Percy Jackson e os Olimpianos 6

Capítulo 18: Kerina Questiona Minhas Escolhas


Capitulo Dezoito

Kerina Questiona Minhas Escolhas

Poderia dizer que era um barco surgindo á distancia, mas este parecia meio... Diferente. O casco dele estava virado para a praia, e então, ele de repente caiu e ficou como um barco deveria ser (se é que vocês me entendem.).

Olhei em volta, mas nenhum humano pareceu notar aquela estranha cena.

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- Han... Obrigado, Pai. – agradeci.

O barco veio lentamente até a praia, e ancorou a pelo menos cem metros da baía. Entramos na água e nadamos até o ele. Depois que subimos, todos estavam encharcados (menos eu, óbvio) e Karen só sabia reclamar de como seu cabelo nunca mais iria voltar ao normal por causa da água salgada.

O barco era bem grande. Era moderno e haviam nele cinco cabines; era de um branco puríssimo e muito bem estruturado.

* * *

Após dez minutos, todos faziam alguma coisa: dormiam em alguma cabine, estavam jogando conversa fora na proa. Mais dez minutos, todos dormindo. Menos eu, por que, lógico, alguém devia ficar acordado para vigiar... O barco, ou o que quer que seja.

Fiquei olhando o horizonte de água salgada, até que percebi alguém ao meu lado. Olhei e vi que era Kerina. Ela não havia falado uma palavra desde que ela aparecera com a irmã, após ter o seu acampamento destruído. Ela parecia um tanto mais velha para uma garota de apenas quatorze anos. Mas ela ainda tinha um rosto angelical e tranqüilo, mas mesmo assim ela parecia ter pelo menos dezesseis anos, principalmente pelo fato de ser apenas cinco centímetros mais baixa que eu.

- Não vai dormir? – perguntei.

- Estou sem sono. – ela respondeu com a voz suave, franzindo o cenho. – Posso lhe fazer uma pergunta?

- Claro.

- Por que você não aceitou ser um deus, quando lhe ofereceram? – ela perguntou, olhando pro meu rosto atentamente. Acho que porque percebeu que me assustei com sua pergunta. – Se não quiser não precisa responder.

- Bem... Er... Que eu não queria deixar tudo para trás.

- Não sei porque pensou assim. Se tivesse aceitado, Percy, você teria tudo o que tem agora e ainda mais. – ela disse, com um tom como se soubesse de alguma coisa que eu não sabia.

- O que você quer dizer?

- Se você tivesse aceitado, teria imortalidade, poderes, o amor de Annabeth, mesmo que com muita dificuldade, e teria o que mais gosta; você, Percy, seria o deus dos heróis.

Ofeguei, quando ela terminou de falar. Quando não falei nada, ela continuou.

- Só que, como não aceitou, a Heide, que era uma deusa sem “funções” ainda, ficou sendo a deusa dos heróis. Você teria tudo, Perseu Jackson, mas jogou tudo fora. – ela terminou, franzindo a testa.- Você e sua namorada, Annabeth, já estariam casados e os dois seriam imortais... Vocês teriam um lindo filhinho meio-sangue que seria respeitado por todos por ser seu filho. E o Acampamento Meio-Sangue pertenceria seria seu.

- Como você sabe disso tudo? – perguntei, quando consegui falar finalmente.

- Quando nascemos, Hécate nos dá apenas uma personalidade e uma habilidade própria sua. Só que... Comigo foi diferente. Meu pai foi o homem que minha mãe mais amou em três mil anos, e, por esse amor, quando nasci ela me passou mais do que devia. Passou-me compaixão demais, me deixou desinibida demais, esperta demais, irritante demais... E poderes demais. E um desses poderes é ver as escolhas. Não como Jano, que constrói as escolhas. Eu só posso ver as escolhas, não interferir nelas. – ela disse, com tristeza na voz. – Por que você não dorme? Eu fico aqui.

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- Tem certeza? – perguntei ainda um pouco assustado com tudo o que Kerina me falou.

Ela acenou com a cabeça, e, com esta deixa, fui me deitar junto com Annabeth, que se aconchegou em meu ombro, e fechei os olhos.

*

No meu sonho, eu estava em um lugar diferente. Uma construção grega branca, no meio de um jardim tão belo quanto o Jardim dos Deuses. E sentada na entrada da construção estava Heide. Ela parecia impaciente.

- Droga. Andem logo. Vamos, vamos... Eles são lentos! Meus deuses! Hargh!

Ela olhava para um espelho dourado e tinha uma expressão de profunda irritação. Então ela entrou no lugar e ficou andando por ele, impaciente.

Não estava entendendo. Porque ela estava daquele jeito? Nunca a vi tão ansiosa.

De repente, ela parou abruptamente suas passadas, pegou o espelho, e deu um sorriso malvado e malicioso, deixando-o cair em seguida. Ela correu pelo campo, desaparecendo de vista.

No sonho, andei ate o espelho e olhei a imagem. Eu não me via, mas sim um lugar estranho, feito de pedras entranhas e coloridas. Subitamente, senti um frio na espinha, e acordei, arfando, com Annabeth me chamando.

- Percy, você tem que ver isso.