Au Pair

20 - Ciúmes


Eu nem estava acreditando na cena que estava vendo, Monete totalmente agarrada na perna do Edward como se fosse uma criança pedindo para o pai levá-la junto ao serviço. A criatura estava aos prantos e implorava para que ele não fosse embora.

– Por favor amor da vida, fica comigo, não se vá.

O Sr. Emmett não sabia se caia na risada ou se tirava a bicha maluca da perna do Edward. Eu estava observando toda aquela cena dentro de casa com a Annie nos meu colo e a Emilie ao meu lado literalmente chorando de rir.

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– Cadê minha câmera? Tenho que filmar isso e colocar na internet. – Emi falou ainda morrendo de rir.

– Não vai colocar nada na internet, seu pai é um médico conhecido e você pode acabar com a reputação dele.

– Eu nem sei o que esse negocio de “reputa” ai, olha minha cara de quem ta ligando. – Uma coisa que a Emilie não saiba, isso era novidade.

– A Monete é homem?- Annie perguntou e eu segui seu olhar até o lado de fora.

Monete ainda estava agarrada no Edward, mas Alice tinha arrancado sua peruca e Ângela estava o puxando pela camiseta.

– Depois eu juro que te explico Annie, agora vamos para o carro.

Partimos com a visão do bangalô maravilhoso e a Monete ajoelhada na calçada chorando e jurando que ia atrás do Edward. Eu jamais iria me esquecer dessas férias.

(...)

Por sorte o Sr. Emmett nos guiou e conseguimos chegar em casa em menos da metade do tempo que levamos para ir. Vamos combinar que o Edward não é um Google Maps dos melhores, mas quem se importa? Alice e Ângela seguiram para as suas casas, mas antes me mandaram uma mensagem.

“Espero que tenha curtido, porque nunca mais viajamos com você e suas crianças malucas. Te amamos, AeA”

As coitadas ficaram traumatizadas

(...)

Quando entramos com o carro na garagem Marie apareceu secando as mãos em um pano de prato e sua cara não estava das melhores.

– Está tudo bem Marie? – Edward perguntou lhe dando um abraço apertado.

– Está sim meu filho, e como foi a viagem?

– Maravilhosa, obrigado. E estamos livres dos ratos?

– Completamente. – Ela sorriu, mas ainda sim estava estranha.

– Algum problema?

– Na verdade sim. Ela – Marie apontou para Jéssica -, ela é o meu problema.

– Por favor né mãe. Não vai me dar um chilique aqui. – Jéssicarrapato falou com indiferença e foi pegar a sua mala.

– Eu não vou dar chilique Jéssica, só vou partir você em duas. – Marie ia seguir em direção a Jéssica, mas Edward a segurou pelos ombros.

– O que aconteceu Marie?

– Nada! – Jéssica respondeu pela mãe – Não aconteceu nada, ela que ta ficando velha e louca.

– Cala a boca Jéssica – Ui! Essa doeu. Edward tinha a Marie como mãe e com certeza não ia permitir que a Jéssica falasse com ela daquela maneira. – Fala madrinha, o que ela fez?

– Ela foi para essa viagem sem me avisar, depois de eu ter dito que não deixava. – Eu já desconfiava, aquela carinha de cordeirinha não me enganava.

Não fiquei para ver o que aconteceu, peguei as crianças e fui para dentro de casa. Ta certo que eu ia amar ver a Jéssica levando uma surra da mãe e uma bronca do Edward, mas eu não queria e não devia ficar bisbilhotando, porem eu conseguia ouvir a Jéssica gritando e o barulho de chinelo estalando, delicia. Meu sorriso até ficou maior.

Annie estava caindo de sono então a coloquei em sua cama e depois deixei Emilie no meu quarto assistindo televisão e desci para comer, quando cheguei na cozinha o Sr. Emmett estava lá com uma caixa de suco em uma mão e um pedaço de pão na outra.

– Aposto que está com fome. – Ele tinha um sorriso muito parecido com o do Edward.

– Espero que não tenha comido tudo. – Eu me sentia a vontade em conversar com ele, como se fosse meu irmão mais velho ou algo parecido.

– Ta me chamando de gordo?

– Não! Só de guloso. – Nós dois estávamos rindo quando o Edward entrou.

– Cadê as meninas? – Ele estava sério e eu fiquei com medo.

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– A Annie está dormindo e a Emilie está no meu quarto assistindo televisão, vim buscar alguma coisa para comer e encontrei com o Sr. Emmett. – Eu estava quase contando para ele que pé eu desci primeiro a escada.

– Isso mesmo, e ela estava me chamando de gordo, essa baixinha – Emmett me cutucou com o cotovelo e eu juro que se tivesse um buraco no chão eu entrava. – Preciso falar com você Edward.

– Agora?

– Agora!

– Então vamos para o escritório – Ele olhou para mim – Até depois Bella.

– Até – foi tudo que consegui dizer.

– Vê se não come tudo ein, eu ainda estou com fome – Emmett bagunçou meus cabelos e depois eles saíram da cozinha.

Ou o homem tinha ciúmes de mim com o irmão dele ou ele não gostava que eu me socializasse. Vai entender.

Depois de comer fui para o meu quarto e acabei dormindo junto com a Emilie, acordei com os pés dela na minha cara e seus braços agarrados nas minhas pernas. Ta certo que meu amor pela Emilie era grande, mas eu estava me sentindo claustrofobica ali, me soltei dela e sai de fininho para que ela não acordasse, mas quase dei um grito quando dei de cara com o Sr Emmett saindo do banheiro só de bermuda.

– Por Deus! O senhor quase me matou.

– Além de me chamar de gordo ainda me chama de feio, vou ter que te matar.

– Você poderia andar vestido na minha casa não é Emmett? Tenho meninas aqui – Edward estava parado na porta do seu quarto e meu coração foi parar lá na minha laringe.

– Desculpa mano, eu não esperava encontrar nenhuma delas acordada.

– Então agora você já sabe. Se vai mesmo ficar morando aqui, vai ter que aprender a andar vestido (n/a: Oh meu pai, que pena. Apesar de que esse homem é gostoso de qualquer jeito *babomesmo).

– Espera. O Sr. Emmett vai morar aqui?

– Vou. Legal né magrela! – Ele bateu no meu braço e eu quase desmontei, será que ele não tinha noção da força?

– Vai se vestir Emmett! – Edward falou serio

– To indo – Fiquei olhando o Sr. Emmett indo para o quarto de hospedes e depois olhei em direção ao Edward.

– Paquerando o meu irmão?

– Quem?

– Você

– Eu?

– É!

– Não.

– Ahn.

A conversa mais constrangedora e monossilábica que eu já tive na vida. Ele ficou parado na porta ainda me olhando e eu não sabia o que fazer, nem para onde ir, nem o que falar. Mas nem precisei, ele saiu pelo corredor e me pegou pela mão para irmos em direção ao seu quarto.

– Eu não estava paquerando o seu irmão, juro.

– Fico feliz em saber.

– É serio, eu não estava.

– Eu acredito em você.

– Então por que está parecendo tão nervoso?

– Vou precisar muito de você essa noite. – Ele me abraçou e deu um beijo em meu pescoço.

– Por que?

– Prometo que até te pago hora extra – Mais beijos no pescoço e eu já estava sentindo cheiro de encrenca.

– Fala.

– Prometo massagens e uma madrugada gostosa.

– O que você quer?

– Vamos ter um jantar em família.

Por que aquilo estava me parecendo “Estamos indo para o Afeganistão em tempos de guerra?”