POV Susan


Não tinha palavras para descrever o que eu estava sentindo, só sei que nunca estive tão grata por estar viva. Desfiz o abraço com meu pai

— Os outros já viram você? - meu pai perguntou

— Não. Queria que fosse o primeiro, segundo no caso - falei olhando-o.

— Passei os últimos dias no seu quarto e você acorda justamente quando não tô lá - meu pai falou fingindo estar ofendido

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— Em minha defesa, não estava no controle de quando acordaria, meu pai - respondi olhando-o e ele sorriu

— Vamos falar com o pessoal - meu pai falou e seguimos para fora da oficina.

Começamos a subir a escada e ele indicou que eu esperasse. Ele foi na frente, passou pelos vingadores, todos o seguiram com o olhar, meu pai se aproximou do balcão do bar e se serviu de uísque.

— O clima aqui tá tão pra baixo - meu pai falava como se não fosse nada - Acho que uma viagem nos faria bem.

— E a Susan? - Natasha perguntou

— O que quê tem ela? - ele perguntou e tomou um gole

— Como você pode pensar em viajar com a Susan naquele estado? - Steve falou indignado

— Não sei, pai. A situação pede uma festa, ao invés de uma viagem - mal terminei de falar e fui abraçada pelos vingadores

Vi o momento que todos ficaram aliviados ao me ver bem, olhei em volta e vi que havia um Vingador faltando.

— Onde está o Clint? - perguntei e eles se olharam

— Não sabemos - Steve falou

— Depois que ele encontrou o corpo da Gabriella, ele sumiu - Nico falou se aproximando

— Nem eu consigo entrar em contato com ele - Natasha falou

— Tudo bem - Susan falou e mudou de assunto - Vou tomar um banho. E volto pra preparar um lanche pra gente.

Susan subiu as escadas praticamente correndo, entrou no banheiro, e quando tirou a calça e a blusa e viu a sonda pela qual estava sendo alimentada, preferiu não mexer e deixar o Banner ou o pai tirarem, tomou um banho relaxante, mas rápido. Desceu a escada e foi para a cozinha, preparou uma torta salgada, uma jarra de suco e levei pra sala de jantar. Todos se serviram, sentei entre o pai e o Nico, começamos a comer.

— Já estava sentindo falta da sua comida - Natasha falou e sorri

— O que aconteceu no tempo que eu fiquei... morta? - perguntei olhando-os

— Em resumo? - Natasha falou e eu assenti

— O exercício chitauri morreu, seu pai matou um deus, três olimpianos aparecessem na Torre e você voltou - Natasha falou

— Meu pai o quê? - perguntei surpresa

— Loki está morto - Steve falou

— Como? - perguntei olhando o meu pai

— Eu não sei, apenas senti um ódio incontrolável, peguei sua espada e sua adaga e decidi que um dos dois acabaria morto - meu pai falou - Não sei como, mas..

— Parecia que enxergava através de uma fina camada vermelha e flashes de como usar as armas passou na sua mente - falei interrompendo-o

— Exatamente isso - Tony falou e eu entendi

— A bênção de Ares - falei simplesmente

— E o que aconteceu com o Loki? - perguntei olhando o Nico

— Thor levou o corpo dele para Asgard, para que fosse enterrado - Steve falou me olhando

— Mas a alma dele está aguardando o julgamento no submundo - Nico respondeu com frieza

— Ele ainda não foi julgado? - perguntei olhando-o e ele negou com a cabeça - Porque?

— Meu pai quis esperar você acorda, para avaliar suas sequelas antes de dar a sentença - Nico falou

— Quero estar presente no julgamento - falei firme

— Tem certeza? - meu pai me olhou

— Eu preciso saber - falei simplesmente - Quero assistir o julgamento

— Vou avisar ao meu pai pra saber o horário e vamos - Nico falou, eu assenti e ele olhou pro meu pai - Ele não pode fazer nada contra a Susan no Submundo. Ela vai ficar em segurança.

— Tudo bem - meu pai falou

Seguimos a tarde, juntos e quando lembrei de uma coisa que havia pedido antes da Guerra.

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— Natasha troca de roupa, nós vamos dar uma volta - falei me levantando e ela me olhou - Rápido.

— Pra onde vamos? - ela permaneceu sentada enquanto me olhava

— Você vai descobrir - respondi e ela se levantou indo se trocar

Minutos depois estávamos no meu carro, indo em direção ao hospital que a Tia Martha trabalha, liguei pedindo uma ajuda. Quando chegamos ao estacionamento do hospital, Natasha me olhou.

— O que estamos fazendo aqui? - ela perguntou enquanto eu soltava o cinto de segurança

— Você tem uma consulta - falei saindo do carro e ela me acompanhou

— Como assim? - ela perguntou me olhando

— Preciso saber de uma coisa - falei e entramos no hospital

— Oi Su - tia Martha me cumprimentou

— Oi tia. Essa é a Natasha, foi pra ela que marquei a consulta - falei e a Tia Martha olhou pra Nat

— Muito prazer - ela falou cumprimentando a Natasha

— Prazer - ela respondeu e a Tia Martha nos guiou até o consultório da ginecologista

— Ela vai chegar em alguns minutos, é só aguardar, irei visitar alguns pacientes e volto assim que der - ela falou

— Tudo bem. Obrigada, Tia - falei quando ela saiu

— Susan, o que viemos fazer aqui? - Natasha perguntou impaciente

— Teste de fertilidade - respondi e no segundo seguinte a porta se abriu e a doutora Bittencourt entrou

— Desculpem a minha demora - a doutora falou se aproximando de nós

— Tudo bem - falei ajeitando a postura

— O que as trazem aqui? - A doutora Melissa perguntou

— Vim em busca da comprovação de um milagre - falei e a doutora Melissa me olhou intrigada - A minha amiga, passou por um procedimento cirúrgico, e tudo indica que qualquer possibilidade dela engravidar foi comprometida. Estamos aqui para saber se realmente é verdade.

— Susan? - Natasha falou e eu ignorei

— Podemos fazer uma ultrassonografia transvaginal para sabermos com mais precisão - a doutora Melissa Bitencourt falou e eu assenti - Irei preparar a maca e os equipamentos.

— Perfeito - falei e a doutora se retirou

— Susan, é perda de tempo - Natasha falou me olhando - Retiraram meus óvulos e útero. Não tem como...

— Poderia aprender com seu marido a ter um pouco de fé, senhora Rogers - falei interrompendo-a - Apenas deseje com sinceridade.

— Você acha que eu não queria poder dar um filho ao Steve? - Natasha falou e pela primeira vez a vi lacrimejar - Eu queria poder.

— A minha pergunta é... você quer dar um filho ao Steve? - perguntei olhando-a

— É o que eu quero - ela falou e no instante seguinte a doutora voltou e nos levantamos.

Ela nos guiou até a maca. Natasha se deitou e a doutora fez todo procedimento.

— Senhora Rogers - Melissa falou e olhou a Natasha - A sua cirurgia não afetou em nada o seu útero. Você é totalmente fértil.

— O quê? - Natasha sussurrou surpresa e eu suspirei aliviada

— Não se preocupe. A senhora pode engravidar sem problema algum - Melissa repetiu e depois me olhou - E quanto a senhora?

— Eu o quê? - perguntei olhando-a

— A sua injeção é daqui a dois dias - Melissa falou e eu assenti

— Não se preocupe, não irei esquecer - afirmei e ela assentiu

Melissa se afastou e Natasha me olhou

— Como isso é possível? - Natasha perguntou

— Os deuses me concederam um pequeno milagre - respondi e Natasha me abraçou

— Muito obrigada, Su - Natasha sussurrou - Não sei como agradecer.

— Deixa eu ser a madrinha do seu filho e estamos quites - falei e Natasha riu

— Fechado - Natasha falou sorrindo

Horas Mais Tarde.


Eu estava a poucos metros da casa no campo. Andei até lá, subi os degraus da varanda, e bati na porta. Pude ouvir passos e a porta foi aberta em seguida.

— Pequena? - Clint perguntou surpreso ao me ver

— Oi Passarinho - falei olhando-o - Eu quero te pedir...

Ele veio em minha direção e me abraçou forte.

— Você tá viva - ele falou me abraçando - Achei que ia perder você também.

— Eu sinto muito, pela Gabi - falei e desfizemos o abraço

— Eu vi o que fizeram a ela - Clint falou entrando na casa e eu o segui.

— Clint, não causamos mortes - falei olhando-o - Não somos nós que decidimos, vida e morte está além de nós. Somos apenas instrumentos para que as mortes aconteçam.

— Depois de saber que ela morreu, você em coma por tempo indeterminado - Clint falou se sentando - Eu não consegui ficar na Torre.

— Entendo... a gente sente a sua falta, Clint - falei olhando-o - Volta pra casa

— É muita coisa pra absorver, pequena - Clint falou e se levantou

— Se quiser... Posso ajudar - falei e ele me olhou

— Usando magia? - ele perguntou e eu assenti

— Não fazê-lo esquecer, mas ajudar a com a mudança que tudo trouxe - expliquei e ele assentiu

— Então faça - ele falou, me levantei e caminhei até ele.

Nós nos olhamos nos olhos e estalei os dedos. O olhar dele que antes estava carregado de pesar, se suavizou, como se o peso do mundo tivesse sido tirado das suas costas.

— Pronto para ir pra casa? - perguntei e ele assentiu

— Vou buscar as minhas coisas - Clint falou e eu assenti

Depois de uns dez minutos, ele retornou, viajamos pelas sombras e chegamos na Torre.

— Como encontrou o Clint? - Natasha me perguntou me olhando após cumprimentar o Clint

— Poder usar magia tem lá as suas vantagens - falei e ela assentiu.

Na manhã seguinte.


Olhei pro relógio que marcava as 8h, terminei de amarrar o meu cabelo, calcei meu all star, Nico colocava a jaqueta de aviador dele.

— Tem certeza que quer ir ao julgamento? - ele me perguntou

— Tenho - falei firme, ele assentiu, me abraçou e viajamos nas sombras.

Chegamos no Palácio de Hades, e o lugar que parecia movimentado agora estava silencioso.

— É por aqui - Nico falou e eu o acompanhei

Ele seguiu caminho até a sala do trono, Hades parecia mais ameaçador do que de costume, um olha frio, sem emoções, não era o meu sogro a minha frente, era o juiz dos Mortos.

— Meu senhor - falei me curvando

— Levante-se - ele falou e eu obedeci - Estávamos aguardando você. Podemos dar início ao julgamento?

— Sim senhor - falei olhando-o

O barulho de uma das portas se abrindo chamou nossa atenção, um servo de Hades entrou, curvou-se diante de nós e disse

— Meu senhor, um dos réus insiste em falar com a sua protegida - disse de cabeça baixa como se temesse a reação dele

— Qual dos réus? - Nico perguntou olhando-o

— Loki, senhor - o servo parecia se encolher ao responder

— Quanta ousadia, depois de tudo que ele fez, ainda acha que tem o direito de falar com ela? - Nico estava irradiando ódio

— Nico... - ia tentar acalma-lo mas ele recuou

— Você não vai - ele falou me olhando

— Isso é a Susan que deve decidir - Hades falou firme

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— Não pode permitir que ela vá falar com ele - Nico falou um pouco alterado - Não depois de todo mal que ele nos causou, não depois do que ele fez ao seu neto.

— Acima do que sinto, preciso ser justo no julgamento - Hades falou firme - Você deverá aprender isso.

— Sim senhor - Nico falou com a raiva mal contida

— Qual a sua decisão, minha nora? - Hades perguntou

— Verei o que ele quer - falei e Hades assentiu

— Acompanhe a Susan até a cela do Loki - Hades ordenou e o servo levantou

Caminhamos por alguns corredores, até sairmos do palácio, andamos alguns metros até chegarmos ao complexo de celas. Ele abriu a porta e indicou que eu entrasse, entrei andando pelo corredor mal iluminado, continuei a caminhar tentando ouvir algum som.

— Sabia que viria - ouvi a voz do Loki e parei me virando na direção da voz dele.

— O que quer comigo? - perguntei olhando-o através das grades.

— Pedir um favor - Loki falou e eu ri

— Deixe-me adivinhar, quer que eu interceda por você? - perguntei com ironia

— Pela Gabriella - Loki falou e eu parei de rir - Quero que interceda por ela

— E porque eu faria isso? - perguntei olhando-o

— Porque ela não deve pagar pelos meus erros - Loki falou olhando pra baixo - Ela não passava de uma peça no plano que elaborei. Não seria justo ela pagar como se tivesse planejado.

— Porque essa preocupação com ela agora? - perguntei curiosa

— Em todos os meus séculos de vida, nunca tive alguém tão leal ao meu lado, independente de tudo ela esteve ao meu lado e morreu por causa disso - Loki falou

— Ela te amava - falei olhando-o - Poderia ter desfrutado desse amor

— Não posso - ele falou e me olhou - Porque você tava certa, não sei o que é amar, nunca conheci o amor, conheci apenas o poder.

Fiquei olhando-o se levantar do chão da cela

— Mas tô te pedido apenas uma chance de poder fazer algo que não seja por mim - ele se aproximou da grade e pude ver os ferimentos causados pelo meu pai - Interceda por ela.

— Um pouco tarde pra querer ser o bom samaritano - falei virando as costas e caminhei pelo corredor

— Por favor, Susan - ele falou e eu ignorei - SUSAN!

Segui o caminho de volta até o Palácio. Retornei para a sala que o Nico e Hades estavam, Nico parecia aflito e vi alívio quando me olhou passar pela porta

— O que ele queria? - Nico perguntou

— Nada, apenas nos fazer perder tempo - falei simplesmente

— Então vamos terminar logo com isso - Hades falou e nós o acompanhamos

Seguimos até uma sala, escura e como tudo no mundo inferior era iluminada por chamas, as almas que formavam o júri se acomodaram, Nico assumiu seu lugar no júri. Hades ocupou sua cadeira de juiz. Ele indicou o assento ao lado do Nico e me sentei.

— Tragam os réus - ele falou e servos trouxeram o Loki e a Gabriela

Ambos ainda estavam com os trajes da batalha, sangue seco manchava a pele deles e suas roupas

— Todos aqui já estão cientes do que ocorreu, decidam a pena dos réus - Hades falou e os cochichos começaram na bancada.

— Queremos ouvi dos réus o que fizeram - um representante do júri falou e Hades assentiu

— Meu nome é Loki Laufeyson, Príncipe de Asgard, orquestrei minha vingança contra os Vingadores, usando a Susan pra alimentar a vida do meu exército. - Loki falava sempre mantendo a postura e a cabeça erguida - Usei tudo e todos como meus recursos, matei muitas pessoas no processo.

— Incluindo uma criança que sequer havia nascido - Nico falou e pude sentir o ódio em sua voz

— Eu sou Gabriella Francis, fui aliada do Loki em boa parte do seu projeto se vingança - Gabriella falou e isso pareceu afetar o Loki - Estava completamente ciente de casa ato e mesmo assim trilhei esse caminho.

— Não foi isso que combinamos - Loki falou baixo, mas devido a super audição do Soro consegui ouvir

— Não irei abandonar você - ela sussurrou de volta

— Qual a decisão do Júri? - Hades perguntou olhando-os

— A decisão foi unânime - o representante falou - Campos de punição.

Loki me olhou e pude ver o seu olhar uma súplica silenciosa.

— Sendo assim... - Jade começou a falar

— Espere - falei e Nico me olhou

— O que está fazendo? - ele me perguntou intrigado

— Gostaria de ter a palavra por um momento - pedi e Hades assentiu

— Conheci a Gabriella dela conhecer o Loki, ela não era uma má pessoa - falei olhando-a e olhei para Hades - Loki é conhecido por ser manipulador, mentiroso e trapaceiro.

— Tudo que fiz foi por amor - Gabriella afirmou e a Hades a olhou

— O coração é enganoso e pode ser facilmente corrompido - falei tentando ressaltar

— Não estava enfeitiçada - ela defendeu

— Cala a boca - Loki falou duro e o olhou sem entender

— Sei que não, mas sei o que é se levar pelo sentimento, fazer tudo para agradar alguém que ama - falei novamente - Acredito que tudo que ela fez não foi guiada pela maldade ou vingança, mas pelo sentimento que nutre pelo Loki. Sugiro uma punição diferente para ela.

— Qual seria a punição? - Hades perguntou intrigado

— Campos Elíseos - falei olhando-os e vi Loki dar um breve suspiro de alívio

— Torná-la uma alma a deriva no mundo inferior? - o representante do júri perguntou

— Não exatamente. Sugiro colocá-la nos Campos Elíseos, mas com todas as memórias e sentimentos que tem, para que ela possa escutar os gritos de sofrimento do Loki nos Campos De Punição - falei, vi a lágrima escorrer pelo olho da Gabriella, vi o Loki me olhar assustado - Qual punição pior do que ver o homem que ela ama sofrer?

— Não - ele sussurrou

— Por favor, não. Me coloque nos Campos De Punição, me deixem vagar sem rumo e sem memória nos Campos Elíseos, mas isso não - Gabriella suplicava - Eu imploro, aceito qualquer coisa menos isso.

— O que o júri tem a dizer? - Hades perguntou olhando-os

— O Júri concorda - o representante falou

— Estão está decidido - Hades falou se levantando - Podem levá-los

Me virei para Hades e pedi

— Gostaria de falar com ela antes - pedi e mesmo sem entender ele concordou

Fui atrás dela, os servos nos deixaram a sós em uma sala.

— Porque você fez Isso? - ela perguntou sem me olhar e tentando conter as lágrimas

— Porque se eu não fizesse não teria como você ajudá-lo - falei e ela me olhou

— Ajudar? Como? - ela perguntou me olhando

— Sei que Hades não irá poupar o sofrimento dele e sinceramente espero que ele não poupe - falei e suspirei - Existe um lago de fogo, todos os dias após a sessões de tortura, você vai aos lago, enche com água de fogo, e derrama sobre o Loki. A princípio irá queimar, mas irá cura-lo em seguida. Tem algumas árvores frutíferas nos Campos Elíseos, leve algumas e o alimente.

— Porque está fazendo isso? - ela perguntou me olhando

— Dizem em vida "até que a morte os separe", mas no seu caso, pode ser que a morte os una - falei e virei as costas.

— Susan? - ela me chamou - Obrigada

— Não agradeça, devia uma ao Loki por salvar minha vida, no Novo México - falei saindo

— Loki pediu Isso? - ela perguntou me olhando

— Ele pediu apenas que intercedesse por você - respondi e sai da sala

Encontrei o Nico e fomos de volta pra Torre dos Vingadores.

Semanas Depois


— Amor, podemos ir? - Nico perguntou abrindo a porta da minha sala no buffet

— Só um instante - falei trocando meu salto pela sapatilha, levantei da cadeira e peguei minha bolsa e as pastas sobre a mesa

— Levando trabalho pra casa? - Nico perguntou me olhando

— E vejo que não sou a única a fazer isso - falei vendo ele segurar algumas pastas também

— Só tô levando pra revisar alguns documentos - Nico se defendeu

— Vamos pra casa - falei e começamos a caminhar em direção ao estacionamento.

Entramos no carro e fomos em direção a Torre. Estacionamos, fomos para o elevador e subimos pro andar dos Vingadores, ao chegarmos as portas se abriram.

— Surpresa - os Vingadores gritaram.

Eles estavam de pé, meu pai estava segurando o bolo com 18 velas.

— O que? - perguntei surpresa

— Nós não comemoramos seu aniversário - Steve falou - Então decidimos comemorar agora

— Faz o pedido e assopra as velas - meu pai falou se aproximando

— Não preciso fazer pedido - falei colocando a bolsa e as pastas em uma cadeira - Já tenho tudo que eu quero

Assoprei forte e as velas apagaram. Os Vingadores aplaudiram animados e cortei o bolo.

— Aproveitando esse clima festivo, quero compartilhar uma coisa com vocês - Steve falou e olhou para Natasha

— O que é? - perguntei olhando-os

— Eu tô grávida - Natasha falou

Todos fomos parabeniza-los pela novidade. Clint parecia surpreso, ele sabia que a Natasha era estéril. Me aproximei dele e sussurrei

— Milagres acontecem - falei normalmente e ele assentiu

Passamos a tarde inteira comemorando em família. Quando o pensamento veio "será que algum dia conseguirei ter um filho, sem ser afetada pela perda do meu bebê?".