A Sereia De Vidro

No azuI profundo


Depois de semanas estávamos na Florida, apesar de nada de anormal ter acontecido na água, me sentia diferente, como se todos os meus sentidos estivessem aguçados.

A praia foi inundada por pequenos cacos de vidro azul, instintivamente sabia que vinham de sereias, que lyrin provavelmente matou. As rochas a pleitear a areia das ondas que iam e viam ritmadas, a brisa salgada enchia meu peito de um sentimento de aconchego.

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Estamos perdendo o tempo. Por que não esquece tudo isso e segue sua vida? Diz Simon.

Eu queria poder fazer o que Simon dizia, mas algo dentro de mim sabia que o bebe que lyrin carregava causaria grandes transtornos, eu precisava frear aquilo e só havia um lugar onde encontraria respostas. Subo nas rochas e mergulho nas ondas, nadando e me aprofundando cada vez mais no azul, não sinto falta de oxigênio, apenas nado como como se soubesse o caminho que devia trilhar. Em certa profundidade, sinto meu corpo ser invadido por um frio e minas pernas tomarem a forma de uma cauda, me debato desordenado por minutos a fio até retomar o controle e encarar um rosto branco, pele coberta de escamas assustadoramente bela, uma sereia, que esperava por mim.