Os mais chegados da família estavam reunidos para o brinde de Ano-bom na fazenda Porto Geraldo em Vassouras. Eugênia decidiu que não iria a festa.

A convivência com sua mãe estava impossível, Carlota não trocava uma palavra desde que chegara de Paris. Seu pai estava ocupado demais pensando nos novos projetos de eletrificar os bondes da cidade, não metia-se nos planos da filha, mas também não lhe daria um besante sequer.

Eugênia estava sozinha no escritório, bebendo uma taça de champanhe e para comer, duas espigas de milho. Escrevendo sobre seus desejos para o futuro.

Álvaro viajava pela América Latina, enviando-lhe cartões postais com frequência. Não os respondia, pois vivia às pressas com o serviço da revista.

Até o momento, era apenas ela e Celeste Pitanga, jovem recém chegada de Ilhéus. Era uma artista, expulsa de casa após posar nua, caso que ela nunca chegou a contar até o final.

Francisca, pupila de Álvaro, fazia companhia durante a semana e ajudava a organizar a papelada. E a cada uma quinzena, Luíza conseguia uma folga para tomar aulas de literatura com Eugênia.

Era primeiro de Janeiro de 1891, e no final de seu texto, ela voltou a assinar como Eugeni, publicamente.