A Vida

Capítulo 40


Capítulo 40

Se puderem ler as notas... Agradeceria

Annabeth

" Annabeth observava a enfermaria a sua volta. As camas eram separadas por cortinas que davam a mínima privacidade ao paciente. Sátiros corriam de uma lado para o outro com seus traseiros peludos, seguidos por filhos de Apolo. A garota agradecia aos deuses por ter ficado lá pouquíssimas vezes.

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A filha de Athena passou a prestar atenção no menino a sua frente. A primeira vista não era lá muito impressionante. Parecia ter por volta dos doze ou treze anos, assim como ela, era pouco mais baixo que a própria e tinha cabelos lisos extremamente negros. A pele parecia ter um tom mais bronzeado, mas por conta do fraqueza, ele estava pálido.

– Você acha que ele é 'o cara', Quíron? - ela perguntou.

– Não sei, Annabeth - ele admitiu - Ele pode tanto ser como não ser. Acho melhor não criar esperanças.

– Mas existe essa possibilidade, não é? - ela insistiu.

O garoto, Percy, como Grover chamara, não era muito forte ou alto, naquele momento, por conta da saúde, parecia até um pouco frágil. Definitivamente nada parecido com a imagem a garota fazia de um filho de Zeus, Hades ou , até mesmo, Poseidon. Mas algo lhe dizia que ele era importante. Era ele quem a levaria para sua primeira missão. Ele era 'o cara' à quem a profecia se referia.

Quíron suspirou.

– Sim, existe essa possibilidade.

Annabeth e se aproximou do garoto, sentando na cadeira a seu lado, nem percebeu quando Quíron saiu. Imediatamente um cheiro salgado invadiu suas narinas. Era bem parecido com o odor que sentia quando ia até a praia. Ela tentou sentir repulsa, mas não conseguiu. Não entendia como podia gostar de coisas relacionadas ao deus do mares, se sua mãe era a maior inimiga do mesmo. Deveria odiar tudo que era relacionado ao mar naturalmente!

Mas e se aquele garoto fosse filho de ... Não, não podia ser. Bem, podia sim, mas ela preferia não pensar nisso. Se ele realmente tivesse roubado o raio, não faria sentido ser filho de Zeus, e o garoto não parecia nada com a imagem que Annabeth tinha de um filho de Hades.

Muito rapidamente o garoto abriu os olhos e os fechou. Annabeth abriu a boca impressionada. Fora muito rápido, provavelmente nem mesmo o bastante para que ele estivesse consciente. Seu olhos eram verdes, de um verde intenso e diferente de tudo que a loira já havia visto."

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Annabeth acordou mais não abriu os olhos. A loira queria desesperadamente aproveitar aquelas inesperadas "férias" com o marido, e isso incluía levantar tarde.

A claridade que seus olhos captavam, mesmo fechados, mostravam que já havia amanhecido, mas ela não se importava, estava muito bem ali.

Annabeth se lembrou do sonho. Impressionantemente não havia sido um aviso, ou mesmo uma premonição, mas uma lembrança, uma boa lembrança. Ela sorriu. Era estranho pensar em como tudo tinha começado.

A filha de Athena se aconchegou um pouco mais nos braços do marido. Ela podia sentir os braços fortes a envolvendo e a cabeça de Percy apoiada em suas costas. Os corpos estavam colados, cobertos apenas por um lençol.

Ela podia sentir o cheiro de maresia que o marido exalava, e pensar que já tentara odiar aquele cheiro. Na verdade, ela tentara odiar Percy com todas as forças, mas esse "ódio" não durara mais do que um mês, Percy logo tinha conseguido sua amizade. O garoto era amável demais para que ela o odiasse.

Tão amável, que aquele sentimento de amizade logo havia evoluído para uma leve queda. Queda que com um tempo evoluiu para uma paixão e, por fim, para um amor tão grande que ela não podia controlar. Tudo isso sem que o filho de Poseidon se esforçasse. Percy só tinha sido ele mesmo por todo o tempo, e só isso fez com que o filha de Athena se apaixonasse.

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Essa facilidade em "apaixonar" as pessoas preocupou Annabeth por um bom tempo. Mas assim que visitou o Acampamento Júpiter pela primeira vez, essa preocupação se extinguiu. Percy,sem nem mesmo se lembrar bem dela,havia rejeitado Reyna, dizendo que já tinha namorada.

Era era por essas e outras que eles estavam ali, juntos, depois de tantos anos.

Annabeth ouviu passos e logo depois a porta se abrindo.

" - Eles estão dormindo - sussurrou uma voz masculina que ela reconheceu como de Tess - Acha deveríamos acorda-los?"

" - Não - disse outra voz, que ela sabia ser de Ally - Eles estão dormindo tão bonitinho... Devem estar cansados."

"Mas assim eles vão perder o café - retrucou Tess - O alarme já soou. "

"Fale baixo! - pediu Ally sussurrando - Depois a mamãe pega algo na cozinha. Agora vamos, não quero me atrasar para a aula de esgrima."

E com isso os passos voltaram a ecoar pelo quarto particular deles no chalé de Poseidon, e a porta foi fechada.

Annabeth sorriu, ainda sem abrir os olhos. Seus filhos. Os frutos de seu amor. Um fruto que ela não acreditava que fosse ter. Quem diria que uma filha de Athena se casaria um um filho de Poseidon e teria dois filhos? Ninguém. Antes de Percy e Annabeth ,isso era tão louco quanto um burro falante.

Annabeth sentiu o braço de Percy apertar sua cintura e logo lábios beijaram sua orelha. Ela sentiu os pelos de sua nuca se arrepiarem e sorriu.

– Pelo jeito alguém acordou - ela disse sem se virar.

– Vamos dizer que nossos filhos não são muito silenciosos - respondeu Percy agora beijando seu pescoço.

– Ah é? - ela perguntou sentindo ele a virar, deitando-a de barriga para cima.

– É - ele disse de modo distraído enquanto fazia uma trilha de beijos entre seu pescoço e seu colo.

Annabeth entrelaçou seus dedos do cabelos do marido e suspirou quando seus lábios quentes tocaram seus seios.

– Sabe, Tess te razão, vamos perder o café - ela disse tentando manter a sanidade.

– Não estou com fome disso agora - Percy disse apertando sua cintura e deslizando as mãos por suas costas nuas - E além do mais, depois você pega algo na cozinha.

Annabeth riu e abriu os olhos pela primeira vez naquele dia. Logo aquele verde tomou sua atenção. Aqueles olhos que a impressionaram desde de a primeira vez continuavam lá, os mesmos mais de vinte e cinco anos depois.

Ele sorriu e se aproximou calmamente. Seus lábios de tocaram e ela rapidamente iniciou um beijo intenso e faminto. As mãos de Percy percorriam todo seu corpo sem restrições. Ela apertava os ombros do marido e arranhava suas costas.

Quando se deu conta, a cintura de Percy já estava encaixada entre suas pernas. Ele parou o beijo e a abraçou, depositando a cabeça a cima do ombro de Annabeth.

– Eu te amo - ele disse eu seu ouvido.

Annie sorriu e envolveu a cintura do marido com as pernas.

– Eu também te amo.

E assim ele os tornou um só mais uma vez, assim como na primeira.