Bruna

O dia do baile chegou e eu não me aguentava de ansiedade. Roman disse que viria me buscar às sete em ponto, Damen e Ever saíram juntos, e só restaram Sabine e eu em casa. Sabine me ajudou com os últimos ajustes no meu vestido, e me ajudou na maquiagem, se ela é tão boa maquiadora quanto advogada.

Antes da hora marcada por Roman eu já estava pronta, deixei meu cabelo solto com ondas nas pontas e meu vestido era branco curto com detalhes dourados. Usei um brinco de de diamantes que Roman me deu e um scarpin dourado com um laço na parte de trás. De maquiagem o básico, uma sombra leve e um batom quase do mesmo tom que meus lábios. Roman chegou, bem na hora que disse nem um segundo à mais ou à menos.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Uauu! - disse ele boquiaberto - Você está... Linda... Não, você está divina, acho que seu pai abençoou você hoje. - diz ele sorrindo como um idiota.

— Você também não está mal, aliás acho que está até mais bonito do que eu. - digo puxando ele para perto pela gola da camisa.

— Você provoca neh? - diz ele dando um leve selinho em meus lábios e intensificando o beijo. - mas... Acho... Melhor deixar... Para depois. - diz ele se afastando e arrumando meu batom, deve que tinha batom até na minha testa.

Saímos em seu carro, e não demora muito para chegarmos à escola. O ginásio está todo arrumado e está lotado, por onde passamos todos olham para mim. Já ia perguntar para Roman se meu batom ainda estava borrado quando reparei que as meninas me olhavam com inveja e os garotos com desejo. Então o garoto que Roman deu um soco na cara dele porque ele pegou na minha bunda(aliás Roman quebrou os dois dentes dá frente dele, mas ele colocou um implante), piscou para mim, eu até deixaria passar mas Roman viu e ficou uma fera.

Ele ia partir para cima do garoto mas eu o segurei, ele me olhou com um olhar desolado, acho que pensou que talvez eu sentisse algo pelo garoto e por isso o defendia. Quando ele ia começar a falar eu disse:

— Não seja imbecil, cala a boca e me beija. - ele me olhou meio surpreso entretanto não discutiu comigo.

Dançamos durante um bom tempo até que um amigo dele, um tal de Andrew pediu para falar com ele, eu deixei que eles fossem falar em particular mas esse Andrew não me passou confiança. No fim a curiosidade foi maior e fui atrás deles, eles foram para um corredor vazio longe do ginásio, me escondi atrás de uma parede onde eu podia ouvi-los.

— Tudo ocorreu bem, a casa estava vazia e ninguém me viu entrar nem sair. - diz Andrew.

— Tem certeza que Damen não trocou os frascos por réplicas? - pergunta Roman.

— Sim, dá para sentir o poder contido nesses frascos, com esse sangue de górgona poderemos ser imortais sem precisar tomar o elixir de tempos em tempos. - diz Andrew e agora percebo o motivo dá ansiedade de Roman.

Dou uma olhada rápida só para confirmar minhas suspeitas e vejo que os frascos de que falam são claramente os frascos que ganhei quando derrotei aquelas górgonas no Brasil. Por isso Roman estava tão ansioso, ele planejou roubar isso à tempos para continuar com sua vidinha inútil de imortal. Não posso permitir que ele consiga o que quer.

Olho de novo e Roman ainda segura os dois frascos com uma só mão. Pego meu celular e miro bem na mão dele, atiro o celular e antes que algum dos dois faça algo para evitar, meu celular bate com força na mão de Roman que dá um grito de dor e solta os frascos que caem no chão, se quebrando em milhares de pedaços, entornando o líquido do chão. Roman olha para o meu celular que vem voando em direção à minha mão.

— Eu disse que não te mataria. Porém não prometi nada e você está caçando. - ele abre a boca para falar mas viu que não terminei. - Damen já me disse como te matar não se preocupe. - digo com a voz fria mal percebendo que a temperatura abaixou uns 50°C e que tudo à minha volta congela.

— Eu posso explicar, por favor me ouça. - implora ele.

— Meu ouvido não é pinico mas fique tranquilo seu amigo vai ser o primeiro. - ele grita várias coisas que não dou a menor atenção enquanto caminho até Andrew, ele tenta fugir mas sou mais rápida, encosto um dedo nele e ele congela e cai sozinho virando uma pilha de cacos de gelo.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Porém no momento em que vou para matar Roman, sinto uma náusea muito forte e só me lembro de tudo escurecer e alguém me segurar.

Roman

É difícil explicar o que aconteceu, os olhos dela ficaram amarelos e ela partiu para cima de Andrew, quando ela se virou estilo rainha da neve assustadora ela ficou muito pálida e seus olhos voltaram à cor abitual. Ela revirou os olhos e eu a segurei. Ela acordou minutos depois e começou a chorar.

— Calma, calma, não foi sua culpa. - digo tentando acalma-la.

— Eu sou uma assassina Roman, - diz ela aos prantos - Eu matei ele e... E iria... - diz ela soluçando.

— Shhh... - digo pondo o dedo indicador em seus lábios e a beijando suavemente - Não iria, esqueça isso. Ainda dá tempo para nossa apresentação. - digo sorrindo e ela tenta retribuir o sorriso. - Você que sabe.

— Vamos então. - diz ela se levantando.

— Ok, mas antes deixa eu arrumar umas coisinhas. - digo fazendo com que sua maquiagem e seu cabelo fiquem arrumados com estavam antes de tudo isso acontecer. - Pronto agora está melhor.

Chegamos no ginásio à tempo de chamarem nossos nomes. Subimos ao palco e começamos à dançar. Admito que não deixaria que ela dançasse se não tivesse vindo com uma bermuda legging por baixo do vestido, a dança que escolhemos levanta muito a saia do vestido dela.

Dançamos como se nós que tivéssemos escrito à música, eu cantava e dançava enquanto ela dançava com precisão incrível cada passo. Nossos passos eram sincronizados como se estivéssemos fazendo isso à milhares de anos.

Durante a nossa apresentação, apesar do que havia ocorrido antes e apesar de ter mais de cem pessoas olhando para gente, dançamos como se nada houvesse acontecido, como se estivéssemos sozinhos, como se não existisse nada e nem ninguém. Quando encerramos a apresentação uma grande salva de palmas ecoou por todo o ginásio os juízes aplaudiram de pé.

Nossa apresentação foi a última então logo depois começaram à votar para o rei e rainha do baile. Apesar de sermos fortes candidatos não dávamos à mínima, tínhamos coisas melhores à se tratar.

— Sabine me deixou dormir na casa de uma amiga. - diz ela com um sorriso malicioso.

— É mesmo é? E pretendo ir para a casa dessa amiga? - pergunto.

— Depende neh? Se essa amiga quiser algo sério. - diz ela e entendo o recado mas me finjo de desentendido.

— Vão anunciar os vencedores. - digo.

— E o rei e a rainha do baile desse ano são... - diz o professor de teatro que virou apresentador dos concursos dá escola. - Bruna e Roman, Parabéns venham aqui receber suas coroas. - diz o professor.

Vamos até o palco, recebemos a coroa Bruna fala uma coisinha agradecendo e me entrega o microfone.

— Eu queria agradecer à todos que votaram em mim, valeu mesmo mas nada me faria mais feliz do que estar ao lado dessa garota incrível que é a Bruna. - digo e me viro para ela e fico de joelhos - Bruna, você aceita ser minha namorada? - pergunto e ela está vermelha como um pimentão, ela me levanta e diz baixinho:

— Se fizer algo do tipo outra vez eu juro que mato, - sussurra ela. - E sim aceito ser sua namorada, nem precisava perguntar. - diz ela.

— Como é diz no microfone para todos ouvirem. - digo apontando o microfone em direção à ela.

— Sim, eu aceito ser sua namorada. - ela diz e eu jogo o microfone na mão do professor e agarro ela pela cintura, girando-a no ar.

— Eu te amo, eu te amo. - digo pondo ela no chão.

— Eu te amo mais. - ela diz me beijando, quando nossos lábios se encontram todo mundo grita, mas não importa porque só ela para mim já basta.

Vamos embora já bem tarde, como ela disse que ia dormir fora não faz muita diferença, saímos aos beijos já no final do baile. Vamos para minha casa, só nós dois porque nada mais importa.