Não estou pronta

Vinte e oito


Passava de meia-noite, Daiara encarava o celular. A mensagem da conselheira tirou seu sono por dois motivos: primeiro, ela se chamava Sandra Minerva, baita nome de feiticeira; segundo, ela lhe indicou uma reunião do AA. “Um dúlcido ato de amor para consigo”, escreveu.

Daiara se horrorizou diante da ideia. Pior, reconhecia que tinha razões para aceitá-la.

Um barulho interrompeu seus pensamentos. Na porta, viu uma Vitória desconsolada. O típico chororô da madrugada.

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— Vai deitar, menina.

Os soluços intensificaram. Cacete. Teria que chamar Maicom para acalmá-la. Estava tão tarde...

— Tá legal. — Abriu espaço em sua cama. — Deita aqui, mas só hoje!