Pós Amor: O que vem depois do amor?

Novos amores e antigas desconfianças


— Não me olhem com essa cara de preocupação. — Pediu Laura terminando de entregar as provas. — A avalição está super simples. Quem estudou e veio no tira dúvidas vai conseguir um dez sem esforço! Sabem que não faço prova para ferrar aluno. Faço provas para tentar ver o nível de absolvição de conteúdo da minha aula. Boa prova a todos!

Laura sentia aliviada. Essa era a última prova e em poucas semanas estaria de férias. Estava ansiosa para ficar mais tempo com Miguel. Toda essa questão envolvendo a defesa de terras indignas estava consumindo muito o seu tempo. Tenho que dar atenção para meu amorzinho também.

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Eduardo continuava dirigindo pelas ruas de Flores, mas, seus delírios estavam longe. Metade dos seus pensamentos ainda eram em Laura, contudo a imagem de Renata refletida na sua mente aumentava rapidamente. Está na hora de eu pensar no futuro! Ele estacionou o carro e bateu em uma porta branca feita de madeira.

Renata acordou assustada com as batidas. Molhou o rosto com água fria, vestiu o roupão e ao abrir a porta, sentiu suas pernas tremerem. Meu Deus! Eu estou feia! Logo hoje ele vem me ver! Ela ainda meio gaguejando perguntou:

— O que faz aqui?

Eduardo a encarou de forma profunda e não disse nada. Ele a agarrou pela cintura e a beijou. Renata foi pega de surpresa. Inicialmente seu intuito foi se afastar. Mas, seu corpo não obedecia. Eduardo ainda com as mãos sobre a cintura da negra e respondeu:

— Por isso que vim aqui.

— Eu estou tão confusa.

— Cansei de ficar remoendo o passado. Eu quero pensar no meu futuro. E eu vejo esse futuro ao seu lado.

Não muito longe dali, Miguel estava assinando alguns papeis quando uma mulher ruiva apareceu na entrada da delegacia. Ele sorriu e disse:

— Acho que você nunca veio me visitar aqui no trabalho.

— Tudo tem a sua primeira vez! — Exclamou a ruiva rindo. — Vim te buscar para almoçarmos naquele restaurante chinês que você adora!

— Leu minha mente! Eu estava com vontade de comer lá mesmo.

Laura se apoiou com os braços na mesa e sussurrou:

— Você fica tão charmoso com esse casaco de couro escrito “delegado”. Talvez eu tenha uma queda por homens de uniforme.

Miguel riu e se levantou. Ele sentou Laura em cima da mesa, abraçou sua a cintura da mulher com força e a beijou intensamente. A ruiva entrelaçou suas pernas no amado, pressionado sua cavidade pênica.

— Eu adoro quando você me provoca assim. — Murmurou Miguel arranhando as costas de Laura com força.

— Vamos almoçar antes que dê a sua hora de voltar ao trabalho. — Pediu Laura se afastando e arrumando os cabelos.

— Vai deixar eu e meu amigo aqui excitados desse jeito?

— Bom, se a gente for almoçar agora... Depois dá pra nos divertimos um pouquinho...

— Opa! Bora que bora!

Os dois riram e foram andando para o restaurante de mãos dadas.

Renata ainda se encontrava meio perdida em relação a Eduardo. Ela pediu que ele entrasse e depois continuaram a conversa:

— Você gosta da Laura! Eu não quero só ser um passatempo!

— As poucos estou conseguindo esquece-la! Além do mais, você vem ocupando meus pensamentos muito mais. Sempre vem a sua face na minha mente. Acho que estou começando a sentir algo por você.

— Eu sempre quis ouvir isso. Desde que éramos crianças, sentia algo forte por você. Só que não sei. E se você não conseguir esquecer a Laura? Vai ser sofrimento para nós dois.

— Se não tentarmos... Nunca saberemos como será! Vamos nós dar essa chance! Por favor!

Renata se sentia completamente paralisada. Todas aquelas palavras e olhares de Eduardo pareciam um sonho! Era como se todos os seus pedidos e preces fossem atendidos de uma vez só. Todavia, sentia medo e receio de se envolver. Ainda via algum brilho nos olhos castanhos de Eduardo quando ele citava o nome de Laura. Renata realmente o amava, disse não tinha dúvida, contudo e se esse sentimento já tivesse passado da hora de acabar? E se já tivesse na hora dela se abrir para novas pessoas de forma definitiva? O que eu faço?! O que eu faço?! Ai meu Deus!

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Laura e Miguel saíram de casa depois de uma rápida diversão. Laura acompanhou Miguel até a delegacia. Ele sorriu e comentou:

— O almoço foi ótimo! Mas aquela passadinha lá também foi sensacional!

— Também gostei! Aliás, tudo com você é bom! — Exclamou Laura dando lhe muitos beijinhos.

— Eu te amo demais sardenta!

— Quero ficar ao seu lado para sempre! Obrigada por transformar todos os meus dias sempre para melhor! Também te amo!

— A gente se vê mais tarde em casa?

— Com certeza! Eu e a Molly estaremos esperando por você, senhor delegado!

Os dois se beijaram e caminharam para direções opostas. Laura andava de volta para casa com um sorriso largo no rosto. Sua vida estava tão perfeita e feliz. Sentia-se realizada no trabalho e no amor. Miguel era um companheiro tão amável e responsável. Ele realmente a amava e ela não tinha medo de demostrar o mesmo. Sua alegria foi interrompida ao ver Sebastião saindo de uma casa especializada em animais. Ela entrou na loja e perguntou:

— O que aquele último cliente comprou aqui?

— Veneno de rato. — Respondeu o vendedor.

— Ele está com muitos ratos nas fazendas dele?

— Como sabe que ele é fazendeiro? — Indagou o vendedor desconfiado.

— Ele é meu tio! — Exclamou Laura com convicção para tentar despistar. — Aí fiquei curiosa para saber.

— Bom, ele disse que tinha muito ratos, mas, comprou só uma caixa. Até falei que só uma dose não daria, contudo ele disse que era o suficiente.

— Entendo. Obrigada por tudo.

Laura saiu do estabelecimento completamente confusa. Por que alguma coisa me diz que isso é um péssimo sinal?