O Sol da Minha Vida

encontrando os Cullens

Bom nesse exato momento eu estou indo para a escola, é exatamente isso, depois de meses eu vou voltar as aulas, estive estudando em casa, Ângela sempre me visitava e levava os assuntos, eu até fiz umas provas para saber se teria mesmo condição de voltar as aulas ou não. O meu problema de voltar as aulas não é como os dos meninos, eles ficaram apenas três semanas em média para voltar as aulas, mas eu fiquei meses... Porque? Simples, lá na escola da reserva não tem um bando ou família com sete vampiros que fazem os instintos deles gritarem e implorar para se transformar e arrancar a cabeça de todos eles. Isso não podia acontecer por diversos motivos, entre eles estavam o fato de eu como apenas uma loba não ia vencer e sim acabar perdendo a minha cabeça, outro bem simples é que revelar aos humanos o que nós realmente somos e o que os Cullens são, ou seja, quebrar o tratado de anos a fio deixando o Sam irado por dizer aos humanos que eles são vampiros ou sanguessugas como preferir, eu já desisti de lutar para não chamá-los assim, tenho muito respeito por eles, pelo homem e médico que Carlisle é, pela mãe e companheira que é a Esme, pela amiga maravilhosa que é Alice, que mesmo tendo me abandonado sem nenhuma explicação eu não consigo a odiar, pelo esforço descomunal do Jasper para manter todos sempre calmos e felizes, pelo menino grande que é o Emmet e até pela Rosálie que nunca foi com a minha cara, mas nem por isso voou em minha jugular, ao contrário, mesmo que a contra gosto ajudou a me defender de James e é claro o Edward, o homem (Vampiro) em quem depositei todo o meu amor, fé e esperança e o que jogou tudo isso ralo abaixo. Eu confesso que no início eu me senti um lixo por isso, aí o Jake entrou na história e transformou tudo, de cada lágrima de dor ele fez um sorriso, de cada noite de choro ele transformou em paz. Desde que me transformei que é raro eu passar uma noite em casa, no inicio eu dizia a Charlie que ia para a ronda e ficava em frente à janela dele o vendo dormir, ou só ouvindo o seu coração, sempre que eu chego perto do Jake toda a dor some, é como se o buraco não existisse mais, a princípio não entendia porque, mas depois eu comecei a pensar que era em especial por Jacob, não só por ele sempre ficar feliz em me ver, ou por não ficar me olhando pelo canto do olho, esperando que eu tomasse alguma atitude que me rotulasse de louca ou deprimida, não era nada relacionado comigo, era o próprio Jacob, ele era apenas uma pessoa eternamente feliz, e carregava essa felicidade como uma aura, dividindo-a com quem quer que estivesse por perto, como um sol na terra, Jacob sempre aquecia quem estava em seu campo gravitacional, era natural, fazia parte de sua personalidade, não surpreendia que eu ficasse tão ansiosa para vê-lo, depois que descobri isso, sempre pensava a mesma coisa,  os meninos já não agüentavam mais, diziam que eu parecia um disco aranhado “Jake é como um sol na terra” eles não entendiam que foi como achar a minha cura, por isso eu estava sempre com ele, mesmo depois que ele descobriu a história dos lobos. As noites não eram diferentes, eu corri perto da sua casa e quase sempre parava em sua janela e ouvia seu coração até adormecer, o máximo que eu tinha durante as noites eram sonhos e não mais os pesadelos horrendos.  Até o dia em que o Jake me pegou com a boca na botija, nesse dia ele estava com insônia o calor não o deixava dormir direito, foi abrir a janela e deu de cara comigo dormindo no inicio da floresta de frente a ela, como eu sei? Ele me acordou e eu quase morri de vergonha, ele me fez jurar que quando quisesse ia avisá-lo e ele deixaria a janela aberta eu entraria e dormiria com ele, agora eu sempre fazia isso e quando eu não ia não dormíamos nem eu nem ele, chegaria a ser uma comédia se não fosse tão sério, teve um dia que eu não consegui enrolar Charlie e ele acabou indo lá para casa estacionou seu carro longe foi andando escalou a arvore e quando eu já estava achando que não ia dormir de jeito nenhum, o vejo cair como uma jaca madura no chão do meu quarto, o barulho foi tanto que Charlie achou que eu tinha derrubado algo e eu só concordei antes que ele entrasse no quarto, bom desde esse dia eu durmo 4 dias da semana na casa dele e ele 3 dias na minha. A vida muda, as coisas mudam e hoje eu não consigo me imaginar em um mundo onde Jake não exista. Em relação ao meu sentimento pelo Edward, ele ainda existe dentro de mim, mas eu só vou saber o que realmente é no momento que olhar em seus olhos novamente, mesmo que ele não me queira mais, não muda o que eu sinto, apesar da confusão em minha mente não me deixar saber o que é. Quanto ao Jacob, nós não estamos namorando, não enquanto eu não descobrir o que eu realmente quero, não vou ser injusta com ele e começar um relacionamento sem saber o que realmente sinto por ele, sei que existe essa coisa louca de não aguentar ficar longe dele, ou morrer de ciúmes, geralmente é nessa hora que eu quase perco o meu controle, aí o Jake vem e me abraça e eu sinto seus braços quentes e fortes em volta do meu corpo e ouço ele falar no pé do meu ouvido que está tudo bem, que eu tenho que me acalmar e eu o faço, não só por ele estar perto e não poder machucá-lo, mas sim porque seu hálito em minha nuca me deixa louca tira o meu foco e com ele toda a minha tensão. Eu ainda ando muito nervosa, apesar de que depois da descoberta do Jake eu venho melhorando muito, mas não o suficiente para não quebrar a cara de uma daquelas vadias de torcida da escola da reserva, esse foi o motivo de eu não ter ido estudar lá, até recebi um convite dos anciões já que eu sou uma descendente Quileute, mas eu preferi enfrentar os Cullens do que elas, eu me conheço e sei que no mínimo eu ia mandar umas duas delas para o hospital visitar Carlisle, ao menos os vampiros podem se defender. Eu sei que o Jake ultimamente anda ainda mais gostoso do que nunca, sua temperatura está mais alta, seus músculos mais definidos, está com quase um metro e oitenta de altura o que me deixa relativamente baixa ao seu lado já que ao virar loba eu dei uma esticada, seu tanquinho só de pensar eu já estou com calor e não pode ouvir falar no Edward que ele começa a tremer, tudo isso me faz pensar que em breve ele se juntará a nós e realmente não sei se isso é bom.   Nesse exato momento estou começando a enxergar a escola e tenho que confessar que estou muito ansiosa, quase chegando ao medo, agora eu Isabella Swan uma loba enorme de pêlo castanho avermelhado com variações de preto e algo como um loiro esbranquiçado nas pontas, com medo da escola como se fosse meu primeiro dia outra vez, certo que tudo isso se deve ao fato de eu saber que além de eu saber que vou ser os centros das atenções outra vez, tenho medo de não estar pronta para encarar tantos sanguessugas juntos, muito menos sem o Jake por perto para me acalmar, ele até que quis vir me deixar aqui, mas como eu ia explicar ele levando o carro e eu ficando sem ter como voltar, não colocaria ninguém em perigo pegando carona, portanto, pelo menos nos primeiros dias nada de fazer algo anormal ou chamar a atenção dos meus colegas.    Foto da Bella loba: <img style=\"vertical-align: middle;\" src=\"http://s.bebo.com/app-image/8161904016/5411656627/PROFILE/i.quizzaz.com/img/q/u/08/07/05/jacob_black.jpg\" alt=\"\" width=\"229\" height=\"320\" />     Ao estacionar minha picape, numa vaga distante da escola, pois caso eu precisasse sair correndo minha fuga seria rápida. Quando desliguei o motor vi os quatro vampiros afastados, nas suas vagas de sempre. Ele não estava lá. Meu nariz sentiu aquele fedor enjoativo e adocicado, que fazia minha loba se mexer inquieta, devido seus instintos serem tão provocados daquela maneira. Agarrei o volante com força, chegando a deixar os nódulos dos meus dedos esbranquiçados, leves tremores trepidavam meu corpo. Como um mantra eu repetia para mim mesma: “Bella, você tem que se controlar. Respira fundo.” Assim o fiz, inspirei e expirei pausadamente, mas aquilo não estava funcionando. Conseqüentemente me irritando mais ainda, não ajudando nada meu descontrole, sem dúvida eu estouraria ali mesmo dentro do veículo, fechei meus olhos tentando arrumar a confusão que encontrava dentro de mim. No entanto surgiu na minha mente o sorriso que iluminava sempre a minha vida, desde a época mais sombria da minha vida, sempre me salvava. Tudo se acalmou dentro de mim, eu precisava conseguir lidar com aquilo, eu tinha a força do Jake comigo, ele me dava essa dádiva. Respirei pesadamente, abri meus olhos, quando percebi Alice vindo com seus passos de fadinha encantada, seus olhos dourados mostravam certo receio, Jasper estava ao seu lado, atento a mim. Desci do carro, mais controlada, além que era inevitável não rir da alegria de Alice ao me ver, aquilo me deixou contente, afinal sempre fomos mais que amigas, éramos irmãs. Ela parou a uns dois metros de mim e franziu o nariz, o seu cheiro também não me agradava em nada, mas era a minha amiga ali. Suportaria esse incomodo por ela.   -Bella, você fede a cachorro molhado. – Sua voz era incômoda, mas sem deixar de ser divertida. -Você também não tem o cheiro nada agradável para mim. – Retruquei. -Eu queria até poder te abraçar, mas acho que arrancaria sua cabeça. -Isso seria divertido. – Ela falou sarcástica. -Adorei seu corte de cabelo, bem moderno, ainda mais suas roupas. Meu vestuário mudou consideravelmente durante esses meses, agora vestia regatas ou batas, roupas leves, quando não eram vestidos, pois sentia muito calor, além que carregar roupas pesadas nos tornozelos não era nada agradável. Dessa maneira as roupas eram grandes mudanças da minha nova vida.   Hoje estou usando uma bata azul de um ombro só, com uma calça jeans e tênis, agora ainda havia um corpo muito mais bonito de se mostrar, com algumas curvas, que eram inimagináveis alguns meses atrás. Hoje olho para o espelho e fico feliz com o que é refletido por ele. -Obrigada Alice. – Eu falei rindo, confesso que achei que seria muito mais difícil, acho que a força que Jake me dá permite isso, ainda mais os sentimentos que nutro por essa vampira. -Se não fosse o seu fedor eu diria que você está muito bem. – Ela falou vitoriosa. -Digo o mesmo, Alice. – Eu caminhava pelo estacionamento.   Os dois sanguessugas ficaram ao meu lado, mantendo uma distância segura, agradecia mentalmente por isso. Toda vez que, por algum segundo que fosse, o cheiro enjoativo deles me incomodasse, bastava lembrar do meu sol. A cada passo que eu dava, os olhares indiscretos recaiam sobre mim, logo os cochichos apareceram, agora eu podia ouvir tudo, graças a minha nova audição de lobo. Os comentários variavam, hora eram sobre a minha nova condição física, e outras era minha aproximação com os Cullens e por fim também havia hipótese do motivo da minha ausência de meses. Na porta da escola vi Emmet com Rose, fiquei com receio de chegar perto deles, afinal será que teria controle para isso? Minha porção loba estava controlada pela minha saudade por esses seres, que eram vistos por mim com carinho, eu tinha saudade de cada um deles. Isso tranqüilizou a minha fera assim eu pude chegar próximo ao casal. Ela fez uma careta enquanto eu me aproximava, sem dúvida meu cheiro era igualmente incomodo como os deles também eram para mim. Já seu companheiro riu para mim, confesso que senti falta daquele grandalhão, principalmente do seu sorriso de moleque. Quando ele me viu sorriu e comentou: -Bella, adoraria um dia lutar com você. – Seus olhos brilhavam. -Imagino como você deve ser uma loba feroz. -Seria um prazer Emmet. Não sou mais frágil como anteriormente. – Mexi com ele. Sua risada ecoou pelo corredor da escola, as pessoas ao redor viraram sua atenção para nós, pelo jeito teria que me acostumar com os olhares indiscretos. Minha mente doentia logo me fez algumas perguntas: E ele? Onde estaria? Por que não estava aqui com os irmãos? Será que ele está com nojo de mim? Odiei a mim mesma por ter tais idéias, mas não posso negar que as tive e que de certa forma senti pela sua falta de consideração comigo. Os vampiros se despediram de mim e segui pelos corredores. Cheguei ao meu armário no corredor, o abri com calma, tudo estava intacto, como se o tempo tivesse sido congelado naquele espaço, quem me dera se todo o restante da minha vida tivesse sido daquela maneira. Suspirei ao constatar que nada mudaria, aquilo não era um sonho e sim minha realidade.   Quando estava fechando a porta do armário, ouvi ao longe Jessica conversando com algumas meninas, ela dizia que eu devo ter tomado algum remédio para crescimento, pois ela tinha me visto meses antes, franzina e abatida, depois do abandono Dele, mas hoje estou bonita e diferente. Sorri com aquilo, mal sabe ela que tudo havia mudado na minha vida, eu não era a Bella de antes. Escutei uns passos apressados nas minhas costas, uma batida de coração acelerada, como se tivesse nervoso, quando eu ia me virar para certificar quem era, escutei a voz de Mike: -Bella, como você está diferente. – Seu tom era malicioso.  -O que aconteceu para você ficar mais “Bela” do que já era? -Mike, obrigada pela sua consideração e elogio. – Eu falei sarcasticamente, algo que aprendi ser com os meninos com suas provocações.  -Eu finalmente deixei de ser fraca e me tornei uma mulher forte. Sorri e o deixei parado no meio do corredor, estático com a minha resposta, enfim sempre fui recatada, sempre envergonhada com tudo, mas agora eu convivia direto com um bando de meninos implicantes, respostas ácidas foram rapidamente aprendidas. Achei graça daquilo, segui para a secretaria, para pegar meu horário. Todos ficaram encantados com a minha mudança, que não era comentada por mim o motivo dela, algo que decidi com Sam, não falaria nada, deixaria as pessoas criarem inúmeras hipóteses, ninguém acertaria mesmo. As horas passaram rapidamente, nada dele aparecer, acho que seria melhor assim. Certo? Não sei, tenho que ser sincera em dizer que desejo ver ele, para saber o que realmente sinto e sair dessa angustia. Contudo ele parecia ser sincero, não gostava de mim desde o dia que se foi de Forks. Quando aula acabou fui em direção a minha picape, quando vi meu sol encostado na sua moto seu sorriso me aqueceu por completo. Os suspiros saíram das garotas quando o viram, aquilo me irritou profundamente, logo os tremores leves cortaram meu corpo, Jake sorriu com aquilo e balançou a cabeça negativamente, acho que desaprovando minha raiva por aquelas sem noção da morte. Eu estava a alguns poucos passos dele, quando vi no manto verde próximo a escola a figura perfeita Dele, com seus olhos dourados perfeitos em mim. Parecia que ele queria falar algo comigo, isso era estranho, pois foi ele quem não me quis mais. Minha respiração suspendeu, não sabia o que pensar ou sentir, Jake percebeu a minha paralisação no meio do caminhar. Virou o corpo e viu o motivo daquele meu comportamento. Nunca escondi dele minha dúvida sobre o que sentia em relação a Ele, esse era o motivo principal por ainda não assumirmos um relacionamento sério. Meu sol abaixou a cabeça, seus ombros caíram derrotados, nesse momento senti as mãos super quente dele nos meus pulsos. Meus olhos o encaram, havia ódio no seu rosto, tremores agora o faziam trepidar na minha frente, aquilo me alarmou. -Vai lá resolver isso logo. – Ele falou isso entre dentes. -Estarei por perto, caso precise de mim. -Jake... – Não sabia o que falar. -Estarei sempre te esperando, não fiz isso antes? – Mesmo querendo mostrar firmeza seus olhos negros eram receosos e furiosos ao mesmo tempo.  -Mas antes eu quero fazer uma coisa. Sem esperar por uma possível resposta minha, ele colou nossos lábios, toda incerteza que eu tinha se calou com aquele beijo. Meses juntos nos fizeram saber como nossas línguas podiam se encontrar com tamanha perfeição, elas fazem isso perfeitamente, como agora. Quando nos separamos, percebi que sua temperatura estava muito elevada, aquilo me deixou muito preocupada, Jake viu isso no meu olhar e disse que estava bem, só queria que eu resolvesse logo a nossa situação. Apertei mais o seu abraço a minha volta, precisava de toda paz que podia conter naquela pessoa para mim. Baixei minha cabeça, com vergonha da pessoa maravilhosa que era Jake, eu com meu egoísmo eterno, o machucava mais uma vez. Contudo eu precisava saber, assim caminhei até a figura perfeita, com seu sorriso torto de sempre. Era agora ou nunca eu veria o que realmente se passa dentro de mim. A cada passo dado por mim, ele se mexia mais inquieto, talvez meu novo aroma o incomode imensamente, seu olhar era emocionado? É isso que eu estou vendo? Mas por que isso? Aquilo confundiu mais ainda minha mente e sentimentos por ele. Já estávamos protegidos pela floresta, virei meu corpo para frente do dele, o encarei com receio, não sei o que acontecerá. Ele parecia feliz a me ver, se pudesse estaria chorando. Eu não sabia o que falar, já tinha desejado esse encontro fervorosamente, mas agora que ele estava acontecendo não sei o que fazer. -Minha Bella. – Seu tom era de alegria.  -Você está mais linda do que nunca. Nem o seu cheiro é tão repugnante assim para mim, talvez seja porque ainda lhe amo intensamente, como se você fosse a minha vida. Por mais bizarro que aquilo poderia soar para mim, nunca imaginei aquelas palavras serem ditas para mim por Ele. Aquilo pareceu ser um terremoto no sentimento de abandono que eu possuía. O que significava aquelas palavras? -O que você quer dizer com isso? – Eu sussurrei. -Que mesmo que você não seja mais a Bella de antes, eu ainda te amo como sempre amei. – Ele tentou se aproximar, mas dei um passo para trás.  –Me separar de você foi a coisa mais difícil que eu já fiz na minha existência. Você acreditou tão facilmente que eu não te amava, como pode duvidar disso? -Por que você me abandonou? – Eu estava alarmada com aquilo. -Eu queria te proteger do meu mundo, você era tão frágil, tão humana. – Ele tinha sua voz sofrida.  -Não queria que você se ferisse. Mas acabou que eu fui responsável pela sua transformação.

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