A Ordem dos Cavaleiros

Arco Arcádias - Kairos


A missão para a tomada de Arcádias estava apenas começando. Os Cavaleiros da República tiveram que lidar com diversos obstáculos dentro do plano original para a tomada da capital, mas graças às informações sobre o planeta disponibilizadas pelo Agente 04 ao cavaleiro das trevas e as capas disponibilizadas por Riruzen, os nobres não conseguiram identificar o eminente ataque da República.

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— 04, está me ouvindo? – perguntou Tiago, enquanto esperava a resposta do traficante de informações pelo comunicador.

— Sim, estou ouvindo! Minhas informações sobre o fechamento da capital foram úteis? – perguntou 04.

— Sim. Devo admitir que sem as suas informações e os equipamentos do Alone, a tomada de Arcádias seria muito mais difícil, mas tem certeza que não sabe a localização dos rebeldes? Eles são amadores, não devem conseguir manter a camuflagem o tempo todo – retrucou o cavaleiro.

— Acho que você está subestimando os rebeldes, mas entendo o que está pensando. Enfim, ouvi alguns rumores que eles estão reunindo um exercito para a tomada da capital, parece que vão se reunir em Ginly, já adicionei as coordenadas no seu mapa – explicou o traficante de informações.

— Obrigado por essa, vou desligar. Até mais – disse Tiago.

— Espere! Tenho um favor a pedir! – disse o traficante de informações ansioso.

— Diga de uma vez! – disse Tiago com muita pressa.

— Ouvi humores que foi desenvolvido uma nova ferramenta pelo Império de Ember, ela é capaz de quebrar barricadas imensas. Se for verdade, seria ótimo se você pudesse me entregar pelo menos uma arma assim – explicou o agente 04.

— Uma troca de favores? Se você prometer não usar em nenhum republicano, eu consigo para você – disse Tiago.

— Excelente! Muito obrigado, acredito que os rebeldes roubaram essa arma, ela também deve ser útil para entrar na capital – agradeceu o agente 04.

— Ok! Desligando. – O cavaleiro desligou a chamada e continuou seguindo a estrada para a cidade mais próxima.

O cavaleiro decidiu seguir a dica do traficante de informações e voou para Ginly, local que estava recebendo diversas noticias sobre um rebelde que invadiu um leilão de escravos e declarou guerra a todos os nobres de Ember.

— Senhor, pode me dar um desses web jornais? – perguntou Tiago.

— Claro, mas vai ter que pagar sete Rubis – avisou o vendedor.

— Claro! Deixe me ver... Parece que estou sem dinheiro, mas obrigado pelo seu tempo – disse Tiago enquanto passava as mãos em seus bolsos, despedindo-se do vendedor.

— Foi fácil! – disse Ryo, próximo ao pescoço de Tiago.

— Está acordado? Pensei que você ficaria dormindo depois do que houve em Frug – disse Tiago, enquanto lia o web jornal que roubou.

— Deixa de ser chato! Eu estava te dando um tempo para se acostumar com o braço novo e com a condição que foi imposta a você – explicou Ryo.

— Obrigado por me lembrar disso – disse Tiago com um tom sarcástico.

— Enfim, isso é bem interessante. Um rebelde declarou guerra contra todos os nobres de Ember, isso não é pra qualquer idiota – disse Ryo.

— Bom, declarar uma guerra contra o terceiro maior poder do Império de Ember realmente não é muito inteligente, mas essa capa... Não é possível que seja um deles – disse Tiago, enquanto passava próximo ao vendedor de antes, silenciosamente, e devolveu o jornal.

— Está preocupado? O que eu perdi enquanto dormia? – questionou o Extreme.

— Nada demais. Enfim, parece que a capital será fechada completamente por conta do ataque rebelde, ainda bem que eu entreguei um bloqueador de escudos para o Gabriel, ele deve ter colocado em algum lugar interessante – disse Tiago.

— Mudando de assunto, seu INT evoluiu bastante – disse Ryo, ao perceber que seu cavaleiro usou INT para esconder sua presença.

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— Não foi nada demais. De qualquer forma, preciso pensar em um plano para encontrar os rebeldes – disse Tiago.

O cavaleiro estava pensativo sobre os acontecimentos na catedral da capital, mas decidiu focar-se em sua missão, ele passou um dia andando pela cidade utilizando seu INT para esconder sua presença de todos os cidadãos. O plano não parecia muito efetivo, mas ele conseguiu ouvir algumas coisas sobre a grande reunião dos rebeldes na noite daquele dia.

— Será próximo às ruínas de uma sociedade antiga? Já adicionei ao mapa – pensou Tiago.

A noite caiu com o frio da mudança de estação, enquanto o cavaleiro se preparava para encontrar os rebeldes, os nobres estavam discutindo sobre como lidar com o audacioso rebelde que atrapalhou o leilão de escravos. Eles elegeram um substituto para Tomille para se reunir com o mestre Kairos, que estava coberto por roupas negras, enquanto tomava uma xícara de café em seu salão.

— Senhor Kairos, você vai deixar impune o ataque terrorista aos nobres aqui em Arcádias? – perguntou o nobre substituto.

— O que está fazendo aqui? Espero que não tenha vindo para me estressar e falar o obvio – disse Kairos, irritado com a presença do nobre.

— Me desculpe, meu senhor, peço perdão por minha insolência, mas você não acha que isso pode ser um ataque à Arcádias? Esses rebeldes estão conseguindo muitas armas, talvez a República esteja por trás disso... O que está fazendo? Mestre Kairos? – disse o nobre assustado, enquanto seu corpo se movia contra sua vontade.

— Você fala demais! Eu já pensei nessa hipótese, mas não é possível a República apoiar o movimento dos rebeldes, eles são muito frescos quando se trata de terrorismo, ou seja, não tem com o que se preocupar. Nesse caso, que tal dançar um pouco para mim? – disse Kairos, enquanto controlava o nobre como uma marionete e o fazia dançar contra sua vontade.

— MESTRRRRRRRRRRRRRRE KAIROS, POR FAVOR, PARE COM ISSO. EU PROMETO NUNCA MAIS TE IRRITAR – pediu o nobre.

— Cale-se, marionetes não falam – disse Kairos, enquanto obrigava o substituto de Tomille a realizar acrobacias que matariam qualquer inexperiente no assunto.

— PARE, POR FAVOR, SENHOR KAIROS, EU PROMETO NUNCA MAIS FALAR EM SUA PRESENÇA – disse o nobre em lágrimas.

— Você realmente é um saco, mas vou seguir o seu desejo, você deveria se sentir honrado por isso. Nunca mais vai falar na minha frente – disse Kairos, que conduziu o nobre a jogar-se da janela do salão.

— Ele devia me agradecer, fui mais do que piedoso ao seguir a vontade dele – disse Kairos, enquanto voltava a tomar seu café.

— Peço que se acalme ou vai acabar derrubando seu café – disse uma voz ao redor de Kairos.

— Quem se atreve a falar comigo sem minha permissão? – questionou Kairos.

Dentro de várias nuvens negras, aparecia um cavaleiro coberto de faixas e correntes, que carregava consigo o nobre que havia sido jogado pela janela por Kairos.

— Levi Fosster? O que um subordinado do verme Charlie Hunter está fazendo aqui? – questionou Kairos, enquanto via o nobre que havia jogado pela janela fugir pela porta.

— Senhor Kairos, peço perdão por me intrometer em seus assuntos, mas decidi vir para Arcádias para servi-lo, meu senhor – disse Levi Fosster se ajoelhando.

— Não preciso de nenhum escravo daquele verme! Aquele lunático não merece tamanha credibilidade – disse Kairos, que começou a ficar irritado com a situação.

— Sinto muito por incomodá-lo, mas não estou aqui a mando dele, meu senhor, estou aqui para ajudá-lo a acabar com o iminente ataque da República à Arcádias – explicou o assassino.

— Não acredito que eles tenham coragem ou motivo para atacar um lugar como esse. Principalmente, porque sabem que esse planeta é um membro fundador do Império de Ember, ou seja, se eles tomarem esse lugar, eles entrariam em conflito direto contra os Lordes e aqueles nobres inúteis – retrucou Kairos.

— Entendo, faz sentido. Nesse caso, peço perdão por me infiltrar em seu planeta sem sua permissão, por isso que tal eu ajudá-lo a pegar os rebeldes que estão lutando contra seu regime – propôs Levi.

— Lutar contra meu regime? Sabe quantos planetas de Ember aboliram a escravidão? Todos, menos Arcádias, quer saber o motivo? É porque o Imperador tem medo de desafiar minha autoridade e precisar recorrer a pessoas como o seu mestre – explicou Kairos, que pela primeira vez ficou mais de oito minutos conversando com outra pessoa.

— Então é isso que pensa? Peço que perdoe minha pergunta, meu senhor, mas como um Lorde de Ember trata o Imperador Vissek dessa forma? – questionou Levi.

— Lordes? Ember? Você acha que algum Lorde, tirando o Amon Stark, se importa com esse sistema? Eu apenas quero fazer tudo o que eu quiser, quando quiser e apenas me preocupando comigo mesmo, esse é o motivo que tenho para aceitar as ordens do Imperador – disse Kairos.

— Entendo. Obrigado por sua resposta, mas, voltando ao assunto inicial, o senhor gostaria que eu matasse os rebeldes? – perguntou o assassino, mas antes de ter uma resposta foi arremessado contra a parede pelas linhas de Kairos.

— Quem foi que te permitiu mudar de assunto? Apenas suma da minha frente e acabe logo com aquelas bolhas de lama, que não são nem mesmo dignos de serem chamados de insetos. – perguntou Kairos, enquanto voltava a beber o café em sua xícara.

— Sim, meu senhor! – disse Levi, que foi solto das cordas e saiu pela porta.

— Subordinado de Charlie Hunter, será que aquele mágico de meia tigela está planejando alguma coisa? Não, ele não deve ser capaz de tentar me desafiar – pensou o Lorde, que voltou a relaxar em seu trono.

— Ele é bem durão, não é? – disse Levi, enquanto caia encostado nas paredes do castelo.

O Império de Ember foi um dos primeiros sistemas a ser formado. No início, seu principal método para manter a economia era o comércio de escravos, mas, após alguns séculos, os Cavaleiros Dellóscurita tomaram o controle do império e o atual imperador aboliu a escravidão. Na época houve uma votação entre todos os planetas e, tirando Arcádias, aceitaram a abolição. O motivo da não abolição era os nobres, que naturalmente são inquestionáveis, eles não aceitaram a abolição, e, para não dividir o sistema, o Imperador concedeu a eles controle total de Arcádias, por isso a escravidão continuou apenas nesse planeta.

— Ei, Levi Foster, correto? – perguntou a empregada, que se agachou para conversar com ele.

— Sim, você trabalha aqui? Poderia me ajudar a me levantar, por favor? – disse Levi, que estava com as pernas tremendo por ficar perante a presença de Kairos por muito tempo.

— Você já foi escravo, estou certa? – perguntou a empregada com um sorriso.

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— Você realmente sabe de tudo? – brincou Levi.

— As faixas que estão cobrindo seu corpo estão um pouco soltas, por isso consegui ver o símbolo que é cravado no braço dos escravos de Arcádias, e como está andando livre por aí...– explicou a empregada.

— Entendo, e você seria? – perguntou Levi, que começou a se interessar pela empregada.

— Sou Alice Prince, estou aqui a pedido de minha mestra Alessandra, para entregar alguns papéis, mas não posso falar sobre isso com homens enfaixados – brincou Alice.

— Parece que apenas eu posso ter segredos revelados por aqui, estou um pouco triste por isso, mas agradeço pelo papo – disse Levi, enquanto apertava suas faixas e levantava.

— Por nada! Foi um prazer conhecê-lo, você realmente é muito educado, nem parece que é um dos subordinados daquele homem – disse Alice.

— Obrigado, mas posso te fazer uma ultima pergunta? Por que está vestida como empregada? – perguntou o assassino.

— Acha que tem algum motivo? – perguntou Alice, enquanto se levantava.

— Para se misturar e passar por todo mundo sem chamar atenção para você, estou certo? – deduziu Levi.

— Na verdade... Eu apenas gosto – disse a mulher com um sorriso no rosto.

— Entendo. Você realmente fica bem vestida assim – disse Levi.

— Obrigada, eu queria que tivéssemos nos encontrado em uma situação diferente para conversar um pouco mais, mas o mundo tem dessas coisas. Até mais – disse Alice sorrindo, saltitando para a porta em que Fosster havia acabado de sair.

— Até mais – disse Levi, enquanto atravessava o corredor.

Enquanto Kairos havia incumbido a Levi Foster a tarefa de encontrar os rebeldes, o aprendiz de Gui-gon finalmente chegou ao encontro deles. Para entrar sem ser percebido, ele usou INT, escondendo-se dentro da multidão para entrar nas ruínas.

— Poderíamos ter chegado mais cedo se você não precisasse fazer as aquelas “configurações” no seu braço mecânico – reclamou Ryo, que estava se materializando como um pequeno lagarto no pescoço de Tiago.

— Falar é fácil, esse planeta vive mudando de estações! Ele é meu inimigo natural, eu acabo sempre tendo que fazer as configurações no ProtMacAvaz para que ele não congele ou fique mais pesado. – explicou Tiago.

— O seu Kamui não é do tipo B? Ele deveria ser a prova de qualquer tipo de ataque, por que não consegue recuperar seu braço? – questionou Ryo.

— Eu já expliquei isso para o Gui-gon, Yoda, Caspian e Gabriel, o problema não é o meu Kamui, mas o ataque do Charlie Hunter, as cartas que cortaram o meu braço estavam encharcadas com uma habilidade chamada Attacco, que é capaz de anular a “invulnerabilidade” do tipo B, ainda não tive tempo de aprender essa coisa, principalmente porque Gui-gon está em uma missão fora de Fiore. – explicou Tiago.

— Entendo, aprenda isso sozinho – reclamou Ryo.
— Não faço nem ideia de como fazer isso. Enfim, fique quieto, porque os líderes devem falar ao público em algum momento – retrucou Tiago, enquanto se sentava.
O cavaleiro havia concluído a primeira parte do plano, que envolvia encontrar os rebeldes, mas a parte mais difícil seria fazer com que eles se aliassem a República e compartilhassem as informações sobre Arcádias para que o ataque ao planeta ocorresse sem nenhum imprevisto.
— Boa noite a todos, eu sou Taunk, um dos líderes dos rebeldes e agradeço a todos por conseguirem vir a esse local sem serem seguidos, principalmente na época em que a segurança está mais rígida pela chegada dos nobres. Alias, peço que perdoem a ausência de alguns rostos conhecidos, eles estão presos na barricada que está protegendo a capital, devido ao ataque que ocorreu hoje. – explicou o líder.
— Não foram vocês que atacaram a capital? – questionou um dos convidados.
— Não, eu garanto que esse ataque não foi feito por nenhum membro dos Rebeldes de Arcádias – explicou o Taunk.
Aquela explicação sessou os rumores de que o ataque terrorista, que tinha como alvo os nobres, foi armado pelos rebeldes. Isso tranquilizou todos os convidados, pois a maioria ainda estava em dúvida sobre se juntar à rebelião, mas apenas Tiago interpretou a explicação de Taunk de uma forma diferente, “aquele idiota” pensava o cavaleiro, porque ele deduziu exatamente o que aconteceu na capital. A raiva do cavaleiro fez com que ele perdesse o foco de seu INT por alguns instantes, tempo necessário para ter uma espada abaixo de seu pescoço.
— Quem é você? – perguntou a mulher, que parecia ter se movido mais rápido do que a velocidade do som para colocar sua espada nas mãos do intruso.
— Parece que o plano não vai correr como esperado – pensou Tiago.