibbs parecia ansioso. – O que eu faço?

— Coloque um pano gelado. E se não resolver ela precisa tirar algumas peças de roupa. – Disse Ducky com uma voz envergonhada por dizer aquilo. – Bem acho que abrir a camisa de botões dela é o suficiente Jethro.

— Entendi Ducky. – Disse Gibbs.

— E se não resolver corra para o hospital mais próximo. – Disse Ducky. – Ah. Jethro. Tenho que ir. Os corpos dos terroristas chegaram finalmente.

Ducky nem esperou a resposta de Gibbs e desligou o telefone. Ele pegou um pano gelado e colocou na testa de Abby. Depois começou a desbotoar a camisa de Abby que ficou com um sutiã de renda preta amostra.

Gibbs parou e olhou por algum tempo lembrando daquela noite. Ele voltou do transe e cobertou a parte de cima do colo de Abby. Ele que no começo era apenas um pai para Abby agora já estava ficando apaixonado por ela. Ele puxou sua velha poltrona para perto de Abby e dormiu ali mesmo com a certeza que Abby acordaria melhor no dia seguinte.

Gibbs acordou com os gritos de delírios de Abby. Ele a segurou antes que ela se jogasse no chão a febre a fazia delirar e ver coisas que não estavam ali.

— Abby. Ei. Abby. Acalme-se. – Gibbs pegou Abby no colo e a segurou contra seu peito. – Eu estou aqui. Acalme-se.

Abby abriu os olhos sem sair dos delírios. Ela se assustou com Gibbs e deu um tapa nele.

— Me solte. Não. Me solta por favor. – Abby parecia não reconhecer Gibbs.

— Abby. Sou eu Gibbs. Vai ficar tudo bem. – Gibbs a apertou mais contra ele. – Está tudo bem Abbs. Relaxe.

Abby finalmente parou e adormeceu outra vez. Gibbs colocou Abby de volta a cama e colocou outro pano em sua testa.

Gibbs pegou o telefone e ligou para Ducky.

— Sim. – Disse Ducky atendendo ao telefone.

— Oi Ducky. – Disse Gibbs.

— Oh Jethro. Como vai a Abigail? – Perguntou Ducky preocupado.

— Ela estava agitada demais agora a pouco. – Disse Gibbs colocando a mão na testa de Abby e sentindo a temperatura. – Ela estava gritando e dando tapas... Fiz ela relaxar e dormir depois de alguns minutos, mas a febre dela está alta ainda.

— Faça um chá para ela tomar. – Disse Ducky. – E eu posso ir a sua casa vê-la.

— Está bem. – Disse Gibbs. – Vou fazer.

Gibbs desligou o telefone e depois de se certificar que Abby dormia tranquila desceu para a cozinhar a fim de fazer o chá. A arma ficou ao lado de Abby.

Gibbs ainda fazia o chá quando ouviu disparos no quarto onde Abby estava. Ele correu para cima deixando a xicara cair no chão e subiu correndo as escadas.

— Abby! - Gritou Gibbs.

Gibbs entrou no quarto e não viu ninguém além de Abby de olhos arregalados com a arma caída no chão. Ela balbuciava algo, mas Gibbs não entendia o que ela queria falar.

— Abby. – Gibbs pegou a arma do chão antes que Abby a pegasse outra vez. – Estou aqui. – Gibbs foi para o outro lado da cama e colocou Abby contra seu peito e a acalmou. – Está tudo bem. Está tudo bem.

Abby não conseguia falar nada decifrável. A febre estava mais alta e Gibbs decidiu que era hora de chamar um médico.

— Ducky. – Disse o médico.

— Ducky. Acho que precisa vir até aqui agora. – Disse Gibbs ainda com Abby.

— Abigail está bem? – Perguntou Ducky.

— Eu acho que a febre subiu de novo. Eu já tentei de tudo. Há poucos minutos ela atirou no chão do quarto com a arma. E agora eu não consigo entender o que ela está dizendo. – Disse Gibbs.

— Estou indo para sua casa agora. – Disse Ducky. – E vou levar Tony.

— Obrigado Ducky. – Gibbs desligou o telefone e abraçou Abby.

Ela estava com um sutiã de renda e Gibbs a colocou na cama de volta. Ele colocou a camiseta de Abby de volta. Ducky chegou com Tony a casa de Gibbs.

Eles subiram a escada ao mesmo tempo que ouviam Abby gritando.

— Abby. Abby. Calma. – Gibbs segurava as mãos de Abby para ela não se machucar.

— Jethro. – Disse Ducky. – O que está havendo?

— Ela está tendo essas coisas o dia todo Ducky. – Disse Gibbs. – Tony. Me ajude a segurar os pés.

Tony segurou os pés de Abby ao mesmo tempo que Ducky aplicou um sedativo em Abby.

— Ela deveria ir para um hospital Jethro. – Disse Ducky.

— Eu prefiro que ela fique aqui, Ducky. – Disse Gibbs soltando as mãos de Abby quando ela finalmente adormeceu. – Pode soltar os pés dela Tony.

— Sim chefe. – Tony soltou os pés de Abby.

— Compre esses remédios para ela. – Disse Ducky.

— O que ela tem? – Perguntou Gibbs.

— Provavelmente o corpo reagindo ao estupro que ela sofreu do terrorista. – Disse Ducky. – E injete isso nela o quanto antes.

— O que é? - Perguntou Gibbs.

— É a pílula do dia seguinte em liquido. – Disse Ducky. – Ela precisa ser protegida. E não se esqueça de consulta-la para HIV e AIDS.

— Obrigado Ducky. – Gibbs despediu-se de Ducky e Tony e subiu para ficar com Abby. Ele tirou a blusa dela e ficou ao seu lado. Ele não a tocaria sem permissão. Era muito cavalheiro para fazer isso.