Eugeni

A virada do século


O presidente Campos Sales discursava, para um seleto público convidado, a inauguração do Instituto soroterápico federal, onde o objetivo era a criação de vacinas e soros contra doenças que assolavam o país.

Eugeni fumava um charuto na companhia de Álvaro. Eles compartilhavam a mesa com Oswaldo Cruz, Alberto Santos Dumont e sua amiga Luíza Gama, que trabalhava com Dumont.

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“Gostaria de vê-lo falando bonito assim para a população.” Eugeni sussurrou para o primo.

“Todos estão caindo como patos, basta colocar-lhes uma habena e montar.” Álvaro tirou do bolso um caderninho onde fez anotações.

Eugeni acompanhava de perto o desenrolar das discussões sobre saúde pública na cidade, onde a febre amarela vinha causando mortes irreparáveis.

“Vamos traduzir tudo o que ele diz para colocar no jornal.” Ela falou, olhando para Luíza e dando uma piscada.

No final do evento, Eugeni decidiu ir para casa, havia se mudado para o bairro da Urca, logo depois que sua mãe faleceu.

Mesmo aposentada, Naná a aguardava na cozinha todas as noites para lhe fazer uma bebida antes de dormir.

Era madrugada, Eugeni ainda estava acordada escrevendo as últimas linhas de seu primeiro livro intitulado “Novas Mulheres”.

Sorriu e assinou…

Maria Eugeni Bastos.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.