Seis

Todos se reuniram no pátio do abrigo. Maíra sentou-se ao lado de Maicom, que mantinha Vitória em seu colo. Metros a frente, a tia e a conselheira discutiam baixinho. Daiara tinha um cigarro na mão e cansaço no rosto.

— Não gosto dela — cochichou Maicom.

Nenhum deles a conhecia o suficiente para gostar. Daiara sempre foi uma visita ocasional, distante. Agora, era a única família com que podiam contar.

Ela cuspiu um palavrão e virou-se de costas para eles. A conselheira caminhou em direção aos irmãos, um sorriso hesitante.

— Perdoem o pejo de sua tia — falou. — Ela os levará para casa.