The Senser
Paixão
Paixão
Encontre-me na estrada que leva ao teu coração...
Caminhando por atalhos escuros,
Ouvindo o crocitar dos corvos famintos.
A luz que emana de minhas lembranças,
Não podem te salvar do fim.
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Ecoando em cada árvore de cada estação,
Das florestas em que atônita,
Procura pelo caminho que sou eu.
Do véu da noite veio o breu,
Como uma alma negra, como a pena daquele corvo
Que desvaneceu.
O crepúsculo que chega não te trará conforto,
Pois nossas memórias remetem a um destino polimorfo.
Como um conto, eu te conto como cada canto,
Dessa humilde estrada suja que agora caminhas
Tornou-se antigo como o Mundo em seu primeiro pranto.
Se tratarmos de paixão, eu deixarei de ser romântico...
Entre a antemão controversa expressa,
Nas rimas de amor descritas em conversas,
Onde tu disseste o primeiro “eu te amo”.
Onde na primeira esquina dessa densa rodovia,
Você abandonou-me à própria sina.
E se agora reencontrou o caminho que leva ao meu coração...
Deverei dizer-lhe com sutileza minha derradeira decisão.
Não!
Selo esse contrato com selo,
Sê-lo-á indulgência atrelada ao meu desapego?
Se ló logra de uma vitória escancarada.
Eis a verdadeira proeza de possuir a marca,
Marcada na pele que inveja por tê-lo.
Apegue-se ao meu constante pesadelo,
E enquanto queimo como chama,
Chame-as...
Como és no fogo de um amor,
És queimadura de paixão.
Caso ainda me queiras, saiba que desisti de ti...
As peripécias que rendi e aprendi,
Fizeram-me refletir...
No quanto sua vida influenciava aqui, nessa estrada.
Cale o cálice que retumba na grama marrom,
Plantada no caminho que leva ao meu coração.
Devo avisa-la que minha negação
Torna sua memória de paixão,
Apenas mais um devaneio...
Nesse grande jardim de ilusão.
~Gabriel.
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