Eugeni

Desculpas e honra


Uma carta de Tereza alegrou Eugeni. Ela citava com devoção a nova colega Kate Sheppard, e como era viver na Inglaterra com poluição e o barulho dos carros nas ruas.

Naquela tarde chuvosa, Eugeni contou histórias de quando era mais jovem e morava em Paris. Celeste e Luíza ouviam e gargalhavam conforme os relatos ficavam mais constrangedores.

De noite, a edição do mês estava finalizada. Luíza já havia ido embora e Celeste terminava de pincelar a capa, quando Álvaro bateu na porta. A artista os deixou sozinhos.

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“Faz uma semana que não responde meus bilhetes.” Ele disse, segurando o chapéu.

“Estava ocupada.” Eugeni mantinha o olhar sobre a mesa cheia de papéis.

“Quero me desculpar novamente por aquela noite. Não quis ferir seus direitos, como pensa.”

Ela suspirou, encarando o primo que parecia vestir uma mortalha tal era o tamanho de seu arrependimento nos ombros caídos.

“Desculpas aceitas, mas não me diga o que devo pensar.”

“Defendo sua honra por onde vou, porque me toma como um desses odiosos?”

“Por que ainda não entende a diferença de apoiar e defender. Eu preciso que esteja ao meu lado, por amor e respeito a mim, não a minha honra.”