Uníssono.

Enquanto minha existência se mantinha enleada à de Ariel por aquele toque afetuoso de suas mãos que deslizavam pelas minhas costas, nossos corações pareciam bater ao mesmo ritmo, como se fosse apenas um.

Deslizei minhas mãos por suas costas também, fazendo elas subirem até perto de sua nuca, onde senti pela primeira vez a sensação de tocar seu cabelo. Não era longo, porém era macio de forma que não seja possível comparar com nada existente nesse mundo. Talvez naquele momento eu estivesse indo muito rápido, afinal ainda era um abraço de amigos, mas em algum momento eu perdi o controle de minhas mãos e elas correram livres para descobrir a forma física da minha música favorita.

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Enquanto Ariel não reclamasse ou me mandasse parar, talvez eu não fosse capaz de quebrar aquele momento, aquele abraço que podia durar para sempre. Nada saía da minha boca. Eu estava concentrado demais nas sensações para perder tempo falando. Não deixaria minha boca quebrar a melodia do vento, que nunca fora tão adequada antes.

E lá estava eu novamente, beirando a obsessão.

Infelizmente, nem tudo dura para sempre. Ariel desfizera aquele abraço depois de algum tempo.

Pelo resto da tare, brincamos com Bach.