Começo de Junho – Aproximadamente 14 Anos Atrás

Andrew e Christine não saberiam dizer ao certo como foi a primeira vez que se viram, acontece quando você é um bebê de colo.

Eles não saberiam dizer quando foi a primeira vez que ficaram juntos na mesma sala sob os cuidados da mãe de um deles ou de outra pessoa, mas eles sabiam de muitas coisas.

Se lembravam da primeira conversa que tiveram quando já tinham idade para ter lembranças mais claras do que sonhos infantis sobre comida. E por mais estranho que fosse isso havia acontecido durante uma brincadeira.

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Eles haviam ficado juntos em uma brincadeira de esconde-esconde no começo daquele mês de junho, comemorando o começo das férias de vários alunos. No começo do mês seguinte, quando Christine fizesse quatro anos e as coisas se acalmassem no Instituto Xavier e nos Vingadores, eles fariam uma festa para comemorar o aniversário, o que deixou as crianças animadas.

Então como muito alunos de semestre já haviam voltado para suas casas Emma Frost combinou com as mães das outras crianças de deixar os pequenos brincando no jardim sob a supervisão de alguns agentes da Shield.

Normalmente Christine estaria de mãos dadas com Claire, que era sua irmã de coração, a pessoa que parecia entendê-la muito mais do que deveria para uma criança de dois anos. Mas naquela altura da brincadeira Claire resolveu que estava com fome e uma agente levou a menina para a cozinha.

A contagem já estava na metade quando Andrew passou ao lado de Christine e a puxou para o seu esconderijo secreto: um espaço oco dentro de uma árvore oculto por um vão estreito o suficiente para que a maior parte das pessoas não notasse que existia.

—O que estamos fazendo aqui? –A garota não gostava de ser levada.

—Nos escondendo, você ia perder a rodada se continuasse parada. –E Andrew não gostava de comandar. –Na próxima rodada você pode escolher o esconderijo.

—Tudo bem, eu gostei desse. –E mesmo com a pouca claridade Andrew pode ver o sorriso cintilante de Christine, o que fez seu rosto queimar.

Eles ficaram em silêncio por algum tempo até o garoto notar que o vigia estava indo para o outro lado da mansão e contar isso para a menina que sorriu animada.

—Vamos correr e salvar o jogo?

—Como?

—Vamos Andy, podemos salvar o jogo se formos rápidos.

O garoto sorriu diante da animação de Christine.

—Tudo bem, eu te dou cobertura.

Os dois saíram correndo o mais rápido que podiam em direção ao ponto de salvamento tão rápido que quando o pegador da vez, Drake Foster, percebeu eles já estavam perto demais para que seus poderes o ajudasse.

Andrew e Christine comemoraram muito a vitória no jogo, o suficiente para conseguir chamar a atenção de alguns adultos que saíram no jardim para ver a algazarra que os dois pequenos faziam.

Uma dessas pessoas foi Emma, que sorria diante da animação da filha com algo tão simples.

—Já contou a ela? –A mulher sorriu diante da voz calma de Hank.

—Vou contar hoje, mas acho que ela desconfia que algo não está como antes. –Emma olhou para Hank sorrindo. –Obrigada.

O homem fera sentiu seu rosto queimar e então riu.

—Não é fácil dizer não a você.

—Eu sei. –Emma voltou a observa a filha. –Acho que preciso conversar com a Daisy.

—Sobre?

—O fato que o filho dela parece apaixonado pela Chris.

—Parece? –Emma encarou Hank curiosa. –Ele está perdidamente apaixonado por ela.

Emma acabou rindo e voltou a observar como Christine fazia Andrew sorrir cada vez que segurava sua mão ou lhe dirigia um sorriso inocente cheio de carinho e felicidade.

Algo dizia a ela que a filha estava sorrindo daquela forma apenas por que era Andrew que estava ali e apenas por ele estar ali.

E então Emma desejou que a filha nunca sofresse o que ela sofreu quando se apaixonou pelo pai de Christine.

Continua...