O Colapso

Capítulo 2


Capítulo 2

Após realizar todas as suas tarefas, Yumi foi até a barraca de Lauren para achar algo que poderia ajudar em sua vingança. Estava a remexer nas coisas da garota, porém acabou sendo pega pelo robô J2.
- Com licença, Srta. Yumi, meu protocolo diz que, segundo o co...
- Shh - disse, tampando a boca do robô (sim, robôs têm boca)
Esperou que J2 acabasse de falar e tirou a mão de sua boca.
- J2, também sei que, segundo o protocolo, espionagem não é permitido - riu - Agora, se me dá licença, tenho que... hmm... recuperar algo que deixei aqui.
- Srta. Yumi. - disse o robô, segurando seu ombro - Lady Bizzo deseja falar com você.
- LADY Bizzo? - riu alto - Eu só chamo ela de Bizzo. Não me importo para seu protocolo ridículo. Diga para ela que estou ocupada, sim?
- É urgente! - gritou o robô
Yumi suspirou.
- Argh, está bem, mas vou reportar você por invasão de privacidade! - gritou e saiu
O robô continuou no lugar, não deixaria a menina escapar das ordens de sua superior. Sem alternativas, Yumi saiu da barraca, brava. Ia adentrando a floresta e, no caminho, observava as árvores ainda de pé, as flores, as barracas, as...
Ploft! Havia tropeçado.
- AI, MERDA! - gritou - SEMPRE TENHO QUE TROPEÇAR!
Todos os soldados pararam o que estavam fazendo e olharam para a garota estranha.
- Ei, cuidado com o que fala. E cuidado por onde anda - riu - Aqui, dê-me sua mão. - a menina que ali se encontrava era a grande e famosa veterana Raven. Seu cabelo preto estava preso com um coque.
- O-olá! Meu nome é Yumi e...
- Sei quem você é - riu - Por favor, acompanhe-me, quero lhe mostrar algo.
Yumi enfiou as mãos no bolso.
- Err, eu adoraria, mas tenho que ir.
- Hm? Para onde está indo? - disse Raven, desconfiada
Yumi olhou para os lados. Tentou falar, mas teve medo, medo de ser julgada, afinal, se a líder queria vê-la, não deveria ser por algum bom motivo.
- Quer saber? - comentou Raven - Não me importa o motivo. Apenas vá, sim? Amanhã, por favor, me encontre no refeitório às 7 da manhã.
- Claro! - concordou a garotinha
E foi andando. Distraiu-se novamente (não tinha pressa). Desta vez, com uma barraca um tanto peculiar, cheia de flores, colorida e com um cheiro notável. "Preciso ver quem dorme ali" e assim foi.
- Olá? - balançou os braços na frente da cortina - Alguém aí?
- VÁ EMBORA! - gritou o ser que ali dormia
Yumi recuou. Resolveu não incomodar.
- Ei, espere - disse - Desculpe, não quis ser grossa. Meu nome é Maria!
Ela tinha uma aparência medonha. Seus cabelos brancos estavam molhados por causa da chuva, e usava um moletom assustador. Yumi não temeu, e se apresentou.
- Meu nome é Yumi. Amigos íntimos me chamam de Pipoca!
Maria parou por um instante.
- Ah, desculpe-me, estamos em um apocalipse, blá, blá, blá. Tudo bem, sou só Yumi mesmo..
- Não, não, não é isso, de jeito nenhum! Eu odeio esse papo furado de que não devemos curtir a vida. Ora pois, estamos vivas, e eu não irei passar o resto de minha vida trabalhando e ajudando marmanjos a se sustentar! - rosnou
Pipoca riu. Gostara daquela garota. Finalmente alguém de bem!
- SRTA. YUMI! - gritou o robô
- CERTO, ESTOU INDO! - rosnou - Certo, estou indo. Hmmm, Maria?
- Sim?
- Eu e Raven iremos se encontrar amanhã, às 7 horas no refeitório. Gostaria de vir?
A garota sorriu.
- Mas é claro! Será um prazer!
E assim, Yumi foi até a barraca de Bizzo.
— - - - - -
FUUUM
A trombeta soprou. Todos os soldados foram até suas barracas, para finalmente descansar, após mais um longo dia de trabalho. A líder Kath certificou-se que todos issem para suas barracas, para que podesse admnistrar o acampamento.
- Ei, Kath! - gritou Dimitri, o veterano de cabelos marrons e olhos de cores diferentes - Boa noite!
- Boa noite, Dimitri! - em seus bons momentos, Kath podia ser gentil
O garoto foi apagou as luzes de sua barraca.
Imediatamente, Kath correu até a floresta, preocupada. Suor escorria pelo seu rosto. Após uma longa corrida, um garoto, de cabelos brancos, usando uma touca vermelha e um medalão chamativo acabou trombando com a líder. Ao invés de pegar sua arma e eliminar aquele menino, ela o abraçou.
- Kath. - sorriu
- Senti sua falta - disse, chorando - Não entendo como é ficar sozinho, zanzando por aí, tentando que se virar para ter o que comer e beber. Kris, eu te amo.
Ele sorriu.
- Também te amo. Mas te chamei aqui por uma urgência.
A líder se afastou do abraço e esperou.
- Eu estava andando por aí. Acabei flagrando a Lauren e o Kim juntos, no coração da floresta, se... você sabe o que.
Kath parou. Não sabia se sentia raiva ou se continuava a ouvir. Claro, a segunda opção era melhor.
- Eu sei, ambos são de diferentes equipes, mas, Kath, eu estou aqui, pois ainda tenho esperanças de unir as duas equipes novamente!
A garota virou as costas.
- Kath! Por favor, me escute!
- Kris, não dá! Você sabe o que nos separou, não sabe? É impossível voltarmos a nos reunir!
- Não, Kath, eu não sei o quê. Só sei que, separados assim, nunca iremos sobreviver. - afirmou Kris
- Certo. Vou dar um refresh em sua memória. Era dezembro de 2050. Estávamos todos juntos, conversando, rindo em volta da fogueira. Tudo estava bem. Apesar do apocalipse, ainda tínhamos esperança e alegria. Mas, Kris, pelo amor de Deus, Kris - que ele nos salve -, tudo deu errado naquela noite! Ouvimos um tiro! Achamos Jope, morto, morto por uma faca! A faca de Raven!
Ficamos desesperados. Como ela, um amor de pessoa, poderia fazer aquilo? Cada membro escolheu em quem confiar. Raven, ofendida, não quis ser a líder, para parecer menos suspeita. Então Bizzo... - suspirou - Bizzo escolheu defender a assassina desgraçada. Que ela fique bem! Algo deve ter ocorrido com a cabeça dela. Por que escolher alguém assim, Kris, por que?
- Eu não sei. - disse Kris
Ambos olharam para o céu.
- Meia noite. Temos que ir. - disse Kath
- Sim. Mas, por favor, Kath, lembre-se: a faca é uma prova muito fraca. Eu acredito que o assassino de Jope logo se revelará. Então, teremos nossa vingança feita, e as equipes, se juntarão novamente.
- Não importa quem matou - suspirou Kath - Cada equipe tem um ideal diferente. Que continue assim. Não suporto olhar para todos meus ex-amigos e lembrar que, um dia, já pensamos igual. Até mais, Kris. - e pôs-se a abraçá-lo
- Até mais, Kath.

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