A Missão

Minha Verdadeira História


POVs JACK:

Eu congelei. Não conseguia me mover. Eu estava totalmente apavorado. Mika se virou, confirmando que era ela mesma. Estava um pouco mais bronzeada e os cabelos mais compridos, mas era a mesma Mika. Seus olhos verdes brilhavam como sempre e havia um belo sorriso estampado em seu rosto. Ela disse algo mas não consegui prestar atenção, pois eu estava apavorado. Eu sabia que ela ia aparecer algum dia, e sabia também que, assim como eu e Kim, ela estava em Manhattan em missão. Mas não ao nosso lado, e sim, no lado rival.

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Ela abraçou Kim que estava imóvel, assim como eu. Depois que se separaram ela me abraçou também, e eu resolvi retribuir para não parecer estranho.

– Vocês se conhecem? - Peguntou Jade franzindo as sobrancelhas

– É-é - Kim gaguejou - S-sim. A Mika é nossa amiga a anos; ela morava em Seaford com a gente.

– Oh - Dylan disse - Então, Mika, porque veio para cá então?

– Bem... - Mika disse - Eu morava com meu tio Phil em Seaford, e trabalhava no restaurante dele de Falafel, como garçonete. O dinheiro que eu ganhava ajudava nas despesas do restaurante e não sobrava muito para mim. Então, eu resolvi me mudar para cá. Juntei um dinheiro e consegui o suficiente para me hospedar em um hotel até conseguir comprar uma casa própria.

– Você está em um hotel? - Jade perguntou

– Sim. Não é tão luxuoso mas é o que dá. E fiquei muito feliz em rever o Jack e a Kim!

– Nós também - Kim deu um sorriso - Bom... Já que somos seus amigos, o que acha de morar com a gente?

– O QUE? - Eu praticamente gritei fazendo Mika se assustar um pouco.

– Jack, Mika é nossa amiga; não podemos deixar ela morar em um hotel vagabundo. Temos uma casa grande o suficiente para ela. Mika, não ligue para Jack, se quiser morar conosco tudo bem.

– Sério? - Mika disse animada.

– Claro - Kim respondeu.

– A meu Deus obrigada Kim!

Cruzei os braços e levantei uma sobrancelha olhando para Kim. Puxei seu braço a arrastando para trás.

– Temos que conversar sobre isso - Eu disse.

Ela bufou e fomos para um local mais afastado.

– O que você acha que está fazendo? Convidando a Mika pra morar com a gente? - Disse.

– Qual é - Kim revirou os olhos - A Mika é nossa amiga, e minha melhor amiga.

– Você esqueceu de algumas coisas: Primeiro; nós somos agentes da SIE. E quando tivermos que sair em missão? O que vamos dizer pra ela? Segundo; lembra que falamos pro pessoal que nós viemos morar aqui por que fomos aceitos numa ''prestigiada academia de karatê''? E agora, não existe essa academia, o que a Mika vai pensar? E terceiro; ELA ESTÁ TRABALHANDO PARA JASON! Ela é filha dele, está ajudando com o sequestro do Daniel, e se ela descobrir que nós somos os agentes secretos?

Kim entortou os lábios e abaixou a cabeça sussurrando:

– Eu não tinha pensado nisso...

– A que ótimo! - Passei as mãos pelos cabelos.

– Mas já está feito. Não tem mais volta. Vamos falar com Peter e tentar achar uma solução pra isso.

Assenti com a cabeça.

Voltamos para o refeitório e sentamos com o pessoal. Kim disse para Mika que ela poderia ''se mudar'' para nossa casa daqui a 2 dias, que seria o tempo suficiente para bolarmos um plano sobre a academia de karatê e uma desculpa para quando sairmos para as missões.

Tivemos um dia normal de aula, e na hora da saída nos despedimos de Mika e fomos para casa. Ao chegar Kim estacionou seu carro na garagem e saímos entrando pela porta principal. Fui para meu quarto e tomei um banho quente e demorado, logo depois saí e vesti apenas minha cueca e minha calça de moletom cinza, deixando meu peito desnudo. Parte disso era para provocar Kim. Eu adorava ver ela corando ao meu ver daquele jeito. E sentir os olhos dela sobre mim era uma sensação muito boa de uma certa forma.

Saí do meu quarto e desci, procurando algo para comer, pois estava morto de fome. Peguei uma caixa de cookies e despejei alguns na mão. Não encontrei Kim então resolvi subir enquanto devorava os cookies. Passei na frente do quarto dela e vi a porta entre aberta, então resolvi dar uma espiada. Coloquei parte de minha cabeça para dentro e vi uma cena de deixar qualquer cara louco. Kim estava apenas com um micro short e de sutiã. O mesmo era vermelho e apertado, fazendo os seios dela se espremerem me dando uma vista privilegiada. Os cabelos dela estavam soltos e voavam com a brisa que entrava da janela. O quarto estava escuro mas a luz da lua iluminava Kim. Ela se sentou cruzando suas pernas perfeitas e bronzeadas, enquanto passava hidratante nos braços.

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Aquela cena me deixou realmente exitado e eu queria entrar ali e a toma-la para mim no mesmo estante. Mas eu tinha que respeitar Kim, e não estávamos mais juntos. Ela se levantou e pegou uma camiseta azul escuro a vestindo. Saí de fininho para que ela não percebesse minha presença. Fui para a sala e me sentei ligando a TV, tentando esquecer aquela cena. Mas sempre me via em mente aquele corpo, aqueles olhos, aqueles lábios, aquele cabelo, o jeito que ela se mexia me fazendo pirar. Eu estava me sentindo quente.

– E aí Jack - Ela disse me fazendo pular do sofá.

– Você me assustou - Eu disse com a mão no peito.

Ela riu mas depois seus olhos se focaram no meu corpo, me fazendo dar um sorriso malicioso. Ela balançou a cabeça.

– Você vai pegar um resfriado se ficar assim.

– Eu me arrisco - Disse dando de ombros.

– Enfim, falei com Peter e ele disse para irmos a sala secreta imediatamente.

Assenti e subimos as escadas.

POVs MIKA:

Cheguei no hotel e cumprimentei o porteiro, e fui direto para o apartamento. Entrei e joguei a mochila no sofá, me direcionando para o banheiro, onde me despi e tomei um banho quente. Logo em seguida escovei os dentes e vesti meu pijama, me jogando na cama sem ao menos comer algo. Comecei a pensar na vida e em tudo o que estou fazendo. Ninguém, repito: ninguém sabe a minha real história. O motivo de eu me aliar ao meu pai no sequestro de Daniel, e se preciso ter que participar de tudo.

Minha mãe conheceu meu pai, Jason, quando tinha 24 anos. Eles se apaixonaram e se casaram. Anos depois minha minha me teve, mas de acordo com ela, assim que nasci meu pai sumiu do mundo. Ela disse que nunca mais teve contato com ele e sofreu muito para se virar sozinha. Mas conheceu um rapaz chamado ''Mark''. Era trabalhador e daria um ótimo futuro para minha mãe. Eles se casaram e tiveram três filhos, que são meus meio irmãos mais novos. Quando eu tinha 9 anos estava na rua lendo e um homem apareceu. Usava óculos escuros e um chapéu. Ele se sentou ao meu lado:

– Este é um belo livro - disse com um meio sorriso - Estou na página 288.

– Estou na 98 ainda, ganhei a pouco tempo de aniversário.

– Oh, quantos anos você fez querida?

– 9 - Sorri - Quem é você?

– Me chamo Jason - Ele estendeu a mão da qual cumprimentei.

Eu não sabia o nome do meu pai. Minha mãe mentiu que tinha ficado apenas uma noite com meu pai e nem sabia o nome dele.

Eu e Jason viramos amigos. Nós saímos toda tarde para tomar sorvete, ir ao parque ou ao shopping. Ele tinha muitas coisas em comum comigo, e eu o considerava um grande amigo. Ele me disse para não contar para minha mãe quem ele era, então eu dizia a ela que eu ia sair com amigas, e ela acreditava.

Anos depois Jason abriu o jogo comigo e disse quem realmente era. Que era meu pai. Eu fiquei chocada e com muita raiva. Primeiro por ele ter abandonado a mim e a minha mãe e segundo por se aproximar de mim tanto tempo depois sem ao menos dizer quem era. Fiquei meses sem falar com ele até que a saudade bateu, e mesmo ele fazendo tudo aquilo eu o amava. Afinal ele era meu pai.

Quando eu já era adolescente acabei descobrindo (por conta própria) que meu pai era um dos maiores criminosos dos EUA, principalmente quando tive o desgosto de presenciar ele ser preso por um roubo ao um banco. Eu o visitava na prisão escondida de minha mãe, e ele foi enchendo minha cabeça, me falando sobre o mundo do crime. No início eu ficava abalada e com raiva, mas ele tinha um lábia boa e conseguiu me convencer a ajuda-lo a sair dali. Consegui comunicar ''seus homens'' e eles bolaram uma fuga da prisão bem sucedida. Logo depois nunca vi meu pai, mas nos falávamos por telefone. Ele não queria dizer para onde tinha ido e o que estava fazendo.

Alguns anos depois me mudei para Seaford e comecei a morar e trabalhar com meu tio Phil. Conheci Jerry, Kim, Rudy, Jack e Milton. Viramos grandes amigos. Mas eu nunca contei para eles a minha real história. Falei que meu pai na verdade era Mark e não Jason. Na verdade nunca mencionei Jason pra eles. Afinal, o que eles iriam pensar? Eu sou filha de um dos caras mais procurados do país e que o ajudei a sair da prisão. Não contei nem a Kim, que era minha melhor amiga.

Era essa, essa era minha verdadeira história.

A alguns meses atrás meu pai apareceu em Seaford, e nos encontramos pela primeira vez em anos. Eu estava tão feliz em revê-lo mas não posso dizer o mesmo da parte dele. Ele estava mais frio, não era tão amável como antes. Nem um abraço ele me deu. Qual é! Eu o ajudei a sair da prisão, o visitei lá, era a única pessoa que ele tinha na vida! E agora é assim que ele agradece? Aos poucos meu sentimento por ele foi se tornando vago. Não tínhamos a mesma relação de pai e filha que antes.

Como eu era ''inteligente'' Jason me contou sobre o plano para sequestrar um tal Daniel, um dos caras mais ricos do país. Ele disse que precisaria da minha ajuda para bolar um plano. Depois de semanas, mesmo sem vontade tive a brilhante ideia de me infiltrar no colégio do qual Daniel era diretor e descobrir mais sobre ele. Também disse para Jason esperar até o fim do ano para o sequestro, apenas para não levantar suspeita da polícia.

Mas algo chamou minha atenção: Meu pai me descreveu o ''assalto ao banco'', e mencionou também dois adolescentes que conseguiram impedir o assalto. Me interessei pelo assunto e pedi para que ele descreve-se os tais adolescentes. Ele me disse que era uma garota loira e um garoto moreno, ambos eram bons em luta e estratégia. E eu rapidamente deduzi que aqueles eram Jack e Kim! Só podia ser eles! Não disse minha descoberta para Jason porque ele iria atrás dos meus amigos, e eu não iria deixar isso acontecer. Então não falei minha descoberta para ele.

Quando fiquei sabendo que Jack e Kim iriam para Manhattan uma suspeita se formava em minha cabeça. Era um quebra cabeça, um enigma. Eu achei estranho que ''do nada'' eles mencionaram um tal curso de karatê. E eles não falaram ao menos o nome do lugar. E Manhattan era o local onde a escola de Daniel ficava, onde ocorreria o plano do meu pai. Eu achei totalmente estranho, mas não disse nada ao meu pai, afinal eu sabia que ele iria caçar Kim e Jack para mata-los.

Alguns dias atrás, quando fui a uma velha fábrica abandonada, conheci Carlos, amigo do meu pai e um homem tão perigoso quanto ele. Ele mencionou que havia agentes de uma organização secreta que estavam investigando o caso, e eu gelei ao deduzir que, possivelmente os agentes eram Jack e Kim. Mas não, eles não se envolveriam com esse tipo de coisa...Mas eu tinha que descobrir, então, quando encontrei eles hoje na escola pedi para morar com eles. Tentaria achar uma pista.

Mas... E se eles fossem realmente os agentes? Seriamos rivais. Eu estou do lado do mau, e eles do bem. Mais cedo ou mais tarde mostraríamos nossas verdadeiras faces, quem realmente éramos.

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E eu teria que acabar com os dois.