Nutella no teto e uma nova amiga

Eu estava com sede, e resolvi pegar um copo de água na cozinha. Quando ainda estava na porta, vi o Freddy segurando um pote de Nutella derretida, e o pote estava aberto. Mangle entrou correndo na cozinha do nada, e acabou esbarrando em Freddy, que jogou o pote pro alto sem querer. Como o chocolate estava praticamente líquido, tudo ficou sujo (inclusive o teto).

— Ô Mangle, olha só o que você fez! — Freddy ficou bravo.

— Ué, é só limpar! — Mangle replicou.

— Limpa você, então, já que foi culpa sua!

— A culpa é sua também! A Chica tinha dito que era pra botar a Nutella na geladeira pra ela endurecer, mas você cagou e andou!

— Tá bom, gente, chega. Todo mundo vai limpar! Eu posso ajudar também, se quiserem. — Interferi. Eles pareceram satisfeitos com a minha sugestão, e começamos a faxina.

Tive que enrolar um pano numa vassoura pra conseguir limpar a Nutella do teto, mas ainda ficou uma mancha. Freddy estava limpando a bancada, e Mangle estava limpando o chão. Por algum motivo, a raposa teve a brilhante ideia de empurrar os restos de Nutella com o pano até a porta de casa. Conforme ela ia empurrando, um rastro marrom ficava pra trás.

— O que é isso, alguém teve diarréia aqui? — Chica perguntou, olhando a cena.

— Não, não, é só Nutella! — Eu expliquei, enquanto ria.

— Nossa, que desperdício...

— Foi o Freddy.

— Ah, claro, tinha que ser, né? — Ela olhou para o namorado, com uma cara de deboche.

Enquanto Mangle empurrava a Nutella pra fora, Freddy me ajudou a limpar a mancha no teto. Depois, limpamos a trilha que Mangle deixou, e encontramos ela na porta, vendo os cachorros comerem a Nutella que ela jogou no meio da rua.

— Nossa, mas que desperdício de Nutella! — A garota da casa vizinha apareceu na porta, olhando pra nós.

— Fazer o que? Esse imbecil aqui derrubou tudo no chão! — Mangle disse, apontando pro Freddy.

— Ei! Você que entrou na cozinha correndo igual uma maluca! — Ele tentou se defender, e nossa vizinha riu.

— Bom, meu nome é Karina, e vocês? — Ela se apresentou.

— Eu sou Drikka, e esses dois são Mangle e Freddy! — Respondi, e só então percebi que nossas partes de animais estavam aparecendo, já que a gente estava em casa. Vendo isso, a Karina revelou que era uma raposa, assim como a Mangle.

Todos acabamos virando amigos, e algum tempo depois ela tinha vindo na nossa casa almoçar. Por coincidência, nesse dia os Toys e meu primo também estavam presentes, e tinha rolado um clima entre a Karina e o Springtrap. Sendo assim, minha versão Toy tinha sido deixada pra trás, e ela estava irada. Ela não parava de encher o saco da Karina em nenhum momento, e quase chegou a bater nela (mas o Foxy impediu).

Nesse mesmo dia aconteceu um episódio parecido com o da caneta de tutti-frutti: Chica estava falando no telefone fixo, que fica na porta da cozinha. Ela nos pediu um lápis pra anotar algo, e Karina jogou pra ela um lápis verde que estava em cima da mesinha. O problema foi que ela errou um pouco os cálculos, e o objeto passou direto pela porta, indo direto na prateleira que tinha um vidro de geleia de uva.

— Opa... — Karina abaixou a cabeça, e nós rimos.

— Mais um pote de geleia quebrado. — Comentei.

— E o que acertou o pote foi o MEU lápis, né, senhora Karina? — Bonnie fingiu estar bravo com a nossa vizinha, mas riu logo em seguida.

Acho melhor começarmos a guardar nossas geleias em lugares mais seguros...