Depois da tarde festiva, fui tomar um banho para relaxar, vesti um vestido simples e uma sapatilha, estava secando meu cabelo quando o Nico apareceu saindo do Meio das sombras e ele parecia um pouco sério.
— Está tudo bem? - perguntei olhando-o através do espelho
— Está é que... meu pai quer falar com você, e pela jeito parece que é sério. - Nico falou e assenti
— Vou trocar de roupa - falei terminando de amarrar o meu cabelo
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Me levantei e usando magia, mudei a roupa. De um vestido para uma calça jeans e um blusa, minha sapatilha pra um all star.
— Podemos ir? - perguntei e Nico estendeu a mão.
Quando a segurei começamos a viajar nas sombras. Estávamos no pátio do palácio de Hades, um servo parecia nos aguardar, ele nos olhou e seguiu caminho até a sala do trono. As portas da sala se abriram com o barulho e Hades nos olhou.
— Retomaremos em uma hora - Hades falou e todos pararam - Saiam, quero conversar com a minha protegida a sós.
Todos saíram exceto o Nico e isso não pareceu incomodar o deus dos mortos.
— Todos os dias, Loki é deixado fraco e ferido, mas na manhã seguinte ele está curado e pronto pra mais um dia - Hades falou me olhando - Como isso é possível?
Permaneci em silêncio apenas olhando-o
— Eu sei o que você fez - Hades falou me olhando
— Não entendi - fingi de desentendida
— Você ensinou a Gabriella a como tornar a estadia dele suportável - Hades falou e não desviei o olhar
— Porque ela faria isso? - Nico perguntou tentando tomar partido
— Porque se fosse você, eu faria a mesma coisa - respondi e ele me olhou surpreso - Nós tivemos a oportunidade de nos amar em vida, eles não.
— Loki é um maníaco - Nico falou me olhando
— Loki é apenas uma pessoa que não aprendeu a amar, tudo que ele sentia era vazio, dor - falei olhando-o - Gabriella pode ensinar algo novo a ele.
— Susan, o Loki te matou - Nico falou como se eu tivesse esquecido o que aconteceu
— Eu me matei. Eu poderia ter acabado com aquilo, poupado tantas vidas de semi-deuses, mas o que sinto por você e pela minha família é forte e precioso demais para que eu abrisse mão - falei firme enquanto o olhava.
— Por isso queria a Gabriella com as memórias e sentimentos? - Hades perguntou e eu assenti
— Só peço que deixe-a cuidar dele, conforta-lo - falei olhando-o
— Isso vai contra as regras - Hades falou me olhando - Não posso permitir
— Não precisa... apenas deixe acontecer - falei olhando-o
— Depois de tudo que ele fez, ainda tenta ajudá-lo? - Nico perguntou me olhando
— Independente do mal que fizeram, não desejo a ela as coisas que não quero para mim - falei e olhei para Hades - Não estou agindo pra ser uma boa moça, nem uma boa samaritana, nem mesmo pra ajudar o Loki. Tô fazendo porque entendo a Gabriella.
— Como assim? - Hades perguntou intrigado
— Porque como ela, também dei a minha vida pra ajudar aqueles que amo - falei olhando-o - E faria mil vezes se fosse necessário. Se eu não tivesse conseguido me sentiria culpada eternamente.
— Assim com ela deve estar se sentindo porque Loki também morreu - Nico entendeu e eu assenti - Então pra que ela tenha um pouco de paz, ensinou uma maneira de deixá-la a continuar ajudando o Loki.
— Todo mal e dor que eles me fizeram, não mudaram que eu sou - falei olhando-o - Não sou uma pessoa ruim.
— Eu sei disso - Nico falou e deu um sorriso discreto
— Sendo assim, acho que posso fingir que não percebi o que está acontecendo - Hades falou me olhando
— Obrigada, meu sogro - falei agradecendo e ele sorriu
— Até porque, como a súbita regeneração do Loki, nossos torturadores estão tendo que ser mais criativos com ele - Hades falou como se não fosse nada
— Que crueldade, meu sogro - falei em tom brincalhão
— Não sou cruel, minha nora - Hades falou no mesmo tom - Quanto aos meus servos não posso dizer a mesma coisa.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Imagino que não - falei e ele sorriu
— Se aproxime - ele pediu, me aproximei dele que se inclinou e falou - Hera pediu pra dar um recado. Não fique angustiada, tudo ocorre no tempo certo. Quando for a hora, terá a família que tanto sonhou.
Apenas olhei e acenei com a cabeça agradecendo.
— Podem ir - Hades falou quando me aproximei do Nico - Até a próxima.
Acenamos e viajamos nas sombras de volta ao nosso quarto na Torre. Senti o Nico me abraçar por trás.
— Estou orgulhoso de você - Nico falou - Não conseguiria fazer o quê fez pela Gabriella
— Foi até fácil - falei e ele me olhou - Só me perguntei o que faria fosse você.
— Se fosse eu nos Campos de punição? - Nico perguntou curioso
— Não - falei e me virei para olha-lo frente a frente - Me perguntei o que faria se fosse afastado de mim. Sei que não consigo suportar isso. Não consigo imaginar uma vida longe de você.
— Nem precisa. Porque também não sei viver sem você, Meu Amor - Nico falou e me beijou com carinho - Lembra do que falamos em Vermont?
— De morarmos sozinhos? - perguntei e ele assentiu
— Como tudo isso acabou, não tem mais perigo - Nico começou a falar
— Também acho que tá na hora de ter nosso cantinho - falei e ele sorriu, voltando a me beijar.
Na Manhã Seguinte
— Você não vai se mudar - meu pai falou sério
— Para com o drama - falei olhando-o
— Se você estiver longe, como vou poder te proteger? - ele perguntou me olhando - Sua mãe pediu que eu cuidasse de você. E vou fazer gostando ou não.
— Pai, seja razoável - tentei e ele se recusava a prestar atenção
— E se não for uma mudança permanente? - Nico perguntou olhando-o
— Como assim? - meu pai perguntou curioso
— Desde que nos casamos, praticamente não tivemos um tempo pra gente. Só queremos um tempo pra aproveitar nosso casamento - Nico falou - Se a mudança tiver um prazo.
— Quanto tempo? - meu pai perguntou
— Um ano - falei olhando-o
— Um ano? - ele perguntou e pareceu pensativo
— Se tiver alguma ameaça, voltamos pra Torre - falei na tentativa de convence-lo e ele suspirou
— Um ano não parece tanto tempo assim - ele falou a contra gosto, me levantei pra abraça-lo
— Obrigada, pai - falei e percebi que ele sorria - Vou arrumar as minhas coisas.
— Tudo bem, vou mandar deixarem o jato preparado - ele falou, assenti e fui em direção ao quarto
Minutos depois que entrei, ouvi a porta do quarto abrindo e o Nico entrou. Caminhei até a cama e me sentei
— Porque mudou de ideia sobre morarmos em Vermont? - perguntei curiosa
— Porque vi uma coisa no olhar do seu pai, que me identifiquei muito - ele respondeu e se sentou ao meu lado
— O quê? - perguntei intrigada
— Ele também é incapaz de viver sem você - Nico respondeu e sorriu - Compreendo esse sentimento melhor que ninguém.
— Então vamos passar um ano em Vermont? - perguntei olhando e ele assentiu
— E torcer que nenhuma ameaça mundial no faça sair de lá antes disso - ele falou me olhando
— Então temos que arrumar as malas - falei me levantando e Nico me acompanhou
Meses Depois
Acordei e senti um cheiro de omelete de queijo vindo da cozinha, olhei pro lado e vi que o Nico não estava, me levantei, peguei a camiseta do Nico que estava ao lado da cama e a vesti por cima da lingerie, caminhei até a cozinha e quando cheguei encontrei o Nico fazendo nosso café da manhã.
— Vai me deixar mal acostumada - falei me aproximando
— Mas a ideia é justamente essa - ele falou se virando pra mim e me abraçou - Bom dia, Amor
— Bom dia - respondi e ele me deu um selinho
Tomamos nosso café e arrumamos a cozinha, assim que limpamos tudo, fomos para sala.
— Nós só temos que estar no buffet, ás 15h - falei quando o Nico se sentou no sofá - Alguma ideia do que podemos fazer?
— Tenho uma - ele me puxou pelo braço e me sentei no colo dele
— E o que seria? - perguntei me fingindo de desentendida
— Vou te mostrar - ele falou e começou a se aproximar de mim para dar um beijo, mas parou no momento que meu celular começou a tocar Iron Man de Black Sabbath e ele suspirou pesadamente, quanto eu pegava o celular - Tava demorando
— Oi pai - falei ao atender
— Oi Su! Como você tá? - ele perguntou na linha
— Estou bem. E vocês como estão? - perguntei saindo do colo do Nico
— Estamos bem - ele respondeu e ouvi um grito de dor - Alguns melhores que outros
— O que aconteceu? - perguntei ficando preocupada
— Volta quando para casa? - ele perguntou normalmente ignorando a minha pergunta
— Daqui a quatro meses - respondi sem entender o ruma da conversa
— Fiz algumas alterações na Torre, acho que vai gostar - ele falou e ouvi outro grito de dor
— Três minutos - ouvi a voz do Banner no fundo
— O que tá acontecendo aí? - perguntei
— A Natasha entrou em trabalho de parto - ele respondeu simplemente - Quando você volta pra casa mesmo?
— Chego na Torre em 10 minutos - falei olhando pro Nico
— Imaginei isso - meu pai falou e pude perceber que ele sorria
— Precisava enrolar tanto pra falar que a Nat tá tendo o bebê? - falei seguindo o caminho até o meu quarto e o Nico me acompanhou
— Qual seria a graça se eu falasse direto? - perguntou meu pai
— Você não tem jeito - falei simplesmente - Te vejo na Torre.
— Até mais - ele falou e encerramos a ligação
Entramos no quarto e começamos a arrumar uma mochila com roupas, trocamos de roupa e logo estávamos prontos para ir, demos as mãos, e viajamos nas sombras para o andar a enfermaria da Torre. Aparecemos no meio do corredor e seguimos o caminho para a sala de espera, a Pepper havia voltado de viagem há alguns meses, meu pai estava ao lado dela, de alguma forma ela parecia muito mais ansiosa que o normal, Clint estava sentado mexendo no celular para tentar se distrair. Sabia que o Steve estava com a esposa.
— Oi gente - falei assim que cheguei e larguei a mochila no chão
— Oi Su - falaram se levantando pra me abraçar
— Alguma novidade? - Nico perguntou
— As contrações estavam de 30 segundos quando a levaram pra sala de parto - Pepper respondeu
— Só nós resta esperar - Clint falou e eu assenti
Me sentei fazendo uma prece silenciosa a Hera para que desse tudo certo. 1h se passou desde que cheguei, mas parecia uma eternidade, eu já começava a ficar nervosa quando vimos o Steve chegar secando as lágrimas.
— Steve? - chamei me levantando - Tá tudo bem?
— Não poderia estar melhor - ele falou sorrindo - Meu filho nasceu.
Todos nós suspiramos aliviados, fomos parabenizar o Steve. Depois de alguns minutos o Banner apareceu.
— Oi gente - ele falou - Querer ver a Natasha e o bebê?
Todos concordamos e fomos em direção ao quarto. Banner abriu a porta devagar e vimos a Natasha deitada na cama, ela parecia cansada.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Oi mamãe - falei ao me aproximar da cama
— Su? - ela falou se sentando e me abraçou - Pensei que só voltaria em 4 meses
— Até parece que iria perder esse momento - falei e ela sorriu
— Você tá acabada, e olha que já vi você depois de uma guerra - meu pai falou e todos seguramos o riso
— É bom te ver, Stark. E isso me lembra que... - Natasha falou e olhou pro Steve - Eu não vou passar por isso de novo.
— A agente Romanoff, treinada para suportar as piores torturas, com medo da dor do parto - brinquei olhando-a
— Quando você for mãe vai entender do que falei - Natasha falou me olhando
— Onde está o mini Rogers? - Clint perguntou
— Foram limpa-lo, já irão traze-lo - Banner assegurou
Minutos depois a porta foi aberta e a enfermeira entrou carregando um bebê no colo. A enfermeira acomodou o bebê no colo da Natasha que sorriu ao segurar a criança.
— Já escolheram o nome? - Nico perguntou olhando-os
— Philipe - Steve respondeu - Em homenagem ao Agente Coulson
— Quem é o Agente Coulson? - Nico perguntou
— Ele morreu durante a primeira invasão do Loki, para nos proteger - meu pai respondeu
— Ele iria surtar de alegria ao saber que o filho do seu herói tem o nome dele - Clint falou e pude sentir um leve pesar
— Ele vai surtar - murmurei, mas não foi baixo o suficiente pro Steve
— Como assim? - olhei pro Steve sem saber o que fazer
— Nada... eu só quis dizer, que onde quer que ele esteja ele vai surtar de alegria - desconversei torcendo pra que desse certo
— Você é uma péssima mentirosa - Natasha falou - O que você sabe que nós não sabemos?
— Isso depende do assunto - falei sendo evasiva
— Susan - meu pai me repreendeu - O que aconteceu?
— Loki matou o Agente Coulson - falei simplesmente - Única perfuração, rasgou o coração ao meio, morte instantânea.
— Senti a alma do Coulson chegar ao mundo inferior naquele dia - Nico falou - Só não sabia quem era
— O problema é que... A alma foi puxada de volta - Nico falou - Por dias ela ficava indo e voltando, até que sumiu de vez.
— Estão nos dizendo que o Phil pode estar vivo? - Pepper perguntou
— Não sabemos. Mas se ele está, como ele voltou? - Nico falou
— Se ele tá vivo, o Fury sabe de alguma coisa - Steve falou
— Não importa - falei e eles me olharam
— Como não? Ele é nosso amigo, nosso aliado - Natasha falou - Merecemos saber.
— O que uniu vocês? - perguntei
— O sacrifício do Coulson - Steve falou - Estávamos sem foco, até que...
— Sei que ele está feliz que aquilo não tenha sido em vão - falei olhando-os - Vamos deixar as coisas assim. Se ele realmente está vivo, ele irá falar com vocês no momento certo e ficará feliz com a homenagem.
— Só me pergunto, o que fizeram com ele para que ninguém soubesse do retorno dele? - Banner falou e todos ficaram cansativo
— Provavelmente deram um período de férias no Taiti - falei e eles me olharam - Ouvi dizer que é um lugar mágico.
— Independente do que aconteceu. Não perdemos um amigo - Steve falou sorrindo e olhou o filho
— Ele é lindo - Pepper falou se aproximando
— Quer segura-lo? - Natasha perguntou e Pepper assentiu
Pepper segurou o bebê e sorriu, depois uma lágrima escorreu, ela tava emocionada.
— Olha isso Stark, o que passa na sua mente? - Clint perguntou olhando-o
— Não sei se tô pronto pra ser pai - meu pai falou com os braços cruzados
— Você já é pai e é muito bom nisso - falei e ele me olhou - Você fica triste por ter perdido meu crescimento, dessa vez iria acompanhar tudo e já com a experiência de como lidar com um adolescente rebelde.
— Dois filhos rebeldes seria castigo - meu pai falou
— Castigo, não. Carma - falei olhando-o - Rebeldia tá no DNA Stark
— Eu tô grávida - Pepper falou olhando o bebê
— Você... - meu pai começou a falar e a Pepper assentiu entregando o bebê a Natasha
— Descobri há alguns dias - ela falou secando as lágrimas - Eu não sabia como te contar, eu estava esperando o momento...
Nesse momento meu pai a interrompeu e a abraçou.
— Vamos ter um filho - meu pai falou pra ela que sorriu e chorou abraçada ao meu pai
— É Banner, acho que só nós dois iremos nos livrar da paternidade - Clint falou e nós rimos
— Bem vindo a família, Phil - falei olhando o pequeno Rogers no colo da Natasha
Pela primeira vez, sinto que todos estão tendo a felicidade que merece.
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