Pasíon Prohibida

Pasión - 26


NO OUTRO DIA...

O dia começou escuro e um tanto estranho podia se dizer que tudo que acontecesse naquele dia seria marcado para sempre, Cristina não se moveu em nada para ajudar nos retoques finais da cerimônia e se trancou em seu quarto para não ver nada. Consuelo e Francisco não estavam na fazenda e isso era preocupante para todo o andar daquele dia.

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Frederico estava pronto e recepcionava a todos os convidados sentia uma coisa estranha, mas não mudaria de ideia queria aquela redenção e nos braços de Maria teria pelo menos assim ele achava, mas o mundo andava ao redor dele e qualquer segundo de distração poderia ser fatal. Faltava apenas uma hora para o casamento quando Raquela entrou no quarto em busca da irmã e não a encontrou ali e olhou o pequeno berço e Lia estava ali linda e adormecida como um anjo.

Ela buscou por sua irmã e Cristina saiu do banheiro toda vestida de branco era um lindo vestido solto e de apenas uma alça dando a ela um decote maravilho e ela sorriu vendo sua irmã ali que não entendia porque ela estava vestida daquele modo.

— Porque está vestida assim? - sentiu uma coisa estranha naquele momento e Cristina a olhou sorrindo.

— É dia de festa e preciso estar linda! - se olhou.

— Cristina, mas somente as noivas vestem branco no casamento! - falou com calma. - Porque não coloca outro vestido?

Cristina sorriu e foi até sua bolsa e colocou em seu braço e depois pegou a filha e entregou a ela.

— Vamos que não quero me atrasar e prometa para mim que não a dará a ninguém mesmo que peçam! - os olhos estavam no de sua irmã e ela falava muito serio. - A bolsa dela está pronta e no momento certo nos vamos! - beijou a cabecinha da filha e depois a de sua irmã e caminhou para sair, mas como se sentisse algo estranho voltou e pegou a filha nos braços e saiu junto a ela para o andar debaixo.

O cenário estava pronto e tudo tinha o toque de Maria e Cristina sentiu dor no estomago mais não parou de caminhar e foi olhando tudo estava realmente tudo lindo e ela olhou para Frederico com a cara fechada e mostrou a filha indicando que era ela quem ele iria perder e ele suspirou. Cristina se afastou mais e ficou com sua menina conversando enquanto mais um tempo passou e uma das empregadas veio e disse algo a ela que a fez mudar no mesmo momento e ela entregou a filha a ela e pediu que ela levasse para Raquela e ela o fez.

A marcha nupcial começou a tocar alguns minutos depois e ela apareceu caminhando como se fosse a noiva e todos ficaram de pé sem entender nada.

— Porque Cristina está caminhando como se fosse a noiva? - um dos convidados perguntou a Frederico.

— Isso não pode estar acontecendo! - sentiu o coração acelerar.

Cristina continuou a caminhar como se de fato fosse a noiva e deslizava pelo tapete vermelho e Frederico foi até ela a olhando sem entender o que significava aquilo.

— Listo para casar? - a voz dela quase não saiu pelo choro preso.

Cristina, por favor, não faça um escândalo e volte para seu lugar!

— Aaaa agora me renega quando antes o que fazia era me encher de promessas! - segurava o buque entre seus dedos. - Falsas promessas... Você me prometeu que íamos ser felizes e aqui estou eu para que possamos ser!

— Cristina, por favor! - ele falou entre dentes não a queria ver daquele modo.

Cristina sorriu sem alegria respirando pesado.

— Claro! Não pode cumprir com sua palavra porque não é capaz! - sentia cada vez mais raiva de tudo. - Me traiu, deu as costas ao nosso amor, mas vai casar com Maria por pura conveniência! - deu mais um passo para perto dele. - Sabe que isso me doeu muito, mas eu estou aqui para que me faça feliz! - tenha decido baixo estando ali exposta para ele. - Sim?

Maria naquele momento apareceu ali sem entender nada e chamou por ele.

— Frederico... - Cristina virou e se aproximou ainda mais de Frederico. - Cristina, o que está acontecendo aqui?

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— Maria, volte para dentro! - quis contornar a situação.

— Não está vendo? Eu vou me casar com, Frederico!

Raquela deixou a neném nos braços da babá precisava tirar a irmã daquela situação, mas Diego não permitiu que ela fosse e Cristina olhou Maria com ódio.

— Vai Maria desmaia, eu estou dizendo que vou me casar com seu noivo!

Maria ofegou e quando ia dizer algo Francisco apareceu ali gritando o nome de Frederico com tanto ódio e ao seu lado estava Consuelo que já tinha mostrado a ele tudo que tinha gravado no dia anterior e ele estava com fogo nos olhos querendo matar Frederico. Cristina aproveitou aquele momento de distração e pegou a arma que estava em sua bolsa e apontou para Frederico.

— Frederico, cuidado... - Maria gritou assustada.

— Cristina, por favor, abaixa essa arma e vamos conversar!

— Até aqui chegou a sua mentira! - as mãos tremiam.

— Por favor, Cristina! - respirou pesado com ela engatilhando a arma.

— Não se preocupe, meu amor, que eu vou te salvar do castigo de seu tio! - Raquela olhava aquela cena sem acreditar e pior ainda com sua mãe jogando mais fogo ainda. - Agora que todos sabem que eu e você somos amante! - enfatizou a ultima palavra e Maria teve que ser segurada pelo pai.

— Papai, peça que ela se cale... por favor, me tira desse pesadelo. - Maria falou em desespero total ao ver aquela cena desenhada a sua frente.

— Acabou seu pesadelo, Frederico, você nunca mais fará mal a ninguém que diz amar! - o olhava nos olhos enquanto falava e ele não se movia.

— Cristina, pela ultima vez... Abaixa essa arma!

A arma tremeu em sua mão e ela ficou ali alguns segundos perdida em seus olhos e disse por fim.

— A morte será seu castigo, Frederico! - sentia tanta dor em seu interior. - Não foi capaz de machucar a quem diz amar, mas eu não tenho um coragem de te matar!

— Cristina, abaixa essa arma! - Francisco falou desesperado enquanto segurava sua filha.

Consuelo pela primeira vez temeu por sua filha e Cristina chorou olhando para ele e Frederico chorou junto a ela.

— Esse é o final, Frederico, essa historia de amor se acaba hoje!

— Não... - ele disse num sussurro desgarrado por ser o causado de toda aquela situação.

Cristina o olhou para ele por mais alguns segundos como se quisesse memorizar seu rosto enquanto virava a arma para si e diante de todos aqueles convidados ela fechou os olhos e disparou contra seu próprio peito e Frederico não teve nem chance de tomar a arma dela apenas avançou a pegando em seus braços enquanto ela desfalecia, ele nem conseguiu dizer nada apenas a olhou partir... Consuelo avançou em sua filha sentindo a culpa corroer todo seu ser e chorou a segurando em seus braços enquanto Maria desmaiava nos braços do pai.

Era o fim era o fim de tudo ali naquele cenário monstruoso em que Frederico apenas segurou a mão de seu amor ou a que um dia foi...

Lo perdi todo por ti...

FIMMMMM!