I Miss The Misery

2º Temporada- "All For Love" Part 1


"Esqueça o meu rosto e o meu telefone, não mande mensagem, esqueça o meu nome. O meu corpo, alma e coração pertencem a outra mulher. Esqueça as promessas, o louco desejo. Esqueça o perfume e o gosto do beijo".

Castiel Miller

—Alô? —engulo em seco.

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—…. oiço uma respiração.

—Cast... -sou interrompida.

—Sê feliz...

A chamada termina logo de seguida, deixando-me a olhar para a tela do celular sem saber o que fazer ou pensar. O meu olhar eleva-se para cima e a minha vista fica embaciada por conta das lágrimas que inundam o meu rosto. Atiro o celular para cima da cama com força e dou uma vazada na mesa de cabeceira partindo perfumes entre outros.

Deixo me cair no chão segurando o longo cabelo castanho húmido, segurando com a outra mão a toalha molhada que cobre o meu corpo.

A porta do quarto se abre estrondosamente e Sarah apressa-se até a mim, segurando-me com força.

—O que aconteceu? O que te deixou nesse estado? Fala comigo Lake! -pede preocupada.

—Eu perdi-o Sarah! Eu perdi-o para sempre!

Mesmo sem ela entender do que falo, seus braços acolhem-me carinhosamente.

—Vai ficar tudo bem...

(…)

A porta abre-se e Sarah entra com uma caneca de chá e um comprimido. Aconchego-me na cama e ela senta-se junto de mim.

—Fiz um chá para te acalmares, e o comprimido é para te ajudar a dormir –diz e eu olho torto para a caneca que segura na mão.

—Não quero chá nenhum, podes dá-lo ao Max –respondo.

—Pois mas o Max não chorou nos meus braços durante 3 horas, por isso vais beber essa caneca inteira e sem reclamar antes que eu me irrite! -eu olho para Sarah incrédula.

—Pronto calma, eu bebo –pego na caneca.

—Vês, autoridade natural é bom –sorri_ Agora...queres me contar o que te deixou nesse estado? Ou melhor, quem?

Acabo de bebericar o chá e fito-a, olhando de novo para a caneca com o liquido quente que vai arrefecendo.

—Tu tens alguém em Portugal não tens? -pergunta meiga, colocando a sua mão sobre a minha perna coberta pelo cobertor.

—Tenho... ou melhor, tinha –uma lágrima cai_ ele ligou-me a dizer para eu ser feliz! A maldita noticia chegou a Portugal e ele pensa que eu estou com o Machine!

—Já lhe explicas-te isso? -volta a perguntar.

—Ele não me atende, nem me responde ás sms –respondo_ O que eu faço? - tapo a cara com as minhas mãos_ Eu amo-o tanto Sarah!

—Calma, ouve-me, porque não vais a Portugal? Resolve esse sufoco que tens dentro de ti e depois volta –aconselha a morena.

—Eu não posso ir embora agora Sarah, estou com sessões e projetos até ao pescoço. Se eu me for embora chamam outra pessoa, ou até me despedem.

—Não podes pedir, sei la um fim de semana para ires a Portugal? -pergunta e eu suspiro.

—Eu tenho que falar com o Julius, faltam três meses para o estágio acabar, é possível que eu não possa pedir mais folgas tão cedo. Eu já supliquei por esta, quanto mais para pedir dois ou 3 dias.

—Vá, não penses nisso agora. O comprimido vai fazer efeito e vê se dormes sim? -ela levanta-se e vai em direção da porta_ Lake –ela chama-me e eu fito-a_ Como ele se chama?

—Castiel, Castiel Miller –respondo_ Sarah! -ela me olha_ obrigado...

Ela assente e apaga a luz do quarto, fechando a porta de seguida. Aconchego-me na cama e fico a olhar para o teto, lembrando-me de todos os momentos que tive com ele.

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Flashback On

Sinto seu corpo subir para cima de mim e logo ele me penetra gentilmente. Arfo, cheia de calor e desejo pelo ruivo que se encontra por cima de mim. Ele estoca devagar e vai aumentando a velocidade ao longo do tempo. Seu membro vai cada vez mais fundo o que me faz gemer cada vez mais alto. Aperto as minhas paredes e ele arfa e geme junto comigo. Pouco tempo depois, um liquido quente me invade e sinto que chegámos os dois juntos ao climax.

Meu corpo estremece e uma sensação enorme de prazer me preenche. Castiel, por cima de mim, descansa sobre o meu corpo, com a sua cabeça escondida no meu pescoço. Sua respiração está acelerada como a minha. Encosto a minha cabeça com a dele e passo a mão pelos seus cabelos.

—Estives-te bem... - digo corando e ele ri.

—Foi a primeira vez para mim também - ele sorri, mas seu rosto está sério. Eu pisco os olhos sem entender nada_ porque foi a primeira vez que eu fiz com alguém que eu amo de verdade –ele toca no meu rosto e olha-me bem dentro dos meus olhos.

Sorriu ao saber que sou dele, e ele meu...

FlasbackOff

Uma lágrima cai e nesse momento, acabo por adormecer...

(…)

Acordo ás 07:00 com o despertador a tocar. Pego no celular e reparo no risco enorme que o atravessa juntamente com outros mais pequenos. Está estilhaçado, boa.

Levanto-me e vou atá ao banheiro tomar um duche rápido. Olho-me no espelho e só consigo ter pena de mim mesma. Estou com péssimo aspeto. Acho que vou gastar a maquilhagem toda só para esconder isto. Ah espera, também se partiu ontem...

Termino o banho e vou até ao armário escolher algo para vestir. Escolho algo bem simples. Apenas uma t-shirt branca bem simples e umas jeans rasgadas. Calço umas botinhas de cano curto pretas e um casaco de cabedal por conta do frio.

Procuro na bagunça do meu quarto, algum batom que não tivesse partido ou um perfume que não tivesse rachado. Acabo por desistir. Passo eyeliner e vou a correr ter com Sarah.

—Bom dia, tens um batom que me emprestes? -digo meio constrangida. Afinal, a culpa foi minha.

—Toma –ela dá-me um vermelho_ hoje quando sairmos podemos ir ás compras se quiseres.

—Parece-me bem, vai me fazer bem espairecer. Obrigada pelo batom, já te devolvo –saio do seu quarto e volto para o meu para acabar de me arranjar.

(…)

Os fotogramas disparam a cada 2 a 3 segundos. Resultaria bem, se a minha mente não ateimasse em pensar no Castiel. Onde a frase "sê feliz..." continua a assombrar-me a cada segundo que passa, distraindo-me do mundo á minha volta.

—Lake! -Julius acena-me chateado_ Are you lost girl?! (estás perdida garota?)

—Sorry - respondo.

—I don't have the all day! Jesus... what's wrong wit you? (Eu não tenho o dia todo! Jesus... o que se passa contigo?)

O stress vai-se acumulando e deixo de saber o que fazer. Estou num beco sem saída psicologicamente. Só quero ir para casa...

Assim que termino a sessão, corro desesperadamente até ao mini-bar para procurar algo que me desperte. Algo que me tire deste estado. Peço o café mais forte e a empregada entrega o mesmo, olhando-me de forma estranha.

—Algum problema? -pergunto e a empregada nega, levando as mãos ao ar como sinal de rendição.

Dou valentes goles de uma só vez, quando de repente sinto uma mão me tocar no ombro. Olho e vejo Julius, o fotografo.

—Estás bem? -pergunta com o sotaque inglês e dou de ombros.

—Peço desculpa pela sessão de hoje, não estou nada nos meus dias.

—Há alguma forma de eu te poder ajudar? -pergunta e eu molho os lábios nervosa.

— Eu preciso de ir a Portugal – mal respondo, ele leva a sua mão á cabeça_ eu sei que tive folga ontem, e eu não te estava a pedir se realmente não fosse importante.

—Qual é o motivo? Família? -volta a perguntar.

—Quase...é por causa de uma pessoa muito importante para mim, há um mal-entendido entre nós. Julius por favor, eu não peço mais folga nenhuma depois disto –suplico.

—Tu sabes que não posso fazer isso, muito menos para esse tipo de assuntos. Se fosse família, eu ainda considerava. Daqui a três meses entras de férias Lake, queres mais?

—Eu entendo, eu entendo tudo isso. Mas daqui a 3 meses pode ser tarde demais e eu perco a pessoa que mais amo neste mundo. Tu estás longe da tua mulher e da tua filha, tu sabes como é essa sensação -engulo o choro_ Por favor, fala com a administração.

—Eu realmente não posso Lake, desculpa –ele coloca a mão na minha perna_ são regras. Lamento muito.

Ele vai embora, deixando-me sentada no balcão com o café á frente pela metade. Coloco-o no lixo, e vou trabalhar.

(…)

—Hey linda, vim te buscar para virmos almoçar. Bora? - Machine aproxima-se e eu afasto-o devagar.

—Não me apetece Machine –digo cabisbaixa.

—Então? Não podes ficar sem comer. Anda lá -ele aproxima-se de novo, mas desta vez empurro-o com força.

—Não me apetece Machine! Foda-se! Não insistas... -grito. Sinto gente a olhar para nós.

—Quando melhorares esse teu mau humor avisa-me –ele dá costas.

—Ótimo, até nunca mais então! -ele se vira, cerra o maxilar, e vai-se embora bruscamente.

Eu e a minha boca....

P.O.V. LadylakeOff

P.O.V CastielOn

Ligo o cabo da guitarra ás colunas e faço uns acordes como teste. Lysandre testava o micro enquanto Rosalya comia as bolachas que tinham trazido supostamente para nós, relaxando no velho puff da minha mãe que já ninguém usa e que ficou perdido algures por aqui na garagem.

—Estou pronto –avisa o platinado. Hoje iremos fazer a nossa versão rock de "Habits" -Tove Lo.

—Eu também -digo sem grande animo.

Eu sei que a minha mãe vai-me matar com o barulho, mas cá vai...

I eatmydinner in mybathtub

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Then I go to sex clubs

Watchingfreakypeoplegettin' iton

Itdoesn'tmake me nervous

IfanythingI'mrestless

Yeah, I'vebeenaroundandI'veseenitall


I gethome, I gotthemunchies

Bingeonallmytwinkies

Throwup in thetub

Then I go to sleep

And I drankupallmymoney

Dazedandkindalonely

You're gone and I gottastay

Highallthe time

To keepyouoffmymind

Uh, uh, uh, uh

Highallthe time

To keepyouoffmymind

Uh, uh, uh, uh

Spendmydayslocked in a haze

Trying to forgetyou babe

I fallbackdown

Gottastayhighallmylife

To forgetI'mmissingyou

Uh, uh, uh, uh...

"Para esquecer que sinto a tua falta" não há frase melhor para me descreverneste momento. A música acaba e eu finalizo os acordes, assim como descanso a voz que já vai ficando rouca. Chuto uma caixa velha e saio da garagem. Preciso de apanhar um pouco de ar!

—O que lhe deu? -oiço Rosalya perguntar.

P.O.V. CastielOff

P.O.V. LadylakeOn

Pouso os sacos das compras em cima da minha cama. Sarah e eu passamos 3 horas no shopping só para comprar as coisas que parti, e, sem deixar de seguir o código feminino, não podemos de deixar de comprar umas coisas extra. Os nossos sacos variam entre sapatos, ténis, jeans rasgadas, blusas e maquilhagem. Sem deixar de esquecer os perfumes, pulseiras, brincos e um extra dispendioso...um celular novo.

—Melhor? -pergunta a morena passando por mim.

—Sim, é como um droga. Assim que passar o efeito volto ao estado deprimido de novo. -respondo guardando as minhas coisas novas. Ela ri.

—O que as meninas vão querer jantar? -Max bate na porta e entra_ Oleee brinquedos novos?

—Para mim pode ser pizza. Há tanto tempo que não como –devolvo.

—Duas –Sarah devolve.

—Três então. Vou buscar, até já!

Max sai e eu fico a olhar para Sarah, que não para de olhar para a porta de sorriso na cara. Rio com a situação.

—Acorda –estalo os dedos em frente dos seus olhos.

—Diz, desculpa estava a pensar noutra coisa –debuxa.

—Isso vi eu –rio.

(…)

23:25 marca o meu novo celular. Escuto Sofia Kalberg- Crazy in Love e aconchego-me na cama deprimindo. Gostava de puder colocar os meus sentimentos em algo sem ser no papel, num ecrã online ou numa sms. Retiro os fones do ouvido e coloco a música do inicio, colocando o som no máximo. Canto, sem vergonha que me oiçam, e nesse mesmo instante, tive uma ideia.

Procuro um caderno e uma caneta e começo a escrever o que me vem á cabeça. 1 hora depois, tinha na minha frente o que podia ser uma música ou pelo menos, um desabafo de sentimentos.

O nome desta música será.... "All for Love"

(...) Se me perguntares porque o fiz, eu direi "Foi tudo por amor" (...)