Capitulo Dezessete

Voamos Com Um Deus Menor

Encostado em uma BMW vermelha estava um garoto que devia ter mais ou menos minha idade, com cabelos loiros cacheados, olhos azuis e bochechas rosadas. Ele usava camisa branca com uma calça jeans comum.

Nem era preciso me falar quem ele era: Eros, filho de Afrodite e Ares, e um deus menor.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Quando ele nos viu, deu um sorriso e veio até nós.

- Oi. – ele nos cumprimentou.

- Olá! – falou Karen animada (novidade!).

- Oi. – falou Alan, sem emoção.

O resto de nós apenas deu um aceno de cabeça.

- Bem, mamãe me pediu para leva-los para a Flórida. Então, vamos. – falou Eros, nos guiando até a BMW, que se transformou em uma van 3G azul assim que ele encostou nela.

Nós entramos na van, e as três caçadoras sentaram bem no fundo. O mais longe de Eros pelo que percebi. Na frente, com ele, foram Karen e Alan (provavelmente apenas porque eles eram irmãos.).

A van foi por uma estrada deserta, e entrou em uma estrada de terra avermelhada. E então a van começou a subir, e atingiu pelo menos dois quilômetros acima de terra firme.

- Os humanos não nos vêem? – perguntou Travis, que olhava pela janela.

- Oh, não! Se eles olharem na nossa direção, a única coisa que eles irão ver é um pato branco! – responde Eros.

-- --

Depois de alguns minutos de viagem em silêncio, comecei a ficar com raiva daquele deus menor.

De tempos em tempos ele olhava para Annabeth pelo retrovisor com um olhar meio... Malicioso, digamos assim. E todas às vezes ela corava. Estava quase perdendo a paciência.

Quase.

Acho que minha namorada também percebeu isso, porque em um desses “olhares superdiscretos”, ela corou (novamente), mas repousou a cabeça no meu ombro e, enquanto Eros nos olhava, ela levantou um sobrancelha como se dissesse “o que você vai fazer agora?”. Dei um sorriso torto, e senti o olhar daquele deus, diga-se de passagem, inútil, em mim. Tinha vontade de rir da expressão que Eros fazia, mas antes de tudo ele era um deus. E filho de Afrodite e Ares (o que não aumentava meu respeito por ele.), e apesar do pai dele não gostar nem um pouco de mim, não queria que a deusa do amor também não gostasse. E era isso o que aconteceria se eu fizesse algo áquele sedutorzinho mimado.

E parecia que meus pensamentos haviam sido escutados por Eros, que me olhava com os olhos semicerrados pelo retrovisor. E então minha pele parecia formigar.

Olhei em volta e percebi que a metade das pessoas ali tinha percebido nossa briga silenciosa. E também percebi que Nico e Thalia estavam a ponto de cair na gargalhada com aquilo tudo.

Depois de mais uns cinco minutos estava louca pra chegarmos logo á Flórida. E também precisava de um pouco de ação.

Após mais cinco minutos, estávamos pousando numa estrada de terra, de onde aquele flertador virou á direita, e deu em uma avenida que ia direto para a praia. Ele parou no acostamento e todos nós descemos.

- Obrigado por nos trazer á Flórida, irmãozinho! – agradeceu Karen, que parecia ter se divertido a viagem inteira.

- Por nada, maninha. – respondeu Eros, que olhou para MINHA NAMORADA e deu uma piscadela.

Nunca desejei tanto na minha vida que um deus fosse TOTALMENTE mortal e vulnerável. Hargh! Provavelmente ele achava que podia tudo apenas porque era um deus.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Tentei não pensar muito nisso enquanto eu virava meu rosto para o mar e Eros desaparecia em uma explosão de luz.

Não havia percebido antes, mas minha mão direita segurava a caneta esferográfica Contracorrente tão forte que os nós de meus dedos estavam brancos, e meus olhos semicerrados.

Annabeth ficou na minha frente e segurou fortemente meu pulso direto, e o desceu até minha mão, e me olhou severamente. Então guardei Contracorrente de volta no bolso, e Annabeth encostou seus lábios nos meus – o que claramente me deixou melhor instantaneamente.

- Acho que eu já havia dito pra PARAREM COM A AGARRAÇÃO! – reclamou Phoebe, quase gritando a ultima parte, o que fez um casal de turistas olharem para ela assustados.

- E eu já não disse pra deixar os dois? Mais que droga! Você não entende o amor não? – reclamou Karen, fazendo biquinho, mas logo sorriu e acrescentou: - Ah!, É... Você é uma Caçadora! Ops...

- Ah! Sua PESTE! Eu ainda te mato! – xingou Phoebe.

Revirei os olhos. Como essas duas podiam brigar tanto? Um dia elas iam acabar brigando de verdade.

* * *

Todos nós fomos para a beira da praia, e ficamos olhando para o horizonte, até que Alina perguntou.

- Er... Porque nós estamos parados olhando pro mar?

- Bem, era o Percy que tinha que tomar alguma atitude, né. – respondeu Connor.

Corei violentamente, e me lembrei das palavras de Afrodite. Reze para seu pai. Ele atenderá seu pedido.

- Pai, - sussurrei – er... Precisamos da sua ajuda... Bem, para chegar á algum lugar desconhecido no meio do mar...

- Sábias palavras. – resmungou Thalia, que estava ao meu lado.

- Shh. – interrompeu alguém.

Mas, então, no meio do oceano surgiu um ponto branco.