Kandor: as chamas da magia

Capítulo XXV - Entre as sombras


A flor brilhava novamente pela décima vez no dia. Cada vez que emitia um brilho era sinal de que a Imperatriz usava o poder, alguma vez de forma mais intensa e outra mais levemente como uma simples vela na noite. Aquele prêmio era com certeza muito útil e não foi nada fácil consegui-lo. No fundo ela sabia que se Diana a visse morta, com certeza tentaria lhe trazer a vida de volta. E funcionou. Agora ela tinha uma forma de localizá-la em qualquer lugar que estivesse, caso fugisse ou fosse levada por alguém, quando a batalha final chegasse, sem contar que também poderia absorver algum poder pois não era uma flor qualquer. Ela estava evoluindo bem mais do que Diana em relação ao uso do poder e crescia tal como uma erva daninha, silenciosa e mortal, no coração do reino sem que ninguém percebesse. Nada como a prática para ajudar e alguns conselhos de alguém mais experiente.

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O plano corria muito bem: haviam dois infiltrados que ninguém percebia dentro do palácio, que eram olhos e ouvidos úteis e rápidos; um dos conselheiros estava morto e logo Daniel também deixaria o caminho livre, o que já era para ter acontecido não fosse Diana ter sido tão caridosa com ele. Só que dessa vez ele não só sairia do caminho como também lhe daria um presente, primordial para baixar as defesas da Imperatriz, além de que logo outro deles lhe traria o prêmio maior.

Além disso, uma pequena distração a rondava. Enquanto Marcon a cortejava em busca de casamento e depois a tomada do trono, ela ganhava tempo e se divertia. Estava claro que não tinha interesse nenhum que ele ou seu mais novo aliado ocupassem o poder mas deixá-los tentar não era problema. No fim ela teria tudo o que queria e isso não incluía nenhum deles.

Era interessante assistir Marcon ao redor da prima, oferecendo auxílio, pequenos mimos e apoio. Nos dias em que ela se sentia perdida ou triste, nada como um sinal de apoio para animá-la, uma flor ou xícara de chá. Diana gostava do sorriso dele e isso era como uma faísca para aquecer seu coração, embora ela nutrisse algo bem mais profundo pelo General. Como Henry era um homem ocupado e não podia estar sempre por perto, ele tinha o caminho livre até certo ponto. O que a incomodava era a intensidade de cada momento que Henry tinha com ela. Mesmo que breves, os dois conseguiam criar uma empatia muito grande e era mais do que respeito e dever a relação dos dois. O interesse era mútuo embora depois do beijo que ele presenciou, esteja evitando certos olhares e aproximação física, pois acredita que estejam juntos. Isso era bom. Henry poderia ser útil e muito mais do que ele já imaginou.