Au Pair

21 - Familia


Eu não estava nervosa, imagina, eu só tinha roído todas as minhas unhas e já estava quase ficando sem os meu cabelos, mas eu não estava nervosa, eu não estava.

– Bella qual gravata eu fico mais gatão? – Emmett entrou em meu quarto com quatro gravatas penduradas no pescoço.

– A vinho.

– Você tem certeza?

– Não.

– Você é muito doida sabia magrela?

– Eu não entendo de gravatas Sr. Emmett, mas na minha opinião a vinho é a mais bonita.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Então será a vinho. E para de me chamar de senhor, que coisa chata, sou jovem não ta vendo? Sou lindo e gostoso, senhor só me faz parecer velho e chato.

– Tudo bem, Emmett.

– É assim que se fala. – Ele tirou as outras gravatas e se sentou ao meu lado na cama. – Por que você ta nervosa?

– Eu não estou nervosa.

– Está sim! Me diz uma coisa, você está pegando o meu irmão?

– Hã? – Quase que meu cérebro explodiu. Que pergunta era aquela?

– Você ta pegando meu irmão, né?

– C-claro que não, puff! Que maluquice.

– Tranqüila magrela, não vou contar pra ninguém. Desejo muita felicidade pro casal, pode acreditar. E pode ficar calma, minha mãe não vai te morder e você terá a oportunidade de conhecer o nosso irmão mais novo.

– Como? Vocês têm outro irmão? - Nossa, não sabia nada desse povo mesmo.

– Temos, ele foi adotado quando eu e o Edward já estávamos com quatro anos. – Caramba.

– E ele não mora por aqui?

– Mora, mas ele trabalha com exposição de arte e vive viajando.

– Que legal. – Que legal, nunca ninguém tinha me falado disso. Mas também, o que me importa não é mesmo?

– E também vamos ter convidados, o Dr. Carlisle e as filhas dele também virão. – Obrigada Senhor, pelo menos a Ângela e a Alice estariam aqui. Eu só não sabia se era pra achar aquilo bom ou ruim.

– Mais alguém? A Srtª Rosalie?

– Ela não vem, vai estar de plantão.

– E como vocês estão?

– Bem! Eu acho que bem, só queria a Annie aceitasse. Ela é como uma filha pra mim e não gosto quando ela me evita por ciúmes. Você não imagina como essas meninas podem ser más quando querem – Não imagino? Não só imagino como já vi.

– Ela vai aceitar.

– Você não tem mais o que fazer Emmett? – Edward estava parado na porta do meu quarto com três gravatas penduradas no pescoço. Virei consultora de moda agora? Nem de moda eu entendo.

– Estava pedindo umas dicas aqui pra magrela, já to saindo.

– Bella, o nome dela é Bella, não magrela. Desculpe Bella, o Emmett as vezes passa dos limites.

– Não tem problema. - Disse sinceramente.

– Ta vendo ai, não tem problema. A magrela é legal, não é velha igual você.

– Some Emmett. – Edward falou tentando permanecer serio, mas já estava quase sorrindo.

– To sumindo. Até daqui a pouco, magrela. – Ele piscou pra mim e saiu

– Vocês dois são amiguinhos agora?

– Somos – Ele não era meu namorado então eu não devia explicações para ele, certo?

– Nada engraçado, Isabella.

– O que?

– Meu irmão gosta da Rosalie.

– E daí? Só por isso não podemos ser amigos? – Ele voou pra cima de mim e me prensou na parede com seu corpo e segurou minhas duas mãos sob minha cabeça.

– Exatamente. – Se ele tava tentando me deixar com medo, não estava conseguindo, muito pelo contrario, eu estava achando aquilo tudo bem excitante.

– Sinto muito Sr. Edward, eu e o Emmett já somos amigos. – Me soltei do seu corpo e o puxei pela gravata azul. – Azul combina com o senhor, deveria usar essa. Agora se o senhor me der licença eu tenho que olhar as crianças.

Agora as coisas seriam do meu jeito, ta certo que aqui o chefe é ele, mas no meu corpo quem manda sou eu. Eu queria ver até que ponto o ciúme dele chegaria e eu tinha certeza que o Emmett me ajudaria. Eu sei que o combinado não contar a ninguém porque não estávamos namorando, mas a verdade era que eu queria estar namorando e que eu queria contar pelo menos para as meninas. Eu estava apaixonada por ele, droga! Esse negocio de Au Pair está me saindo mais complicado do que eu imaginava.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Eu juro que foi a ultima vez – Emilie saiu do quarto da Annie dando risada.

– O que você aprontou Emi?

– Eu juro, foi a ultima vez. – Minhas pernas ficaram bambas quando eu vi a Annie toda pintada de azul.

– Eu sou o “Blue” da Mansão Foster.

– Por que você faz isso comigo, Emilie? - Choraminguei ela riu

– Por que eu te amo

– É, to sentindo mesmo o seu amor. - Menina ardilosa. Peguei Annie no colo e fui em direção ao banheiro.

– Ah vai, fala sério, ela ficou muito irada.

– Vai se arrumar, que eu vou dar um banho na sua irmã. Justo azul, vai demorar uma vida pra sair.

– Tem sorte que eu desisti da Pantera cor de rosa. – Ela riu.

– Se. Arrume.Agora. Emilie.

– Eu já to indo, que stress. A menina só está azul.

– Vai! – Emilie saiu dando gargalhada e entrou no seu quarto.

– Por que é que você deixa também, né Annie?

– Polque estou uma gata de “Blue” .

– Vocês ainda vão me matar.

(...)

Jantar

A campainha tocou e como estava todo mundo muito ocupado organizando tudo eu que sobrei para atender a porta.

Era o Dr. Carlisle, Alice e Ângela, as duas estavam com um sorriso mais largo do que o habitual e eu devo deixar minhas sinceras babas pelo Dr. Carlisle, como tem médicos lindos nesse país, Deus seja louvado. Ele era alto, aparentava ter lá seus trinta e poucos anos, seus cabelos eram curtos e loiros, um charme. E os olhos azuis? Lindos.

– Boa noite – O Dr. Me cumprimentou e me ofereceu sua mão para que eu apertasse.

– Boa noite Dr. Caslisle, entre e sinta-se a vontade.

– Obrigado.

– Para de babar no meu pai ein. – Alice falou me dando um empurrão no braço.

– É olha o respeito. – Ângela fez a mesma coisa.

– Me matem mesmo de vergonha. – Antes que eu pudesse dar no mínimo um soco em cada uma a campainha tocou novamente. E foi ai que eu fiquei surda, reparem só o porquê.

– Boa noite, você deve ser a Bella.

– Sim e o senhor é?

– Prazer, meu nome é Jasper. Irmão do Edward.

– Ai minha nossa senhora do perpetuo socorro. – Alice deu um grito tão alto que todo mundo foi para sala para ver o que tinha acontecido.

– Você está bem? – Jasper perguntou assustado.

– É você – Ela ficou lá parada por um segundo mais branca que uma folha sulfite e depois desmaiou, eu até iria ajudar, mas a campainha tocou novamente e a porteira aqui tinha que abrir.

– Por acaso eu ouvi gritos? - Uma moça muito bonita com cabelos longos e ruivos estava parada do lado de fora.

– Oh! Minhas desculpas senhora, foi só uma amiga que passou mal, mas já estamos resolvendo. – Eu estava achando que ela era uma vizinha daquelas que não pode ouvir uma panela caindo no chão e já logo sai pra perguntar se tem alguma coisa de errado eu já ia fechar a porta na cara dela, mas o Edward a segurou por trás de mim.

– Mãe?

– Mãe? – Eu perguntei olhando pasma para senhora na minha frente

– Sim! Mãe. Prazer, Esme e você é quem? - Ela estendeu a mão.

– Oh, eu, eu! – Eu gaguejava mais do que tudo nesse mundo.

– Essa é a Bella mãe.

– Ah sim, a Au Pair. – Ela não tinha cara de megera, mas estava agindo como uma e eu estava ficando assustada. – Cadê as minhas netas? O que está acontecendo nessa casa? Que muvuca é essa?

(...)

A “dona mãe” foi para sala de jantar com as crianças e o resto do povo enquanto eu tentava acalmar a Alice em meu quarto.

– Você precisa se acalmar ta legal? Ou ele vai achar que você é doente da cabeça, o que não é mentira, mas não precisa ficar demonstrando assim em publico ta legal?

– Eu já to calma, eu já to calma. Eu nem acredito que ele ta aqui, como ele veio parar aqui? da onde ele veio? como é sobrenome dele? o que ele faz da vida?

– Ei! – gritei cortando todo aquele papo furado – Acho que você tem que perguntar isso para ele não é mesmo? Se você parar de dar piti, nós vamos descer, você vai falar como gente civilizada e quem sabe ele não fique com a impressão de que você acabou de sair do hospício, que tal?

– Para mim parece certo.

– É, pra mim também.

– E você e o Edward, como estão?

– Eu nem sei, ele agora deu pra ter ciúmes do irmão.

– Sério? Isso é bom, é sinal de que ele está gostando de você.

– Como ele gosta de mim Alice? Se ele gostasse me pediria em namoro você não acha?

– Mas não foi você que disse que não se importava com isso?

– Mas agora eu me importo.

– Alguém ta apaixonada – ela cantarolou.

– É parece que sim. Acho que estou exagerando em tudo

– Só procura o centro, entendeu? O meio termo das coisas.

– O meio termo?

– É! Acha o meio termo, encontre o centro e tudo vai dar certo.

– Ta bom. – Minha cara tava tipo (õ.Ô) hã?

– Não esquece, o meio termo – Ela levantou da minha cama e saiu.

– Mas que droga é essa de meio termo? - A Alice já devia estar bêbada ou precisando de remédio de tarja preta.

Quando eu desci o jantar já estava servido e a Annie já tinha arroz no cabelo. A “Dona mãe” estava babando literalmente no “Dr. Pai da Alice/Ângela” a Alice estava babando no Jasper a Ângela estava babando no Emmett, que vamos combinar estava “ todo todo” pro lado dela, os homens realmente não valem nem um pão amanhecido. E com isso o Edward estava sozinho tentando fazer com as crianças comessem. Me sentei ao seu lado e comecei a alimentar a Annie, eu tinha a intenção de fazer o meu trabalho calada e sair daquele lugar muda, mas a “Dona Mãe” não tinha o mesmo pensamento que o meu, infelizmente.

– Então você veio do Brasil? – Finalmente ela tirou os olhos do Dr. Carlisle e se virou para mim.

– Sim, senhora.

– O lugar que você mora é muito perigoso? – Onde ela estava querendo chegar?

– Não, senhora.

– Ah é que a gente escuta cada coisa do Brasil – Eu odeio os norte americanos por esse motivo, só o país deles que é perfeito, o que não é verdade, não mesmo.

– Ela é muito pobre, por isso veio trabalhar aqui. – Quem é que chamou a Jéssica na conversa? A criatura estava servindo o jantar, mas ela não podia ficar de bico fechado?

– Isso não é verdade – O sangue já estava borbulhando na minha cabeça, mas então senti a mão do Edward em minha coxa.

– Eu converso com ela depois – Ele sussurrou em meu ouvido.

– Eu acho que essa menina não dá faz muito tempo, todo esse rancor dela ai é falta de sexo. – Emmett falou assim que ela saiu e todos caíram na risada, menos a Dona Mãe e o Edward.

– Modos a mesa, Emmett. -Ela o advertiu.

– Temos crianças aqui, Emmett -Edward também.

– Desculpa gente, saiu sem querer.

– O que é sexo? – Annie perguntou e eu quase, quaase me escondi debaixo da mesa.

– A gente conversa sobre isso depois Annie – Sussurrei em seu ouvido e dei graças a Deus por ela esquecer fácil das coisas.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Todos na mesa ficaram quietos e prestando atenção somente em suas comidas e confesso que assim estava bom para mim, mas ficou melhor ainda quando a mão do Edward que ainda estava na minha coxa foi subindo e adentrando em meu vestido. Ele me acariciou por cima da calcinha e eu sem querer soltei um suspiro.

– Algum problema? – A Dona Mãe me perguntou.

– Não, senhora. Só um pouco cansada.

– A senhora pergunta demais, vó – Emilie falou fazendo cara feia.

– Me desculpe Bella, não quero ser um poço de perguntas. – Ou ela tinha medo da Emilie ou não era uma megera como eu estava imaginando.

Edward estava com um sorriso de canto de boca e eu olhei bem feio pra ele, mas quem disse que isso o intimidou? Muito pelo contrario ele afastou minha calcinha e continuou a me acariciar. Ele queria me enlouquecer, só pode.

– Você vai estar off depois do jantar, magrela? – Emmett tirou minha concentração das minhas partes baixas.

– Hã?

– Vai estar off depois do jantar? (n/a: Off = folga)

– Não sei. – Me virei para o Edward e perguntei: – Vou?

– Vai, por que? – Ele perguntou para o Emmett.

– Eu estava pensando em ir ao cinema com o Jasper e se você ficar com as meninas nós levamos a Bella junto, e claro, se a Ângela e Alice quiserem nos acompanhar sintam-se convidadas.

– Eu vou! – Alice respondeu sem nem ao menos respirar.

– Eu também. – Ângela falou animada.

– Então eu também – Assim que eu falei o Edward tirou a mão de dentro do meu vestido e fechou a cara.

Edward Seu Lindo!