Proibido Amar
Capítulo 45
— Esses dois são rápidos! — comentou James, olhando ao redor, à procura dos melhores amigos.
— Pois é! — disse Lily, risonha.
— Vou pegar alguma coisa para a gente beber — ele ofereceu.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Nada de álcool! — pediu a ruiva.
— Droga! Acabou com o meu plano de embebedá-la! — brincou James, afastando-se.
Ela ainda sorria, olhando como ele se afastava, quando outra pessoa ocupou o seu lugar.
— Esse lugar tem dono! — ela disse, sem desviar o olhar.
— Ele não está aqui agora! — a voz masculina a fez paralisar.
Ela virou-se lentamente.
— Amos! — ela disse, surpresa.
— Pensei que suas amigas tivessem dito que eu estava na cidade — ele comentou, dando de ombros.
— Não! Elas não falaram. Mas como assim? — ela não se recuperava da surpresa.
— Eu fui na festa de natal na casa dos Longbottom — Amos comentou, tomando um gole da taça que levava consigo — Um gole?
— Não, obrigada — Lily respondeu, levantando-se — Com licença, vou ao banheiro.
— Lily, pensei que já tivéssemos passado da fase de nos evitar — ele riu.
— Com licença, eu vou ao banheiro — ela repetiu, com a voz mais dura.
Amos tinha um toque de arrogância, mas ela e todas as garotas de Hogsmeade ignoravam. Era um pouco de arrogância diante de uma enorme porcentagem de beleza e boa pegada.
Se Marlene estivesse ali, diria que ela estava mexida porque ele tinha sido o seu primeiro beijo.
Ela espreitou-se por entre as pessoas, e entrou na porta do banheiro feminino, ela só queria pensar. Apoiou as mãos na pia, pensando no que poderia fazer.
Há muito tempo estava sentindo que a sua aposta com Marlene estava indo pelo ralo. Não para Marlene, mas para ela. Mas voltar a se agarrar com Amos resolveria os seus problemas?
Passou a mão pelo cabelo, olhando fixamente para o espelho. A porta do banheiro abriu-se, e ela encolheu-se. Bellatrix entrou, olhando de cima a baixo, arrogantemente. Sem dizer uma palavra, entrou em um dos cubículos.
— Lily, o que houve? — Alice entrou, sem ter consciência de que Bellatrix estava por lá.
— Amos está aqui! — ela disse.
— Eu já ouvi esse nome... — ela franziu o cenho.
— Ele disse que esteve na festa de natal de vocês — respondeu Lily, sem olhá-la.
— Ah! É verdade! Ele estava procurando por Marlene — disse Alice.
— Para me procurar, suponho... Ele é um ex-ficante — ela disse — Eu não sei... Não foi exatamente um namoro.
— Não vou dizer que entendo, pois não entendo. Mas enfim! — a amiga deu de ombros.
— Nem todas temos a sua sorte de beijar o cara minutos antes de ele pedi-la em namoro — disse Lily, divertida.
— Fazer o quê! — Alice riu, ajeitando o cabelo, que já estava saindo da etapa “joãozinho” — Vem cá... Eu vi o Amos onde o James estava sentado?
— Ai, meu Deus! — ela cobriu o rosto com as mãos — Eles vão dar de cara, e não vai ser bonito. É melhor eu voltar!
— Lily, só uma coisa... — Alice a parou — Eu acho que você e Marlene deveriam parar com essa aposta toda.
— Eu não vou desistir — disse Lily, decidida.
— Você pode estar deixando o melhor cara do mundo escapar por causa disso — disse Alice — Pense nisso. Eu cometi esse erro! No fim, as coisas ficaram bem, mas poderiam não ter ficado.
Ela saiu de seu caminho, voltando seu olhar para o espelho. Um pouco balançada, a ruiva saiu do banheiro, voltando para a festa.
Chegando na mesa, Amos ainda estava lá, e James não tinha chegado ainda.
— Alguém veio aqui, enquanto eu estava fora? — ela perguntou, nervosa.
— Não, ninguém — disse Amos, confuso — Por quê?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Por nada — ela deu de ombros — O que acha de irmos dançar? Está parado por aqui...
— Eu quem deveria pedir isso — ele deu um sorriso de lado, levantando-se, a taça quase no final foi esquecida em cima da mesa.
Era apenas para dançarem, mas, quando Lily percebeu (estava distraída), tinham afastado-se do pátio.
— Am... — ela começou, mas foi interrompida quando ele agarrou-a, prensando-a contra a parede do corredor.
Sua mão tentou empurrá-lo, mas ele era mais forte. Por fim, um som de vidro quebrado fez com que ele se distraísse, e Lily deu-lhe uma joelhada onde mais doía.
— Lily! — ele gritou, encolhendo-se.
— Não se aproxime mais de mim! — ela rosnou.
Afastando-se, apressada, ela passou por cima da taça e do líquido derramado.
— James! — ela chamou, correndo na direção dele.
Seu plano de afastá-lo de Amos não deu certo.
— Não se incomode, volte para o seu namorado — ele disse, irritado.
— O quê? Não! Ele não é o meu namorado! — ela disse, tentando para-lo — James! Espere! Pare!
— Hoje temos uma convidada especial, ex-aluna de Hogwarts, Rita Skeeter — Bellatrix anunciou, de pé em cima de uma mesa.
— Ai, meu Deus! Isso não pode ser bom... — murmurou Lily, parando de caminhar.
— Acho que seria injusto se eu viesse sem alguma notícia bombástica! — disse Rita, sorrindo maliciosamente — Eu fui expulsa por uma armação, como já devem saber. Foi bem montada, devo admitir. Mas não sou a única a sofrer de armações por aqui... Soube que Alice Piperwood mentiu a todos sobre o fato de não ser mais virgem, ou algo assim.
Lily procurou a amiga com o olhar, ela continha a Frank, que queria ir até a loira, com um olhar assassino.
— Diga-me com quem andas, e te direi quem és — ela sussurrou no microfone — Todos sabemos que Marlene McKinnon ama aprontar uma, mas quem diria que Lily Evans curte um bom desafio.
Ela paralisou, cobrindo a boca com as mãos.
— Potter, caia fora! Ela apostou com a McKinnon que podia ficar só na amizade contigo — continuou Rita — O orgulho Evans parece que é mais forte do que o sentimento das pessoas.
Lily não conseguia continuar escutando aquilo, ela correu para fora do pátio, ciente de que a observavam.
— Burra! Burra! Burra! — ela começou a murmurar, passando rapidamente pelos corredores.
Quando saiu pelo colégio, sentiu seu braço ser puxado.
— Você acha que pode sair assim, sem dar maiores explicações? — era James.
— James... — Lily sussurrou.
— Não me chame de James! — ele gritou, afastando a sua mão do cotovelo dela — Eu não consigo acreditar nisso...
O que mais doía nela era o seu olhar incrédulo, traído...
— James, por favor! Eu posso explicar! — ela tentava evitar deixar que suas lágrimas caíssem.
— Eu nunca pensei que você fosse capaz de fazer uma coisa dessas! — ele continuou dizendo.
— James, você precisa acreditar em mim. E-Eu te amo! — ela gaguejou, tentando se explicar.
Isso só fez com que ele ficasse mais irritado.
— Não se atreva a dizer que me ama! — ele disse entredentes, tentando acalmar-se — Você deixou o seu orgulho ganhar. Eu não passei de uma aposta!
James negou com a cabeça, sorrindo ironicamente, antes de afastar-se. Lily tentava controlar os soluços que escapavam de sua garganta.
— Eu te amava — ele disse — E você sabia disso. Você fez de tudo... Só para me magoar.
— Não — ela sussurrou, negando repetidamente com a cabeça.
— Aproveite a sua festa — ele deu as costas para ela, descendo as escadas, e afastando-se apressadamente, pelas ruas vazias.
Lily caiu ajoelhada, o frio da noite penetrando a sua pele sem piedade, mas o seu maior frio não era do clima, era das suas angústias.
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