Fita Azul

Paladino não quer um novo amigo. (Nem Tempestade ou Blackjack).


De fato eles foram cavalgar. Thalia foi a primeira, deixando Jason e Nico com a louça do café e seus pais com as crianças, que precisavam trocar de roupa. Ela entrou nos estábulos com preguiça, olhando os cavalos se agitando cada um em seu espaço. Alguns deles estavam adormecidos e outros relincharam enquanto ela passava, escolhendo qual seria o melhor para as crianças montarem.

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Ela própria escolhia um cavalo mais manso, contudo, seus olhos sempre buscavam o mesmo cavalo sempre que entrava nos estábulos. Ainda que dissesse que era sem pensar ou só para admirar, ela sempre parava na terceira bainha, apoiando-se na cerca para analisar o cavalo ali deitado.

Ele era maravilhoso, mesmo quem não entendesse nada de cavalos notaria. Sua pelagem era toda negra, até o focinho, seu porte alto e forte, um garanhão, e mesmo sua postura sempre denunciava que não era dócil, tampouco fácil de montar.

— Esse é Blackjack? — O sotaque inconfundível de Nico di Angelo a fez erguer a sobrancelha levemente, continuando a olhar para o cavalo. O rapaz se colocou ao lado de Thalia, também debruçando os braços na cerca e encostando no braço dela, provavelmente de propósito. — Você parece gostar mais dele do que dos outros.

— Talvez seja um pouco de verdade. — Thalia sorriu, sem olhar diretamente para Nico. Blackjack ergueu a cabeça e relinchou, não muito feliz em ver o italiano. — E ele não gostou de você.

— Uau, isso é animador. — O rapaz murmurou e Thalia riu.

— Ele não gosta de ninguém. Bom, exceto de mim e de Percy.

Ao ouvir o nome, Blackjack ergueu a cabeça e olhou em volta, como se procurando o rapaz, relinchando novamente quando não encontrou.

— O que é preciso para comprar a amizade dele, então?

— Torrões de açúcar. — Thalia riu. — Foi o que Percy fez, na verdade Blackjack é dele. Mas, enquanto meu amado primo está na Califórnia, eu vou aproveitar esse meu melhor amigo, não é mesmo, chefe?

O cavalo relinchou, concordando e Nico franziu a testa.

— E você? Como conquistou ele?

— Ah, foi amor à primeira vista. — Thalia riu. — Blackjack me amou desde o primeiro momento. E odiou Annabeth. Ele tem um bom gosto.

— Você não gosta dela. — Nico comentou, e Thalia suspirou.

— Não. Annabeth Chase, agora Jackson, é uma das piores pessoas que eu conheço.

— Jackson?! — Nico ofegou. — Quer dizer que ela e Percy…

— Se casaram. — Thalia suspirou. — Exatamente. Em Las Vegas com todo aquela loucura e blablablá. Quem diria que a garota certinha iria fazer uma coisa dessa?

— Eu nunca imaginei que Annabeth faria algo assim.

— Vocês se conhecem? — Thalia franziu a testa. — Fala dela como se fosse uma amiga.

— Não realmente uma amiga. — Nico fez uma careta. — Nos conhecemos na escola, alguns clubes em comum, alguns amigos em comum… Sabe como é.

— Eu não sabia disso. — Ela resmungou, sentindo o estômago embrulhar com a informação.

— Eu era meio que nerd, então, quando fui calouro, entrei em alguns desses clubes. Annabeth liderava a maior parte deles, não sei como nunca ficou louca com tudo.

— Ah, ela ficou. — Thalia retrucou amarga. — Na verdade sempre foi, nunca nos demos certo por isso. Desde… sei lá... os doze anos, talvez.

— De onde vem tanto… — Rancor, provavelmente era o que ele iria dizer, mas pensou melhor. — desentendimento?

— A base? — Thalia suspirou, sua mente voltando há mais de uma década. — No primeiro dia de aula da sexta série, Percy e Annabeth se conheceram. E ele, como o idiota que é, se apaixonou por ela. E ela deu um fora nele. Quer dizer… ele tinha doze anos e ela acabou com o coração dele.

— Bom.. — Nico murmurou. — Eles se apaixonou bem rápido, não? Quer dizer, um único dia…

— Mas não foi só isso. — Thalia o interrompeu, não querendo ouvir o argumento. — Annabeth brincou com o coração dele durante anos, pisando como se fosse seu brinquedinho favorita. Percy nunca mereceu isso.

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Nico preparou-se para rebater, dizendo que Annabeth não era obrigada a retribuir os sentimentos de Percy, mas foi salvo por Hazel.

— Papai, olha o tanto de cavalo! — Ela exclamava, olhando com profunda adoração. — Olha, esse é do meu tamanho! Eu posso montar?!

— Você nunca fez isso antes, Hazz. — Nico murmurou, com aquela cara de pais que não querem negar nada para os filhos, mas sabem que não tem escolha. — Você pode se machucar.

— Eu posso ensinar! — Dimitri sorriu, puxando a “noiva” pela mão. — Eu tenho um cavalinho só meu!

— Deixa, papai! — Hazel suplicou, fazendo um bico. — Eu vou tomar cuidado.

A essa altura, Zeus e Hera haviam alcançado-os e analisavam as crianças pedindo.

— Thalia podia ensinar. — Hera sugeriu, baixo o suficiente para as crianças não ouvirem. — Ela ensinou Dimi e ajudou Jason quando eram crianças.

Nico apertou os lábios nervoso, olhando a filha com atenção.

— Thalia é uma ótima amazona. — Zeus defendeu, fazendo a filha arregalar os olhos surpresa. — Conseguiu domar até Blackjack. Não conheço ninguém melhor para ensinar sua filha.

Thalia olhou com atenção para Nico, ele parecia até pálido com a situação, mas retribuiu o olhar dela

— Prometo cuidar dela. — A garota ofertou e ele assentiu.

— Tudo bem, não sei dizer “não” para Hazel.

Realmente ele não disse “não” e Thalia tomou o máximo de cuidado. Primeiro ela escolheu uma égua calma para apenas cavalgar com as crianças, apenas para poderem sentir a sensação, estarem em contato com o animal. E Nico tinha admitir que seu coração estava mais do que acelerado com a cena de Hazel e Thalia montadas em uma sela, as gargalhadas da menina tão altas que fazia o coração de Nico saltar.

— Papai! Papai! Papai, olha! — Ela sempre pedia, rindo e segurando a cela.

— Olhe sempre pra frente, Hazz. — Thalia comandava, esporeando o cavalo para ir um pouco mais rápido e deixando Nico a beira do colapso.

— Cuidado, bambina! — Nico pediu, engolindo em seco.

Thalia riu olhando para ele — e descumprindo o mandamento que havia acabado de dar para Hazel — e sussurrou algo ilegível no ouvido de Hazel que também olhou para ele e riu. Aquilo era um complô?

— Fica calmo, Nico! — Ele ouviu a voz de Jason, surgindo ao seu lado. — Cavalgar faz parte do legado dessa família.

E, para exemplificar, ele apontou para o cavalo malhado que galopava um pouco distante e mais rápido do que o de Thalia, com Zeus e Dimitri em cima. O menino também gargalhava a cada esporada que o avô dava no animal, divertindo-se com a velocidade.

— Você e Hazel estão entrando agora, precisam assumir o legado.

— Achei que já era da família fazia tempo. — Nico retrucou, e foi respondido com um sorriso debochado:

— Você entendeu exatamente o que eu quis dizer. — Jason replicou e Nico preferiu se fazer de desentendido. — Aliás, não pense que me esqueci que você me abandonou arrumando a cozinha sozinho. Acha que só porque estou te empurrando pra minha irmã, isso te deixa livre de todas as obrigações como amigo? Não é bem assim!

— Então admite que está me jogando para cima de Thalia? — Nico retrucou e Jason sequer desfez o sorriso.

— Eu já admiti várias vezes. E deu certo, não deu? — Ele replicou, debochado.

Nico nem podia dizer como estava dando certo. A imagem do dia anterior, no celeiro, preencheu sua mente, e foi como se seu sangue esquentasse. Ele ainda conseguia se lembrar do toque de Thalia, do seu cheiro e gosto, e mal podia acreditar em quão longe eles quase haviam ido, ainda mais ao pensar que ela o parou.

Ela o enfeitiçava e isso era incrível e perigoso, por mais que Nico tivesse aceitado os risco de começar um pseudo-relacionamento. Ele havia sido apaixonado por uma figura de Thalia Grace, a Leah, por alguns anos e feito algumas coisas estúpidas naquela época, agora estava conhecendo uma mulher que em muitos —e nos melhores — pontos se diferenciava dessa “Leah”. Não queria estragar tudo..

— Ei, vocês vão só ficar plantados como dois espantalhos? — Thalia implicou, sorrindo debochada ao parar perto deles.

— Eu não sei montar. — Nico respondeu, dando de ombros e Thalia ergueu a sobrancelha em desafio.

— Olha só, Hazz, acho que você não é minha única aluna hoje.

— Nem pense nisso! — O italiano engoliu em seco.

— Jay? Pode me ajudar a descer Hazel? — Thalia pediu e o irmão prontamente acatou. ajudando a pequena Di Angelo a descer.

Thalia olhou para o pai dela com um sorriso inquisidor e estendeu a mão:

— Vamos, falso cowboy, não confia em mim?

Ela sorria maliciosa e mais uma vez Nico engoliu em seco.

— Ei, Hazel, que tal irmos com a vovó Hera ver qual pônei você vai montar? — Jason perguntou, já guiando a menina para longe do pai.

Thalia continuava a olhar para Nico com um sorriso predatório, mas já tinha recolhido a mão. Ela sorriu lasciva e apertou os olhos.

— Você realmente não confia em mim? — Thalia questionou e Nico apertou os lábios.

— Não é isso. — Ele retrucou. — Eu só tenho impressão que suas intenções não são as melhores.

— E quais seriam? — Ela questionou. — Acha que só quero tirar casquinha de você?

— Tenho impressão que é tirar mais que isso.

— Talvez.

Ela continuou sorrindo ao esporear a égua, correndo e deixando uma nuvem de poeira com Nico para trás.

Aparentemente o “não” de Nico não valia de nada para nenhum Grace. Hera havia decidido que era um ótimo dia pra piquenique — agora que o céu clareava em um belo sol e a grama estava verde e brilhante — e sabia exatamente o local perfeito: uma pedreira um pouco distante, onde eles teriam que ir a cavalo. Nico protestou várias vezes, mas Hera passou um bom tempo preparando uma bela cesta com guloseimas e agora já montava na égua malhada.

— Larga de drama, Nico. — Jason ralhava, segurando os arreios do próprio cavalo cinzento. Tempestade era o nome, Nico lembrava. Mas esse Tempestade ele não iria encarar. — Até Hera vai.

— Obrigado, Jay, mas eu não estou afim.

— Isso é medo! — O loiro ralhou. — Vamos, é divertido!

— Já disse que não, Jay. Agora, cuide de Hazel, ok?

E Hazel logo aparecia, saltitando com suas botas novas botas vermelhas e o cabelo trançado sob um chapéu combinando.

— Vamos, papai! — Hazel pediu, segurando a mão de Nico em um olhar de cachorrinho abandonado. — Os cavalos são bonzinhos, nossos melhores amigos.

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Tempestade relinchou e deu coice no ar, negando a informação com veemência. Nico franziu a testa antes de voltar o olhar para a filha:

— Comporte-se, ok? — Ordenou, pegando-a no colo para ajudar a subir na sela com Jason. — Obedeça Jason ou vai ficar uma semana de castigo.

Hazel assentiu séria e Nico sorriu, sentindo o coração doer de preocupação.

— Ainda não conseguiu fazer esse bundão ceder? — Thalia reclamou, aparecendo atrás de Nico trazendo um cavalo branco, mais alto e forte que os demais.

— Ninguém fala mais bundão, Thalia. — Jason riu, parecendo em dúvida se lançava um olhar de misericórdia para o amigo.

— Não posso fazer nada se ele é. — Thalia sorriu irônica, parando ao lado de Nico ainda segurando o cavalo. Ela deu um olhar indiscreto para as nádegas do italiano e sorriu lasciva. — Você sabe que eu adoro sua…

— Hazel! — O italiano exclamou, cortando a frase no meio.

— Que? — A menina perguntou, franzindo a testa sem entender nada.

Thalia sentiu o rosto esquentar e Jason riu ainda mais. Sim, por um momento Thalia havia esquecido a presença da pequena Di Angelo.

— Não esqueça de se comportar. — Nico recomendou novamente, nervoso.

— Ah, Hazz sabe se comportar muito mais do que você, Anjinho. — Jason retrucou, segurando os arreios de um Tempestade ansioso. — Enquanto você perde a batalha, eu vou indo com nossos pais. Menos gente para ver sua vergonha.

— Muito obrigado pelo incentivo. — Nico resmungou, sendo ignorado.

— Thalia, papai já tá indo com Dimi? — A Grace assentiu para a pergunta do irmão. — Ok, vou com Hazel e você leva Nico. Sem muitos desvios, por favor.

O loiro piscou para a irmã que apenas sorriu lasciva:

— Tentarei, maninho.

Jason não deu resposta, esporeando Tempestade e deixando Nico e Thalia à sós.

(...)

— Vamos, não é tão difícil. — Thalia persuadiu, sorrindo de canto.

Nico suspirou e revirou os olhos, tentado a ceder com o “olhar de cachorrinho”, mas também encarando o cavalo branco tão feliz com a ideia quanto ele. Nico não gostava muito de animais e os animais não gostavam muito de Nico. Era um relacionamento de “cada um no seu lugar” que durava anos e agora pediam para Nico transpassar. Não era óbvio que aquilo não ia dar certo?!

— Você não disse que queria arriscar? — Thalia retorquiu, segurando a mão de Nico.

— Não foi bem essas palavras e muito menos nesse sentido. — Ele franziu a testa resmungando.

— Vamos, Paladino é um amor, não é? — Thalia fez carinho no focinho do cavalo, que não só aceitou como pediu por mais. — Viu? Ele é manso, o completo oposto da dona.

— Por que suponho que a dona seja você? — Nico retrucou, mas repensava a batalha a cada sorriso de Thalia. Ela se colocou na frente de Nico, impedindo-o de olhar para Paladino.

— Vamos, tente pelo menos uma vez! — pediu, abraçando Nico pelo pescoço. — Pelo menos montar, eu prometo que vou estar aqui.

Nico suspirou nervoso, mas a abraçou pela cintura. Thalia continuou com o olhar pidão e um bico, afagando-o na nuca.

— Por favor. — Ela pediu mais uma vez e o beijou de leve nos lábios.

Nico revirou os olhos, siente que se arrependeria disso, mas assentiu:

— Tudo bem.

Thalia sorriu como uma vencedora e o soltou, soltando Paladino da árvore e o levando até Nico.

— Pode subir. — Ela ofereceu e Nico ergueu a sobrancelha, irônico:

— Devo levitar até ele, por acaso?

— No que exatamente você presta atenção quando me vê montando? — Thalia deu-lhe um sorriso debochado, deixando-o vermelho. — É só pôr o pé esquerdo no estribo e passar a perna por cima. Não é difícil.

Nico resmungou em italiano e se aproximou do cavalo. Paladino deu um passo para a frente inquieto e Thalia o acalmou, acariciando-lhe o focinho.

— Calma, rapaz. — Ela sussurrou para o cavalo. — Ele é amigo.

O cavalo obedeceu e Thalia assentiu para Nico. O italiano suspirou novamente e segurou na sela, tomando coragem para colocar o pé no estribo. Ele olhou ansioso para Paladino, mas o animal era dócil sob a mão de Thalia segurando o arreio.

Thalia sorriu incentivando Nico e ele tomou coragem erguendo a perna direita para passar por cima do cavalo.

No entanto, Paladino escolheu o momento para trotar para frente. Nico não alcançou o lombo do animal e se desequilibrou, soltando a sela, escorregando o pé e indo direto para o chão. O cavalo se assustou com o barulho do tombo e relinchou, trotando para frente. A primeira reação de Thalia foi correr para ajudar Nico. A segunda, ao constatar que ele estava bem — e xingando muito em italiano — foi a de gargalhar.

— Eu nunca vi um tombo tão bobo. — Ela exclamou e Nico fez um bico emburrado, ainda sentado no chão. — Ei, não fique assim! — pediu, beijando-o na bochecha. — Vamos tentar de novo!

— Não mesmo! — Nico protestou, tentando se levantar, mas já era tarde: Thalia corria atrás do cavalo, não demorando a trazê-lo de voltar.

— Vamos! — Ela suplicou. — Dessa vez eu vou segurar o arreio!

Nico resmungou mais umas dez vezes que não e Thalia retrucou mais uma onze vezes que sim, então Nico se viu tentando montar em Paladino novamente.

Dessa vez Thalia segurava segurava com força o arreio e Nico foi um pouco mais rápido ao colocar o pé no estribo, erguendo a perna pronto para montar. Contudo, dessa vez Paladino também não foi tão calmo, Nico mal erguia a perna e o cavalo começou a correr, derrubando o rapaz novamente.

Nico xingou alto ao bater no chão e dessa vez Thalia nem checou se ele estava bem primeiro: abafou o riso e foi atrás do cavalo, que não ia muito longe.

— Poxa, amigo, precisa me odiar? — O italiano resmungou e Paladino relinchou, nada feliz em ser amigo.

— Dessa vez ele vai se comportar, não é Paladino? — Thalia perguntou para o cavalo, sorrindo.

— Dessa vez?! — Nico exclamou em pânico. — Não vai ter dessa vez!

— Só mais uma!— Thalia suplicou.

E não foi só mais uma. Na verdade, eles perderam a conta de quantas tentativas e tombos aconteceram, a cada queda Thalia usava um argumento — e talvez um beijo — diferente para conseguir o que queria.

E, no fim, Nico conseguiu subir em Paladino.

— Eu disse que ia conseguir! — Thalia bateu palmas, fazendo um Nico, agora sujo e esfolado, fechar a cara.

— Não disse não.

— Tenho certeza que sim. — Ela retorquiu, sorrindo maliciosa. — Agora, vamos, faça ele andar.

— E como dessa vez, senhorita? — Nico retrucou irônico, um pouco irritado

— Você só precisa dizer, ué. — Thalia deu de ombros.

— Ok. — Foi a vez do italiano retorquir antes de se inclinar na direção do cavalo. — Senhor Cavalo, poderia, por favor, andar?

Aparentemente a resposta era não. Paladino empinou o corpo, relinchando. Nico apertou os arreios na mão e Thalia prendeu a respiração assustada, e, por sorte o rapaz não foi ao chão.

— Você está bem? — Thalia perguntou sem fôlego, aproximando-se de um Nico trêmulo.

— Estou. — Ele engoliu em seco.

— Tem que segurar firme. — Repreendeu irritada, e quando ela estendeu a mão para ajudá-lo a descer, Nico percebeu que Thalia também estava trêmula. — Melhor parar com as aulas de hoje.

Nico a entregou as rédeas e desceu de Paladino, que relinchou.

— Tem certeza que está bem? — Thalia perguntou novamente e Nico assentiu, se aproximando dela logo após vê-la amarrar Paladino na árvore. — Ótimo! — A Grace retrucou, acertando-lhe um tapa no braço. — Não me assuste novamente!