Quando cansamos de brincar com Bach, já era noite e ainda estávamos juntos. Bach já amava Ariel. Dormia em seu colo, exausto. O som ambiente harmonizava perfeitamente com nossas vozes e funcionavam como uma melodia de fundo que realça uma voz principal. No nosso caso, um dueto. Também estávamos exaustos, afinal Bach não dera trégua até cansar e adormecer. O que nos restou foi dialogar.

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— Então, onde esteve esses dias? — Perguntei, com medo de soar invasivo.

— O gato da minha tia morreu, ela ficou bem deprimida. — Ariel respondeu, num tom que carregava pesar e tédio. — Acabamos ficando lá dando apoio, mesmo depois do velório.

— M-Mas ela está bem agora?

— Erm... Não. Ela está sendo cuidada pela minha mãe. Voltei com meu pai porque a fazenda estava ficando tediosa... — Ariel respondeu sorrindo. Era possível saber quando sorria mesmo sem ver seu rosto.

— Você não gosta do campo? — Perguntei, curioso.

— Não é como se eu achasse o campo um monte de rebotalhos, só... Não foi legal porque eu estava só.

— Entendo... Que bom que voltou. Pensei que não estaria no meu aniversário.

— Aniversário? Você não me contou nada. Eu teria vindo antes...! Vai fazer algo?

— Não... Mas não vai mais ser solitário.