Proibido Amar
Capítulo 24
— Está brincando comigo! — James e Remus ouviram a Sirius gritar.
— Eu disse que acessar o celular de manhã não faz bem — comentou Remus, descontraído, enquanto passava a manteiga na torrada, colocando-a na boca, em seguida.
O garoto entrou correndo na cozinha, com o celular na mão.
— O que houve? — perguntou James, um pouco assustado.
Em vez de responder, Sirius deu seu celular para que eles pudessem ver.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!“Remembering Sirius Black”.
Remus ficou boquiaberto, olhando fixamente para o perfil do Facebook.
— Sua mãe te considerou morto no Facebook? — perguntou James, incrédulo — Não precisa de atestado de óbito para isso?
— Você sabe muito bem quem é Walburga Black, e como ela sempre consegue tudo o que quer! — disse Sirius, visivelmente controlando a sua raiva.
— Você nem usava mais essa joça! — exclamou Remus, revirando os olhos.
— Mas... Mas... — ele gaguejou — Tem todas as minhas fotos... E contatos...
— O médico mandou não contrariar — murmurou James para Remus, levantando-se — Calma, cara! Tem como recuperar...
— Não, não tem... — ele choramingou, cobrindo o rosto com as mãos.
Enquanto Sirius continuava com o seu drama, e James o “consolava”, Remus continuou comendo seu café da manhã, tranquilamente.
— Tantas mulheres... — reclamava Sirius.
— Caraca! Nem quando tu tá pegando a garota há mais de um mês, você sossega o facho — disse Remus, dando um tapa nas costas dele.
— Não estamos namorando — disse Sirius, tirando as mãos do rosto.
— Um mês? É como um namoro sem pedido oficial — disse Remus, dando uma última mordida na torrada, e saindo da cozinha, ajeitando a mochila no ombro.
— Você precisa parar de se vestir como um nerd — gritou James, para que ele pudesse escutá-lo — Você viu o suéter? Que coisa mais cafona!
— Isso foi um aviso — murmurou Sirius, olhando para a tela do celular — Se eu não me afastar da Marlene e Remus, as coisas vão piorar.
James virou a cabeça tão rápido, que pôde se ouvir o barulho de estalo.
— Você não ouse...! — ele começou, apontando o dedo na frente de seus olhos.
— Deixe de ser trouxa — Sirius bateu no dedo dele, afastando-o de seu rosto — É claro que não vou ceder aos caprichos dela. Estive aguentando suas atitudes, para não ter problemas...
— Já disse que, se te expulsarem de casa, você fica na minha — retrucou James — E te ajudo no que precisar. Fala sério, Sirius! Nos conhecemos desde que éramos bebês!
— Eu sei! Eu sei! Eu só... Quero estar preparado, para quando acontecer — murmurou.
— Bem, é melhor irmos, ou perderemos a aula — ele disse, desconfiado — Venha! Pegue algumas torradas, e comeremos no caminho.
Remus já assobiava, do lado de fora, esperando o elevador.
— Isso que é jovem pontual! — debochou Sirius, enquanto James batia a porta, trancando-a.
— Só não me perca a chave! — disse Remus, passando as costas da mão pela testa.
— É, hoje vai fazer um sol danado... — murmurou James, olhando pela janela, enquanto guardava a chave na mochila.
— Saudades da época em que eu faltava o colégio para ficar na praia — disse Sirius, sorrindo nostálgico.
Eles entraram no elevador, e Remus apertou o botão do térreo.
— Esperem!
Sirius segurou a porta, vendo apenas um borrão castanho entrar.
— Bom dia! — disse Marlene, sorrindo.
— Saindo cedo? — perguntou Sirius, abafando as respostas de seus amigos, e tirou a mão das portas.
— Digo o mesmo — retrucou Marlene, de bom humor — Tenho que ir para a biblioteca, imprimir um lance.
— Está bem... — disse Sirius, encostando-se na parede do elevador.
— Não se acanhem! — debochou James.
Sirius deu um tapa no pescoço do amigo, no mesmo instante em que o elevador chegou ao térreo. Marlene deu um sorriso envergonhado, e foi na frente.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Olha só! Tá gamado! — disse James a Remus, apertando as bochechas de Sirius, como se ele fosse criança.
— Eu ainda mato vocês — rosnou o garoto, afastando-se — Lembrem-se que eu sei onde dormem!
— O mesmo lugar que você, amor! — debochou James, rindo.
Remus apenas revirou os olhos, enquanto eles seguiam para fora do prédio, Marlene já tinha desaparecido de vista.
— O que será tão importante para ela ter imprimido? — perguntou-se Sirius.
— Nós temos que nos preocupar é com outra coisa — retrucou James — Em como vamos conseguir um trabalho feito do Kettleburn.
Remus parou de caminhar, empurrando-os para um canto.
— Como assim “conseguir”? — perguntou, incrédulo — Vocês não pensam em...
— Os alunos do segundo ano disseram que são os mesmos trabalhos todos os anos, e eles guardaram, caso precisassem de grana — explicou Sirius, dando de ombros.
— Enlouqueceram? O professor vai descobrir que é o mesmo trabalho, e aí vocês estão mortos! — exclamou Remus, de olhos arregalados.
— Esse é o universo da universidade, Rem! — disse Sirius, abraçando-o de lado, voltando a andar.
— Quer saber? Boa sorte para vocês! — ele desvencilhou-se — Tenho que passar a matéria para a Lily, antes da aula começar, e ler um capítulo de citologia.
Sem esperar por uma resposta, ele atravessou a rua, deixando aos outros dois para trás, separados por um ônibus, que passou depois do garoto.
— O que acha de Alice e Remus? — perguntou Sirius — Dariam um casal interessante.
— Sem chances — riu James, negando com a cabeça.
Eles atravessaram sem pressa, já tinham perdido o amigo de vista.
— Só nós nos entendemos, Jimmy — suspirou Sirius — É o destino! Devemos ficar juntos!
— Ih! Sai pra lá! Meu lance é mulher! — brincou James.
— Ruivas, de preferência, não é? — provocou Sirius, recebendo o tapa, que lhe deu antes, de resposta.
Eles ficaram esperando do lado de fora, vendo como todos entravam, olhando nervosos para o relógio.
— Legal! Furaram com a gente... — James bagunçou o cabelo, nervoso.
— Deu ruim, vamos entrar! — murmurou Sirius, puxando-o pelo braço, ao avistar os seus parentes.
James não viu o motivo de sua reação, mas também achou melhor entrar.
Ao entrar na sala, o professor Kettleburn ainda não tinha chegado, então James ficou olhando direto para o WhatsApp, mas a última mensagem recebida era do dia anterior.
— Melhor... A gente economiza dinheiro — disse Sirius, olhando como alunos tentavam finalizar o trabalho, desesperadamente.
Assim que a sineta tocou, e o professor colocou os pés dentro da sala de aula, todos guardaram os celulares e papéis.
— Senhor Potter — chamou, colocando sua maleta em cima da mesa.
James engoliu em seco, trocando um olhar com Sirius, e foi até ele, como se estivesse indo para a forca, recebendo olhares piedosos de seus colegas.
— Entregue para os seus colegas — deu-lhe uma pilha de papéis, sem lhe dar um segundo olhar.
— O que é isto, senhor? — perguntou James, hesitante.
— Um pequeno teste... — respondeu o professor, sentando-se.
— Eu vou demitir Gideon — James ouviu Edgar, seu colega, reclamar — Como assim ele não avisou sobre um teste surpresa?
— Está perdendo suas habilidades de espionagem — brincou Sirius.
Edgar aproveitou a distração do professor para lhe mostrar o dedo mediano, enquanto James passava pelas carteiras, distribuindo os papéis, desanimado.
— Vocês tem vinte minutos — declarou o professor, assim que James sentou-se, levantando reclamações — Precisam aprender a aproveitar o seu tempo. Comecem!
As contas matemáticas demoravam mais de cinco minutos para serem feitas, e a folha continha mais de quinze questões. Portanto, somente alguém de raciocínio rápido, como Edgar, seria capaz de fazer o teste, em tempo recorde. Coisa que nem James nem Sirius eram capazes de fazer.
O consolo era que o professor não citou o trabalho de empreendedorismo, enquanto recolhia os testes. Contudo, a sorte não permaneceu até o fim da aula.
— Entreguem-me os trabalhos! — disse, calmamente.
Um ou dois alunos levantaram-se, levando os papéis. Cinco continuavam escrevendo furiosamente, tentando terminar a tempo. James e Sirius encolheram-se em suas cadeiras.
— Senhor Potter? Black? — o professor Kettleburn perguntou, depois de um tempo — Seus trabalhos, por favor!
Lily entrou na sala, sem bater na porta.
— Senhorita...? — o professor virou-se para ela, confuso.
— James e Sirius esqueceram o trabalho na casa deles, eu fui buscar — disse, entregando para o próprio professor.
— O trabalho não era em dupla — disse o professor, inexpressivo.
— Eles moram juntos! — ela deu de ombros — Eu não sei como é o que, eu só vim aqui entregar.
Ela virou-se, saindo da sala sob o olhar fixo de James.
O professor não voltou a insistir. A sineta tocou, e ele passou alguns exercícios, enquanto observava os testes.
— Corrigirei melhor em casa — anunciou, ignorando a presença da professora, do lado de fora — No entanto, estou curioso com o seu teste, senhor Black. Parece que marcou todas as opções como letra B. O que o levou a essa conclusão?
James tentou disfarçar sua risada com uma tosse.
— Probabilidade — respondeu Sirius, tentando parecer sério, mas as risadas tornavam isso difícil.
— Certo — disse Kettleburn — Calcule a probabilidade de sua nota ser "A+", se continuar assim.
As risadas ficaram mais fortes, enquanto o professor saía da sala de aula.
— A Marlene viu o lance de Padfoot — disse Sirius, ainda boquiaberto pela vinda da ruiva.
— Essa é pra casar, amigo — James murmurou para Sirius, antes da professora pedir a atenção de todos.
— Está falando da Lily ou da Marlene? — perguntou, virando-se para ele.
— As duas.
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